Um Escudo De Armas . Морган Райс

Um Escudo De Armas  - Морган Райс


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pior ainda, entre os mortos. Ela não sabia se poderia continuar caso isso acontecesse.

      Ela estava determinada a encontrá-lo, vivo ou morto. Ela tinha viajado até ali e não iria voltar atrás até que ela soubesse o que havia sido dele.

      “Eu não vi nenhum sinal de Godfrey.” Disse Illepra chutando pedrinhas enquanto andavam.

      Illepra tinha falado de Godfrey constantemente desde que tinha partido e era óbvio que ela também estava apaixonada por ele.

      “Nem eu.” Disse Selese.

      Era o diálogo constante entre as duas, cada uma estava apaixonada por um dos dois irmãos, Reece e Godfrey, dois irmãos que não poderiam ser mais diferentes um do outro. Selese não conseguia entender o que Illepra via em Godfrey. Para ela, ele parecia ser apenas um bêbado, um homem tolo que não devia ser levado a sério. Ele era divertido e engraçado, e certamente, inteligente. Mas ele não era o tipo de homem que Selese queria. Selese queria um homem que fosse sincero, sério, intenso. Ela ansiava por um homem que demonstrasse ter cavalheirismo, honra. Reece era o homem perfeito para ela.

      “Eu simplesmente não sei como ele poderia sobreviver a tudo isso.” Disse Illepra com tristeza.

      “Você o ama, não é mesmo?” Perguntou Selese.

      Illepra ficou vermelha e se afastou.

      “Eu nunca disse nada sobre amor.” Disse ela à defensiva. “Eu só estou preocupada com ele. Ele é apenas um amigo.”

      Selese sorriu.

      “É mesmo? Então por que você não pára de falar nele?”

      “Eu falo nele?” Illepra perguntou surpresa. “Eu não tinha percebido isso.”

      “Sim, constantemente.”

      Illepra deu de ombros e ficou em silêncio.

      “Eu acho que estou muito achegada a ele, de alguma forma. Às vezes ele me deixa louca. Eu estou constantemente arrastando-o para fora das tavernas. Cada vez que isso acontece, ele promete que nunca mais vai voltar. Mas ele sempre volta. É enlouquecedor, realmente. Eu bateria nele, se eu pudesse.”

      “É por isso que você está tão ansiosa para encontrá-lo?” Perguntou Selese. “Para bater nele?”

      Então foi a vez de Illepra sorrir.

      “Talvez não.” Disse ela. “Talvez eu queira dar-lhe um abraço também.”

      Elas contornaram uma colina e encontraram um soldado, um silesiano. Ele estava deitado debaixo de uma árvore, gemendo, era óbvio que sua perna estava quebrada. Selese podia ver isso desde onde ela estava, com seu olhar de especialista. Perto dali, amarrados à árvore, havia dois cavalos.

      Ela correu para o lado do soldado.

      Selese pôs-se a cuidar de suas feridas, o soldado tinha um corte profundo na coxa. Selese não podia deixar de fazer a mesma pergunta a cada soldado que ela encontrava:

      “Você tem visto alguém da família real?” Perguntou ela. “Tem visto Reece?”

      Todos os outros soldados tinham se virado, balançado a cabeça e olhado para o lado. Selese estava tão acostumada à decepção que ela agora esperava uma resposta negativa.

      Mas, para sua surpresa, o soldado assentiu com a cabeça afirmativamente.

      “Eu não cavalguei com ele, mas eu o vi sim, minha senhora.”

      Os olhos do Selese se arregalaram com entusiasmo e esperança.

      “Ele está vivo? Ele está ferido? Você sabe onde ele está?” Ela perguntou com o seu coração já acelerado, enquanto ela agarrava o pulso o homem.

      Ele assentiu com a cabeça.

      “Sim, eu sei. Ele está em uma missão especial para recuperar a espada.”

      “Que espada?”

      “A Espada do Destino.”

      Ela olhou para ele admirada. A Espada do Destino. A espada da lenda.

      “Onde?” Ela perguntou desesperada. “Onde está ele?”

      “Ele foi para a Travessia Oriental.”

      A Travessia Oriental, Selese pensava. Isso era longe, muito longe. Não havia nenhuma maneira de poder chegar lá a pé. Não a esse ritmo. Se Reece estivesse lá, com certeza ele estaria em perigo. Certamente, ele precisava dela.

      Quando terminou de cuidar do soldado, Selese olhou ao redor e notou os dois cavalos amarrados à árvore. Já que aquele homem estava com a perna quebrada, não havia nenhuma maneira que ele pudesse montá-los. Os dois cavalos não eram mais úteis para ele. Em breve eles morreriam se não fossem cuidados.

      O soldado percebeu que ela estava olhando para os cavalos.

      “Leve-os senhora.” Ofereceu ele. “Eu não vou precisar deles.”

      “Mas eles são seus.” Disse ela.

      “Eu não posso montá-los. Não assim. A senhora pode dar uso a eles. Pegue-os e encontre Reece. É uma longa viagem desde aqui e a senhora não pode fazer isso a pé. A senhora me ajudou muito. Eu não vou morrer aqui. Eu tenho comida e água por três dias. Os homens virão por mim. As patrulhas passam por aqui o tempo todo. Pegue-os e vá.”

      Selese segurou o pulso do soldado, transbordando de gratidão. Ela se virou para Illepra, determinada.

      “Eu devo ir e encontrar Reece. Sinto muito. Há dois cavalos aqui. Você pode levar o outro para qualquer lugar que você precisar ir. Eu preciso atravessar o Anel e ir para a travessia do Leste. Eu sinto muito, mas eu devo deixar você.”

      Selese montou seu cavalo e ficou surpresa quando Illepra correu e montou o outro cavalo que estava ao seu lado. Illepra pegou sua espada curta e cortou a corda que atava os cavalos à árvore.

      Ela virou-se para Selese e sorriu.

      “Você realmente acha que depois de tudo o que passamos, eu deixaria que você fosse sozinha?” Perguntou ela.

      Selese sorriu. “Eu acho que não.” Respondeu ela.

      As duas esporaram seus cavalos e partiram, elas seguiram descendo a estrada, indo cada vez mais para o Leste, para algum lugar, Selese orava, onde Reece estivesse.

      CAPÍTULO NOVE

      Gwendolyn se encolheu e baixou sua cabeça, tentando proteger-se do vento e da neve enquanto prosseguia pelo campo branco e infinito, Alistair, Steffen e Aberthol iam ao lado dela e Krohn a seguia de perto. Os cinco haviam estado caminhando por horas, desde que haviam cruzado o Canyon e entrado no Mundo Inferior. Gwen já estava exausta; seus músculos e seu ventre doíam, eram dores agudas que a assolavam cada vez que o bebê se movia. Ela estava em um mundo de branco, de neve que caía incessantemente, chicoteando seus olhos. O horizonte não oferecia nenhum alívio. Não havia nada para quebrar a monotonia da paisagem; Gwen se sentia como se estivesse andando até os confins da terra.

      O tempo tinha-se tornado ainda mais frio e apesar de suas peles, Gwendolyn sentia o frio penetrando em seus ossos. Suas mãos já estavam dormentes.

      Ela olhou e viu que os outros também estavam tremendo, todos estavam lutando contra o frio; Gwen começou a se perguntar se ela não teria cometido um grave erro ao ir ali. Mesmo que Argon estivesse ali, como eles poderiam realmente encontrá-lo, já que não contavam com nenhum tipo de ponto de referência no horizonte? Não havia nenhuma trilha, nenhum caminho. Gwen sentia uma sensação de desânimo, de desespero, visto que ela não tinha ideia de para onde todos eles estavam indo. Tudo o que ela sabia era que eles estavam indo para longe do Canyon, para o Norte longínquo. Mesmo que eles encontrassem Argon, como eles poderiam realmente libertá-lo? Será que ele poderia realmente ser libertado?

      Gwen sentia que estava viajando para um lugar que não estava destinado aos seres humanos, um lugar sobrenatural destinado aos feiticeiros e druidas e às misteriosas forças da magia que ela não compreendia. Ela sentia que estava invadindo-o.

      Gwen sentiu outra dor aguda na barriga, ela


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