Destinada . Морган Райс

Destinada  - Морган Райс


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dos joelhos, o que a ajuda, e ela corre mais rápido.

      Mas ainda não é rápido o suficiente.  Ela sente que está se cansando rapidamente, e o grupo que a persegue parece ter energia de sobra: Eles se aproximam rápido, diminuindo a distância.

      Ela subitamente sente um objeto cortante na parte de trás da cabeça, e cambaleia de dor.  Ela tropeça ao ser atingida, e levanta o braço para tocar o local com a mão.  Sua mão é coberta de sangue; ela tinha sido atingida por uma pedra.

      Ela vê várias pedras passarem voando ao lado dela e ao se virar, percebe que está sendo apedrejada; outra pedra a acerta na parte baixa das costas; o grupo está apenas a 10 metros dela.

      Ao longe ela enxerga uma colina íngreme, e no topo dela uma gigantesca igreja e convento medievais.  Ela corre nessa direção, torcendo para conseguir alcançá-la e, talvez, encontrar refúgio destas pessoas.

      Mas ao ser atingida por outra pedra mais uma vez, no ombro, ela percebe que não faria diferença alguma.  A igreja é distante, ela está ficando cansada e o grupo cada vez mais próximo.  Ela não tem escolha a não ser encará-los e lutar.  Depois de tudo pelo que tinha passado, as batalhas vampiras, tinha até mesmo sobrevivido a uma viagem no tempo, e agora está prestes a ser morta por um grupo de aldeões estúpidos.

      Caitlin para no meio do caminho, se vira, e encara a multidão. Se tivesse que morrer, morreria tentando.

      Parada ali, ela fecha os olhos e respira fundo.  Ela se concentra, e tudo fica mais claro. Caitlin pode sentir seus pés sobre a grama enraizada e, lenta e continuamente, sente uma força primitiva subir por suas pernas, tomando conta de todo seu corpo.  Ela se esforça para lembrar; para lembrar a raiva; para se lembrar de sua força nata, primitiva.  Ela já havia treinado e lutado com força sobrehumana antes e ela a quer de volta, sentindo que em algum lugar dentro dela, a força está adormecida.

      Enquanto espera, se lembra de todos que já tinha enfrentado na vida, todos os valentões e tiranos.  Ela pensa na mãe, que com muita relutância demonstrava pouco carinho por ela; nos valentões que haviam perseguido ela e Jonah até um beco em Nova Iorque. Ela se lembra dos tiranos, amigos de Sam, em um celeiro no Vale do Hudson. E também se recorda de quando havia conhecido Cain, na Ilha Pollepel. Sua vida sempre havia sido repleta deles, e fugir nunca a tinha ajudado, – como sempre tinha feito, seria necessário encará-los e lutar.

      Enquanto pondera sobre a injustiça de toda aquela situação, seu ódio aumenta e toma conta dela.  Ele duplica e depois triplica, até que ela pode sentir suas veias aumentando, e seus músculos prestes a estourar.

      Bem naquele momento, o grupo a alcança.  Um aldeão levanta o taco e dá um golpe visando a cabeça dela.  Com seu recém-descoberto poder, Caitlin desvia bem a tempo, se abaixa e o joga por cima de seus ombros.  Ele é lançado vários metros no ar, e cai de costas na grama.

      Outro homem ergue a mão segurando uma grande pedra, preparando-se para esmagar a cabeça de Caitlin; mas ela levanta o braço e agarra seu pulso e o torce, – o homem cai de joelhos, gritando.

      Um terceiro aldeão a golpeia com sua enxada, mas Caitlin é rápida demais: ela se vira e impede que ele a acerte, arrancando-lhe a enxada das mãos e golpeando a cabeça dele com ela.

      A enxada, com quase dois metros de comprimento, é exatamente do que ela precisa.  Ela gira, esticando-a e derrubando todos ao seu alcance; dentro de poucos minutos, ela cria um perímetro ao seu redor.  Outro aldeão se prepara para lançar uma grande pedra na direção dela, e ela joga a enxada nele.  Ela o acerta na mão, e ele deixa a pedra cair.

      Caitlin corre contra a multidão atordoada, arrancando uma tocha das mãos de uma velha, e começa e apontá-la em todas as direções.  Ela consegue acender uma parte alta da grama seca, e alguns aldeões recuam, gritando assustados.  Quando a parede de fogo entre eles cresce o suficiente à medida que o fogo se alastra, Caitlin joga a tocha para cima da multidão. Ela voa pelo ar, indo cair nas costas de um homem, cuja túnica pega fogo, incendiando a pessoa ao lado.  O grupo rapidamente se fecha em torno deles, tentando apagar as chamas.

      É a chance que Caitlin precisava.  Os aldeões finalmente se distraem o suficiente para que ela corra. Ela não quer machucá-los.  Ela apenas deseja que a deixem em paz.  Ela precisa se recuperar, descobrir onde está.

      Ela se vira para a colina, na direção da igreja.  Correndo, ela sente sua força e velocidade renovadas; disparando colina acima, Caitlin sabe que está finalmente ganhando distância deles. Ela apenas torce para que a igreja esteja aberta, e para que a deixem entrar.

      Enquanto corre, sentindo a grama sob seus pés, o dia escurece, e ela vê tochas sendo acesas no meio do vilarejo, e ao longo dos muros do convento.  Ao se aproximar, ela vê um guarda noturno em cima do muro.  Ele olha para baixo e, ao vê-la, seu rosto é transformado pelo medo.  Ele levanta o braço, balançando tocha e gritando: “Vampiro! Vampiro!”.

      Quando ele faz isso, os sinos da igreja tocam.

      Caitlin é rodeada por tochas em todos os lados. Pessoas surgem de todas as direções, enquanto o guarda continua a gritar acompanhado pelo som dos sinos da igreja. É uma caça às bruxas, e todos parecem ir em direção a ela.

      Caitlin acelera, correndo tão rápido que suas costelas doem.  Lutando para respirar, ela alcança as portas de carvalho no último segundo.  Ela abre uma das portas, entrando e batendo a porta atrás dela em seguida.

      Lá dentro, ela olha agitada para todos os cantos, e se depara com o cajado de um pastor.  Ela usa o cajado para trancar as portas, barrando a entrada dos aldeões.

      No momento em que faz isso, ela ouve uma tremendo estrondo na porta, à medida que dezenas de pessoas a forçam.  As portas tremem, mas não cedem.  O cajado estava conseguindo segurá-los – ao menos por enquanto.

      Caitlin rapidamente examina o local.  A igreja, por sorte, está vazia.  Ela é enorme, com tetos abobadados altíssimos.  O lugar está frio, vazio, há centenas de bancos espalhados pelo chão de mármore; do outro lado, acima do altar, ela pode ver diversas velas suspensas acesas.

      Enquanto observa, Caitlin pode jurar ter visto algum movimento do outro lado da sala.

      As batidas se intensificam, e a porta começa a tremer.  Caitlin parte para a ação, correndo entre os bancos, em direção ao altar.  Ao chegar lá, ela percebe que estava certa: há alguém ali.

      Ajoelhado silenciosamente, de costas para ela, está um padre.

      Caitlin se pergunta como ele pode ignorar tudo aquilo, sua presença ali; como ele pode estar tão envolvido em suas orações em um momento como aquele.  Ela espera que ele não a entregue aos aldeões.

      “Olá?” diz Caitlin.

      Ele não se vira para ela.

      Caitlin se dirige até o outro lado, de frente a ele.  Ele é um homem mais velho, de cabelos brancos e barba feita, e olhos azuis que parecem encarar o vazio enquanto ele reza.  Ele não se incomoda em olhar para ela.  Há algo a mais também, que ela pode pressentir.  Mesmo em seu estado atual, ela sabe que há algo de diferente a respeito deste homem. Ela sabe que ele é como ela, – um vampiro.

      As batidas voltam a se intensificar, e quando uma das dobradiças cede,  Caitlin olha para trás assustada.  O grupo parece determinado, e ela não sabe aonde ir.

      “Ajude-me, por favor!” pede Caitlin.

      Ele continua suas orações por mais diversos segundos.  Finalmente, sem olhar para ela, ele diz: “Como eles podem matar algo que já está morto?”

      Há um barulho de madeira partindo.

      “Por favor,” ela implora, “Não me entregue a eles.”

      Ele se levanta vagarosamente, quieto e com postura, e aponta para o altar. “Ali dentro,” ele fala. “Atrás da cortina. Há um alçapão. Vá!”

      Ela segue a direção do seu dedo, mas vê apenas um grande pódio, coberto por um tecido de cetim.  Ela corre até ele e, ao erguer o pano, vê o alçapão. Ela o abre, e se enfiar com dificuldade


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