Transmissão . Морган Райс

Transmissão  - Морган Райс


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      CONTEÚDO

       CAPÍTULO UM

       CAPÍTULO DOIS

       CAPÍTULO TRÊS

       CAPÍTULO QUATRO

       CAPÍTULO CINCO

       CAPÍTULO SEIS

       CAPÍTULO SETE

       CAPÍTULO OITO

       CAPÍTULO NOVE

       CAPÍTULO DEZ

       CAPÍTULO ONZE

       CAPÍTULO DOZE

       CAPÍTULO TREZE

       CAPÍTULO CATORZE

       CAPÍTULO QUINZE

       CAPÍTULO DEZASSEIS

       CAPÍTULO DEZASSETE

       CAPÍTULO DEZOITO

       CAPÍTULO DEZANOVE

       CAPÍTULO VINTE

       CAPÍTULO VINTE E UM

       CAPÍTULO VINTE E DOIS

       CAPÍTULO VINTE E TRÊS

       CAPÍTULO VINTE E QUATRO

       CAPÍTULO VINTE E CINCO

       CAPÍTULO VINTE E SEIS

       CAPÍTULO VINTE E SETE

      CAPÍTULO UM

      Kevin estava bastante convicto de que não lhe deviam dizer que estava a morrer quando tinha treze anos. Provavelmente não havia um bom momento para lho dizerem, para ser franco, mas definitivamente não quando se tinha treze anos.

      “Kevin” disse o Dr. Markham, inclinando-se para a frente na sua cadeira “entende o que lhe estou a dizer? Tem alguma pergunta? Você tem, Sra. McKenzie?”

      Kevin olhou para a sua mãe, à espera que ela soubesse melhor do que ele o que dizer a seguir. À espera talvez de ter ouvido mal tudo aquilo e que ela lhe explicasse. Ela era baixa e magra, com o olhar duro de alguém que tinha trabalhado arduamente para criar sozinha o seu filho em Walnut Creek, na Califórnia. Kevin já era mais alto do que ela, e uma vez, apenas uma vez, ela tinha dito que ele era parecido com o seu pai.

      Neste momento, ela parecia estar a tentar segurar as lágrimas.

      “Tem a certeza de que isto não é um engano?” ela perguntou. “Nós só viemos ao médico por causa das coisas que o Kevin andava a ver.”

      As coisas que ele andava a ver. Essa era uma maneira delicada de o dizer, como se só de falar naquilo o pudesse piorar ou aumentar. Quando Kevin contou pela primeira vez à sua mãe sobre isto, ela ficou a olhar para ele e depois disse-lhe que ele o devia ignorar. Por fim, depois de desmaiar, ele acordou e descobriu que tinha uma consulta com o médico de família.

      Eles foram rapidamente do consultório do médico para o hospital para fazer exames, e depois para o consultório do Dr. Markham, que tinha paredes brancas e estava cheio de lembranças do que pareciam ser viagens a todos os cantos do planeta. Quando Kevin entrou lá pela primeira vez, ele teve a sensação de tal era uma tentativa de fazer com que um ambiente frio e clínico parecesse caseiro. Agora ele pensava que talvez o Dr. Markham gostasse de ser lembrado de que havia vida que não incluía dizer às pessoas que elas estavam a morrer.

      “As alucinações podem ser um fator quando se trata de doenças como esta” disse o Dr. Markham, num tom cuidadoso.

      Falar em alucinações não parecia ser a melhor forma de o dizer a Kevin. Fazia com que soasse como se fossem coisas irreais, fantasmagóricas, mas as coisas que ele via pareciam encher o mundo quando surgiam. Imagens de paisagens que ele não tinha visto, vestígios de horizontes.

      E, claro, os números.

      “23h 06m 29,283s, −05° 02′ 28,59” disse ele. “Deve significar alguma coisa. Tem que significar alguma coisa.”

      O Dr. Markham abanou a cabeça. “Tenho a certeza que deve ser isso que lhe parece, Kevin. Tenho a certeza que deve querer que tudo isso signifique alguma coisa, mas neste momento, preciso que entenda o que está a acontecer consigo.”

      Acima de tudo, tal tinha sido parte do motivo pelo qual Kevin o havia contado à sua mãe. Ele tinha demorado algumas semanas a convencê-la de que ele não estava a brincar ou a jogar um jogo qualquer. Ao início, ela estava convencida de que ele não estava a falar a sério. Quando ele começou a ter as dores de cabeça, ela começou a levar aquilo mais a sério, deixando-o faltar à escola para ficar em casa no dia em que a dor estava paralisante. Quando ele desmaiou pela primeira vez, ela apressou-se a levá-lo ao médico.

      “O que está a acontecer comigo?” Kevin


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