Ligação De Sangue (Ligação De Sangue – Livro 5). Amy Blankenship

Ligação De Sangue (Ligação De Sangue – Livro 5) - Amy Blankenship


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das barras e apanhando-a antes que pudesse cair para trás e pousou-a de pé. Girou-a rapidamente de modo a ficar com as costas delas comprimidas contra o seu peito, as mãos dele a deslizar nas costelas dela em direção aos seios, provocando-a.

      “Vamos dar-lhes um espetáculo a sério” – sussurrou Devon.

      “Nada de sexo em público” – exclamou Envy, já sem fôlego.

      “Não” – respondeu Devon. “Isso é só para mim e em privado. Mas isto…” – Subitamente, Envy deu por si numa posição abaixada, com as pernas afastadas junto às coxas de Devon, enquanto ele dançava colado atrás dela. “Isto é para a multidão.”

      Devon rodava as ancas em pequenos círculos e Envy fixava os pés no chão para se poder mover com ele. Ela gemeu suavemente e jurou que podia senti-lo mesmo dentro dela, fazendo amor com ela sem tirar uma peça de roupa.

      “Adoro a forma como te mexes para mim.” – grunhiu Devon. “Tão sensual…e escaldante.”

      Envy fez pressão contra ele, erguendo-se, e depois envolveu os braços em torno do pescoço de Devon. Arfou quando as mãos dele levantaram a parte da frente da blusa dela para expor a pele suave da sua barriga à multidão. A mão direita de Devon moveu-se lentamente para baixo, até que as pontas dos dedos dele desapareceram no elástico dos calções pretos justos, enquanto a outra mão puxou mais um pouco da blusa dela para cima, revelando o soutien de renda preta que ela usava.

      “Isso é batota” – amuou Envy.

      Devon gemeu enquanto continuava a criar fricção entre a sua ereção, o material fino das suas calças e os calções de Envy.

      Devon sorriu – “Talvez, mas isso não te está a impedir de me atiçares aqui, à frente de toda a gente.”

      Voltaram a estar de pé e Envy virou-se para ele, deslizando a coxa para o meio das pernas dele e ele imitou o movimento. Antes que ela pudesse protestar, a blusa de rede dela foi retirada e eles continuaram a dançar colados de forma sensual. Para qualquer pessoa pareceria que estavam a dançar, mas quem os conhecesse sabia exatamente o que é que Envy e Devon estavam a fazer.

      “Agora” – ordenou Devon e Envy não tinha escolha senão obedecer.

      Tabatha observava-os com a respiração acelerada, enquanto Envy atirava a cabeça para trás e começava a atirar-se vigorosamente contra a coxa de Devon. Sentiu uma onda de calor espalhar-se pelo seu corpo e desejou, por um momento, que fosse ela que estivesse naquela jaula com alguém que a desejasse como Devon desejava Envy.

      “Quem me dera encontrar alguém assim” – suspirou Tabatha de forma prolongada, virando-se depois de novo para o bar.

      Recuperou o seu lugar e olhou para Kat – “Então achas que o Kane tem sentido de humor. Parece-te boa pessoa?” Ela abanou a cabeça – “Se bem me lembro, foi ele que começou a confusão com os vampiros e tentou incriminar-vos por todos aqueles homicídios. O meu nome e o da Envy quase que foram parar à lista das vítimas, lembras-te?” Ela emborcou o resto da sua bebida, satisfeita por ter afastado a melancolia. Agora só precisava de parar de ficar excitada a todo o momento.

      “Ele ajudou a salvar-te a ti e à Envy.” Kat inclinou a cabeça enquanto estudava Tabatha. Ela tinha jeito para captar as vibrações das pessoas e, de repente, apercebeu-se que Kriss não era o único homem na mente de Tabby.

      “Foi?” Tabatha fez a pergunta e empurrou o copo vazio na direção de Kat. “Às vezes pergunto-me porque é que ele estaria lá. Aqueles vampiros estavam a venerá-lo como se ele fosse o deus de todo o mal. E a única razão pela qual ele me pôs as mãos foi porque ele lhes disse que queria ser o primeiro a saborear-me.”

      “Ele mordeu-te?” Perguntou Kat.

      “Não” – admitiu Tabatha, tentando bloquear a memória de Kane a lamber-lhe a ferida e depois a beijá-la. Rangeu os dentes quando sentiu uma palpitação profunda entre as coxas. “Tens razão… Ele ajudou a salvar-nos, só que de uma forma bastante demente.” Enfiou a mão na carteira e puxou duas notas de vinte, que estendeu a Kat. “Corta-me o consumo quando isto acabar.”

      Kat pegou nas duas notas e colocou-as na prateleira ao lado da caixa. Pegando no copo de Tabatha, começou a preparar-lhe outra bebida e decidiu deixar de fora o Heat desta vez, já que obviamente a rapariga queria embebedar-se à moda antiga. Talvez Tabatha ficasse mais tranquila se soubesse o resto da história por trás das artimanhas de Kane.

      Colocando uma bebida fresca à frente de Tabatha, Kat inclinou-se na direção do bar: “Sabias que o Kane esteve enterrado durante trinta anos?”

      Tabatha acenou com uma expressão de desagrado. “Já ouvi algo sobre isso, mas não a história toda.”

      “Então provavelmente não sabias que foi o meu pai e o pai da Quinn que o enterraram.” Kat largou esta informação de forma brusca. Quando Tabatha lhe dirigiu um olhar assustado – “O pai da Quinn, Nathaniel, matou a primeira mulher do meu pai e depois culpou o melhor amigo do meu pai – o Kane. Eles usaram uma maldição dos próprios livros do Kane para o prender ao chão. Foi um castigo terrível e apenas podia ser quebrado pelo sangue da alma gémea do Kane.”

      “Raios partam.” – suspirou Tabatha.

      Kat acenou. Às vezes, essa expressão resumia melhor a situação do que qualquer outra.

      “Então, o que aconteceu?” Perguntou Tabby.

      “O Malachi descobriu a verdade trinta anos depois. Ele e o Nathaniel tiveram uma enorme discussão sobre isso, como podes imaginar. O Malachi foi ao túmulo do Kane nessa noite para tentar encontrar uma forma de libertar o Kane da maldição. O Nathaniel seguiu-o, obviamente não queria ver o Kane libertado por ter medo de represálias do vampiro. Não sabemos mais nada, à exceção do facto de que os nossos pais se mataram um ao outro nessa noite” – suspirou Kat.

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