Mais do que um filho secreto. Кейт Хьюит
Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
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28001 Madrid
© 2018 Kate Hewitt
© 2021 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Mais do que um filho secreto, n.º 1845 - janeiro 2021
Título original: The Secret Kept from the Italian
Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.
Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
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I.S.B.N.: 978-84-1375-245-7
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Capítulo 1
O trigésimo segundo andar do edifício de escritórios estava completamente às escuras enquanto Maisie Dobson empurrava o carrinho de limpeza pelo corredor e o barulho das rodas era o único som no edifício fantasmagórico. Depois de seis meses a trabalhar nas limpezas, devia estar habituada, mas continuava a assustá-la um pouco. Embora houvesse uma dúzia de empregadas no edifício, cada uma trabalhava num dos andares, com todos os escritórios silenciosos e escuros e as luzes de Manhattan a entrar pelas janelas.
Eram duas da manhã e estava muito cansada. Tinha uma aula de violino às nove da manhã e receava adormecer. Esse sempre fora o seu sonho, a Escola de Música, não ser empregada de limpeza. Contudo, para conseguir o segundo precisava do primeiro e não se importava. Estava habituada a trabalhar muito para conseguir o que queria.
Parou ao ver luz num escritório ao fundo do corredor. Alguém deixara a luz acesa, pensou. E, no entanto, sentiu uma certa inquietação. Às onze, quando chegava a equipa de limpeza, o arranha-céus de Manhattan estava sempre completamente às escuras. Maisie, nervosa, continuou a empurrar o carrinho. O barulho das rodas era muito alto no corredor silencioso.
«Não sejas tão covarde», repreendeu-se. «Não tens nada a recear. É apenas uma luz acesa, mais nada.»
Parou o carrinho à frente da porta e, depois, respirando fundo, espreitou para o escritório… e viu um homem.
Maisie ficou imóvel. Não era o executivo típico e gordo que ficara a trabalhar mais algumas horas. Não, aquele homem era… A sua mente começou a dar voltas, tentando encontrar as palavras para o descrever. Certamente, era muito bonito. O cabelo escuro caía por cima da testa e das sobrancelhas arqueadas. Tinha um ar contrariado, enquanto olhava para o copo meio vazio de uísque que pendia dos seus dedos compridos.
Não usava gravata e os dois primeiros botões da sua camisa estavam desabotoados, deixando ver um peito moreno. Exsudava carisma e poder, tanto que Maisie dera um passo em frente sem se aperceber.
Então, ele levantou o olhar e uns olhos azuis penetrantes deixaram-na colada ao chão.
– Ena, olá – murmurou, esboçando um sorriso frio. A sua voz era baixa e rouca, com um pouco de sotaque. – Como está nesta noite tão agradável?
Maisie ter-se-ia sentido alarmada, até assustada, mas, nesse momento, viu um brilho de angústia nos seus olhos, nas linhas duras do seu rosto.
– Estou bem – respondeu, olhando para a garrafa de uísque quase vazia que estava na secretária. – Mas acho que a questão é como está o senhor.
O homem inclinou a cabeça para um lado, com o copo prestes a escorregar dos seus dedos.
– Como estou? É uma boa pergunta. Sim, uma pergunta muito boa.
– Ah, sim?
A intensidade da sua angústia fez com que Maisie sentisse um aperto no coração. Sempre tivera muito amor para dar e poucas pessoas a quem o dar. O irmão, Max, fora o principal recetor, mas, agora, era independente e queria viver a sua vida. E isso era bom. É claro que sim. Tinha de o repetir todos os dias.
– É, sim – confirmou o homem, endireitando-se um pouco. – Porque devia estar bem, não é? Devia estar lindamente.
Maisie cruzou os braços.
– E porque