Um Rastro De Imoralidade . Блейк Пирс
CAPÍTULO VINTE E OITO
PREFÁCIO
Mesmo Sarah Caldwell tendo apenas dezesseis anos, ela tinha uma boa cabeça e um senso de quando as coisas pareciam estar estranhas. E isso parecia estranho.
Ela quase não saía. Mas quando Lanie Joseph, sua melhor amiga desde o ensino fundamental, ligou e pediu-lhe para ir ao shopping com ela, esta tarde, Sarah não tinha uma razão convincente para não ir.
Mas desde que elas se encontraram, Lanie parecia nervosa. Sarah não conseguia entender por que andar ao redor do Fox Hills Mall poderia gerar tanta ansiedade. Ela notou que quando elas estavam experimentando colares baratos na Claire’s, as mãos de Lanie tremeram quando ela tentou apertar o fecho.
A verdade era que Sarah realmente não fazia ideia do que estava deixando a Lanie nervosa. Elas ficaram incrivelmente próximas durante todo o ensino fundamental. No entanto, quando a família de Sarah se mudou do sul de Culver City para um bairro ainda de classe trabalhadora, mas menos perigoso do que Westchester, elas lentamente se afastaram. As comunidades ficavam a apenas algumas milhas de distância. Mas, sem carros, nenhuma delas tinha um, ou um compromisso sério para ficarem conectadas, elas perderam contato.
Ao passar maquiagem em Nordstrom, Sarah deu umas olhadas para Lanie no espelho. O cabelo loiro claro de sua amiga estava manchado de azul e rosa. Ela já tinha tanta maquiagem escura nos olhos que não havia realmente nenhuma razão para experimentar qualquer coisa no balcão. Sua pele clara parecia ainda mais pálida quando contrastada com suas múltiplas tatuagens e o top preto com o short estilo Daisy Dukes que ela usava. No meio da intencional arte corporal, Sarah não podia deixar de notar algumas contusões misturadas.
Ela olhou para o seu próprio reflexo e ficou chocada com o contraste. Ela sabia que ela era bonita também, mas de uma forma mais moderada, quase sensata. O cabelo castanho batendo nos ombros foi recolhido em um rabo de cavalo. Sua própria maquiagem era sutil, destacando seus olhos castanhos e cílios longos. Sua pele morena não tinha tatuagem e ela usava jeans desbotados e um bonito, mas longe de ser vulgar, top azul.
Ela se perguntou se ela tivesse ficado no antigo bairro, será que estaria como Lanie agora? Quase certamente, não. Seus pais nunca teriam permitido que ela seguisse por esse caminho.
Se Lanie tivesse se mudado de Westchester, será que ela ainda assim se pareceria com uma prostituta adolescente que trabalha em uma parada de caminhões?
Sarah sentiu seu rosto ficar vermelho enquanto ela balançou o pensamento para fora de sua cabeça. Que tipo de pessoa era ela, com tais pensamentos horríveis sobre alguém com quem ela tinha brincado de Barbie quando menina? Ela se virou, esperando que Lanie não visse a culpa que certamente estava estampada em seu rosto.
“Vamos fazer um lanche na praça de alimentação,” disse Sarah, tentando mudar a dinâmica. Lanie concordou e elas se dirigiram para fora, deixando a vendedora desapontada para trás.
Quando elas se sentaram em uma mesa comendo pretzels, Sarah finalmente decidiu descobrir o que estava acontecendo.
“Então você sabe que eu sempre gosto de vê-la, Lanie. Mas você parecia tão chateada quando você me ligou e você parece tão desconfortável... Há algo errado?”
“Não. Tudo certo. Eu só... Meu namorado virá aqui e eu acho que eu estou nervosa com o fato de você conhecê-lo.
Ele é um pouco mais velho e estamos juntos há somente algumas semanas. Eu meio que sinto que posso perdê-lo e achei que você poderia me dar uma força, tipo, se ele me vir com minha amiga de longa data, isso poderia fazê-lo me ver de uma forma diferente.”
“Como é que ele a vê agora?” Sarah perguntou, preocupada.
Antes que Lanie pudesse responder, um cara se aproximou de sua mesa. Mesmo antes das apresentações, Sarah sabia que aquele deveria ser o namorado.
Ele era alto e super-magro, estava vestido com jeans apertados e uma camiseta preta que realçava sua própria pele pálida e ele tinha várias tatuagens. Sarah percebeu que ele e Lanie tinham a mesma tatuagem de caveira com ossos cruzados em seus pulsos esquerdos.
Com seu longo, cabelo preto espetado e penetrantes olhos escuros, ele era bonitinho. Ele lembrou Sarah um daqueles vocalistas de bandas de hair metal dos anos 80 que sua mãe sempre tietava, com nomes como Skid Row ou Motley Row ou algo Row. Ele facilmente parecia ter vinte e um anos.
“Ei, gatinha,” ele disse casualmente e se inclinou para dar um beijo em Lanie, um beijo surpreendentemente apaixonado, pelo menos para uma praça de alimentação no shopping. “Você disse para ela?”
“Eu não tive a chance ainda,” Lanie disse timidamente, antes de se virar para Sarah. “Sarah Caldwell, este é o meu namorado, Dean Chisolm. Dean, esta é a minha amiga mais antiga do mundo, Sarah.”
“Prazer em conhecê-lo,” disse Sarah, acenando educadamente.
“O prazer é todo meu,” disse Dean, tomando-lhe a mão e fazendo uma profunda reverência, brincando com o exagero do cumprimento. “Lanie fala sobre você o tempo todo, como ela queria que vocês pudessem sair mais. Então, eu estou realmente feliz porque vocês podem ficar juntas hoje.”
“Eu também,” disse Sarah, impressionada com o charme inesperado do cara, mas prudente, no entanto. “O que ela não teve a chance de me dizer?”
Todo o rosto de Dean deu um sorriso que facilmente pareceu derreter suas suspeitas.
“Ah,” ele disse. “Eu vou receber alguns amigos na minha casa esta tarde e nós pensamos que poderia ser divertido se você vier. Alguns deles são de bandas. Uma delas precisa de um novo vocalista. Lanie pensou que você gostaria de conhecê-los. Ela diz que você é realmente uma boa cantora.
“Sarah olhou para Lanie, que sorriu de volta, mas não disse nada.
“É isso que você quer fazer?” Sarah perguntou a ela.
“Pode ser divertido tentar algo novo,” disse Lanie. Seu tom era casual, mas Sarah reconheceu o olhar em seus olhos, que pedia para a amiga não dizer nada para envergonhá-la na frente de seu novo namoradinho.
“Onde é?” Perguntou Sarah.
“Hollywood,” disse ele, com os olhos brilhando antecipadamente. “Vamos nessa. Vai ser divertido.”
*
Sarah sentou-se no banco de trás do velho Trans Am de Dean. A relíquia estava bem conservada por fora, mas o interior estava cheio de pontas de cigarro e embalagens amassadas da McDonald.
Dean e Lanie sentaram-se na frente. Com a música alta, era impossível ter uma conversa. Passaram por Hollywood na direção de Little Armenia.
Sarah olhou para a amiga no banco do passageiro na frente e perguntou-se se estava mesmo ajudando a amiga lhe fazendo companhia. Seus pensamentos se voltaram para o banheiro das mulheres no shopping, onde foram antes de deixar o shopping, lá Lanie tinha finalmente sido transparente com ela.
“Dean está super impulsivo,” ela disse enquanto elas retocavam a maquiagem pela última vez no espelho do banheiro. “E eu estou preocupada que se eu não acompanhar o ritmo dele, posso perdê-lo. Quero dizer, ele é tão sexy. Ele poderia escolher entre várias meninas. E ele não me trata como uma adolescente. Ele me trata como uma mulher.”
“É por isso que você tem essas contusões, porque ele te trata como uma
mulher?” Ela tentou cruzar o olhar com a Lanie