Desejada . Морган Райс

Desejada  - Морган Райс


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mesmo instante, a porta do bar se abre com violência, e um homem caminha para fora – é jogado para fora, na verdade – por um dos garçons do bar. Ele xinga e grita, – obviamente bêbado.

      Então ele se vira e seus olhos recaem sobre Caitlin.

      Ele é forte, e olha para ela com más intenções.

      Ela sente seu corpo se enrijecer de tensão. Mais uma vez, ela se pergunta se ainda tem algum de seus poderes.

      Ela se vira e caminha na outra direção, cada vez mais rápido, mas sente a presença do homem que a segue.

      Antes que possa correr, em questão de segundos, ela a agarra por trás, em um abraço forçado. Ele é mais rápido e mais forte do que ela tinha imaginado, e ela pode sentir seu hálito horrível em seu pescoço.

      Mas o homem também está bêbado. Ele cambaleia, mesmo enquanto a segura, e Caitlin se concentra, lembrando-se de seu treinamento e, dando um passo para o lado, lhe passa uma rasteira, usando uma das técnicas de combate que Aiden tinha lhe ensinado em Pollepel. O homem é derrubado, e cai de costas no chão.

      Caitlin de repente tem uma lembrança de Roma, do Coliseu, de sua luta no estádio enquanto era atacada por diversos guerreiros. A cena é tão real que, por um momento, Caitlin se esquece de onde está.

      Ela sai do transe bem à tempo. O bêbado se levanta, cambaleando, e a ataca mais uma vez. Caitlin espera até o último segundo, e mais uma vez dá um passo ao lado, e ele passa reto, caindo de cara no chão.

      Ele está atordoado, e antes que possa se levantar de novo, Caitlin se afasta. Ela está satisfeita por ter se saído melhor, mas o incidente a perturba. Ela se preocupa que ainda tenha lembranças vívidas de Roma. E também não sente sua força sobrenatural; ela ainda se sente frágil como uma humana. A simples ideia, mais que todas as outras coisas, lhe causa medo. Ela realmente está sozinha agora.

      Caitlin olha ao seu redor, começando a se sentir desesperadamente preocupada sobre onde ir e o que fazer. Suas pernas estão cansadas pela caminhada, e ela começa a se sentir aflita.

      É então que ela o vê. Ao olhar para cima, ela nota diante dela uma grande colina. No topo dela, há um grande mosteiro medieval. Por alguma razão que ela não consegue explicar, ela se sente atraída pelo lugar. A colina é assustadora, mas ela não consegue pensar em uma alternativa.

      Caitlin escala a colina, mais cansada do que jamais havia estado, e desejando mais que nunca poder voar.

      Ela finalmente chega até as portas da abadia, e olha para as grandes portas de madeira maciça. O lugar parece antigo. Ela nota que embora esteja em 1789, a igreja parece ter sido construída há milhares de anos.

      Ela não sabe por que, mas se sente atraída pelo lugar. Sem ter onde ir, ela junta sua coragem e bate delicadamente na porta.

      Não há resposta.

      Caitlin tenta a maçaneta e fica surpresa ao ver que está aberta. Ela entra pela porta.

      A porta range ligeiramente, e Caitlin precisa de alguns segundos para que seus olhos se acostumem à escuridão da igreja. Ela analisa o lugar, impressionada pela dimensão e sobriedade do lugar. Ainda é tarde da noite, e esta simples e austera igreja, feita completamente de pedra e decorada com vitrais, está iluminada pela chama fraca de velas em toda parte. Do lado oposto à entrada, há um altar simples, ao redor do qual há mais dezenas de velas.

      Fora isso, o lugar parece vazio.

      Caitlin se pergunta por um instante o que estaria fazendo ali. Havia algum motivo? Ou sua mente a tinha enganado?

      Uma porta lateral de repente se abre, e Caitlin se vira.

      Caminhando na direção dela, Caitlin fica surpresa ao ver uma freira – baixa, frágil, vestindo uma túnica branca com capuz. Ela caminha devagar até chegar onde Caitlin está.

      Ela remove o capuz, olha para Caitlin, e sorri. Ela tem olhos azuis grandes e penetrantes, e parece jovem demais para ser uma freira. Quando ela abre um grande sorriso, Caitlin pode sentir o calor emanando dela. E também pressente que a freira é como ela: uma vampira.

      “Irmã Paine,” a freira diz suavemente. “É um prazer tê-la aqui.”

      CAPÍTULO DOIS

      Seu mundo parece surreal enquanto a freira guia Caitlin pelo mosteiro, atravessando um corredor comprido. O lugar é muito bonito, e está claro que pessoas vivem ali; freiras em túnicas brancas caminham pra lá e pra cá, preparando-se, aparentemente, para a missa matutina. Uma delas balança um receptáculo, espalhando um incense delicado, enquanto as outras entoam suaves orações.

      Após diversos minutos caminhando em silêncio, Caitlin começa a se perguntar onde a freia a estaria levando. Finalmente, elas param diante de uma única porta. A freira abre a porta, revelando um pequeno quarto simples, com uma vista para Paris. O quarto faz Caitlin se lembrar do quarto onde tinha ficado em Siena.

      “Em cima da cama, você vai encontrar uma troca de roupa,” a freira diz. “Há um poço onde você pode tomar banho, em nosso pátio,” continua ela. A freira aponta, “e aquilo é pra você.”.

      Caitlin acompanha a direção do dedo e vê um pequeno pedestal de pedra no canto do quarto, sobre o qual há um cálice de prata, cheio de um líquido branco. A freira sorri para ela.

      “Você tem tudo o que precisa para uma noite de sono tranquilo. Depois disso, a escolha é sua.”

      “Escolha?” Caitlin pergunta.

      “Fui informada que você já tem uma chave. Você terá que encontrar as outras três. A escolha, no entanto, sobre cumprir sua missão e continuar a sua jornada, é sempre sua.”

      “Isso é para você.”

      Ela estica o braço e entrega uma caixa cilíndrica de prata, coberta por joias.

      “É uma carta de seu pai, especialmente para você. Guardamos isso há séculos; ela nunca foi aberta.”

      Caitlin a aceita com reverência, sentindo o peso em sua mão.

      “Eu realmente espero que você continue em sua missão,” ela diz com voz suave. “Nós precisamos de você, Caitlin.”

      A freira se vira para partir.

      “Espere!” Caitlin grita para ela.

      A freira para.

      “Estou em Paris, certo? Em 1789?”

      A mulher sorri para ela. “Está correto.”

      “Mas por quê? Por que estou aqui? Por que agora? Por que este lugar?”

      “Receio que isso seja algo que você tenha que descobrir sozinha. Eu sou apenas uma serva.”

      “Mas por que fui atraída para essa igreja?”

      “Você está na Igreja de São Pedro. Em Montmartre,” a mulher responde. “Ela está aqui há milhares de anos. É um lugar muito sagrado.”

      “Por quê?” Caitlin insiste.

      “Era aqui que todas as pessoas se reuniam para os votos para a fundação da Sociedade de Jesus; foi aqui que nasceu o Cristianismo.”

      Caitlin a encara, sem reação, e a freira finalmente sorri, dizendo, “Seja bem vinda.”

      E com isso, ela faz uma pequena reverência e parte, fechando a porta com cuidado.

      Caitlin se vira e analisa o quarto. Ela se sente grata pela hospitalidade, pelas roupas, pela oportunidade de tomar um banho, e pela cama confortável que ela vê em um canto do quarto. Ela não acha que conseguiria dar mais um passo. Na verdade, ela está tão cansada, que sente que poderia dormir para sempre.

      Segurando a caixa incrustada de joias, ela caminha até o canto do quarto e a coloca no pedestal. O pergaminho poderia esperar, mas sua fome não.

      Ela ergue o cálice e o examina. Ela já pode sentir o que há dentro dele: sangue branco.

      Ela leva o cálice até seus lábios e bebe. O líquido é mais


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