Para Você, Para Sempre. Софи Лав
podem formar uma pequena gangue", Emily acrescentou, com uma risada.
Yvonne fez beicinho então. "Ah, eu estou com inveja. Eu gostaria de ter outro".
"Foi planejado?" Emily perguntou Holly. "Você está corando como se não tivesse sido!"
"Não", Holly disse a ela. "Foi uma surpresa. Bem-vinda, mas Minnie ainda não tem nem um ano, então não achamos fosse possível! Mas, em Vancouver, as crianças passaram muito tempo com nossos parentes e pudemos descansar e sair só nós dois e, bem, uma coisa levou a outra".
Todo mundo riu. Emily sentiu-se feliz por ter novamente a companhia de algumas de suas amigas da escola. Embora Yvonne fosse uma das melhores amigas dela, e Suzanna em menor escala, o círculo mais amplo de amigos pais era muito dependente do contexto. Ela percebeu então que havia perdido a companhia deles, que sentia falta de ter pessoas para compartilhar as provações e tribulações da maternidade.
"Olhem para a minha pequena Bailey", disse Yvonne então, desviando o olhar para o parquinho. "Ela está mantendo a menina novata sob sua asa".
Emily olhou para o parque e viu as duas zunindo pelo playground. Chantelle, percebeu, não estava brincando com elas. Em vez disso, estava com os meninos, Toby, Levi e Ryan, participando de um tipo de jogo muito mais áspero e caótico. Ela se perguntou por que não estavam brincando todos juntos.
Yvonne sussurrou: "Mas eu espero que ela não a convide para brincar lá em casa". Eu conheci a mãe esta manhã. Ela é tão azeda quanto a filha. E o nome da menina é Laverne".
Emily não pôde deixar de rir. Era tão bom conversar novamente com suas amigas que também eram mães, de volta aos portões da escola. Da última vez que havia feito isso, tudo ainda era novo e estranho. Chantelle apareceu do nada e mudou completamente a vida de Emily. Mas ela não mudaria nada agora. Tornar-se mãe tinha sido a melhor experiência de sua vida, e ela amava as sensações, as oportunidades que isso lhe dava, e as pessoas que conhecera no processo.
Ela viu Suzanna se aproximando com o bebê Robin amarrado ao peito num sling, com seus pezinhos balançando a cada passo que ela dava. Logo, seria Emily, ela percebeu, seu coração tornando-se maior ao pensar nisso, com animação, mas também por causa da ansiedade. Charlotte ia mudar tudo de novo, assim como Chantelle mudara. E Roy não estaria lá para ajudá-la ao longo do processo. Mas, enquanto olhava de Suzanna para Yvonne e para Holly, sabia que tinha as melhores pessoas do mundo ao seu lado, para lhe dar apoio. Ela podia fazer isso. Podia fazer qualquer coisa com o apoio de suas amigas.
Ela percebeu então que tinha ficado tão absorvida em recuperar o atraso com suas amigas que perdeu a noção do tempo.
"É melhor eu ir conhecer a nova professora", disse ela, virando-se para a escada.
Mas no mesmo momento em que fez isso, notou Daniel se aproximando. Ele estava olhando para o relógio com uma expressão de alarme.
"Daniel!" Yvonne gritou, com entusiasmo.
"Olá a todos", disse ele, aproximando-se do grupo de mães. "Sinto muito, mas não posso parar para conversar, tenho que começar a trabalhar". Ele se virou para Emily. "Ainda quer uma carona até o Joe?"
"Posso me apresentar à professora primeiro?" Emily perguntou.
Daniel olhou para o relógio, tenso. "Hum..., bem..." ele disse, parecendo um pouco confuso.
Emily podia sentir que ele estava obviamente ansioso para causar uma boa impressão em sua nova posição no trabalho, após a promoção. Ela decidiu deixar pra lá e não criar confusão.
"Não se preocupe", falou, cedendo. "Eu posso conhecer a nova professora quando vier buscá-la".
Ela se despediu de suas amigas, triste por ter sido arrancada de sua companhia maravilhosa, e se dirigiu para a caminhonete com Daniel.
"Depois, a gente coloca o papo em dia", ela falou alto por cima do ombro, acenando enquanto entravam no carro.
Batendo a porta do veículo, Emily se virou para Daniel. "Lembre-me de não marcar um café da manhã com Amy durante os dias de aula. Pelo menos não até eu voltar ao volante do meu próprio carro!"
Ela sentia falta da liberdade que tinha antes da gravidez. Perder o encontro com a professora a fez se sentir péssima. Esperava que não tivesse causado uma má impressão por causa disso. Ela não queria parecer uma mãe desinteressada, distraída e egocêntrica.
Daniel saiu do estacionamento, indo em direção à cidade.
"Então, quem é a professora?" Emily perguntou a ele.
"Senhorita Butler", Daniel informou. Ele deu de ombros, como se não estivesse prestando muita atenção. "Ela parece um pouco mais severa em comparação à Srta. Glass. Um pouco mais velha, um pouco mais exigente".
"Eu me pergunto o que Chantelle vai achar dela", Emily refletiu. A menina tinha dificuldade, às vezes, em lidar com figuras de autoridade. A abordagem suave funcionava bem com ela, mas a principal coisa para Chantelle era realmente os limites. Contanto que ela soubesse o que se esperava dela, poderia se sobressair. Ela só esperava que essa nova professora, mais severa, tivesse a paciência necessária para chegar a esse ponto.
"Gail estava lá também", disse Daniel. "Ela será a conselheira de Chantelle novamente este ano".
"Isso é um alívio", Emily respondeu, pensando novamente no pai. Chantelle precisaria da ajuda de Gail mais do que nunca. Não só por causa da segurança que Gail deu a ela, mas por causa das experiências de vida pelas quais precisaria ser guiada ao longo deste ano.
"Então, sobre o que você e Amy vão conversar hoje?" Daniel perguntou.
A pergunta tirou Emily de seu devaneio angustiado. "Não tenho certeza, mas acho que sobre Harry. Você notou algo estranho entre eles na ilha?"
"Não", disse Daniel, confuso.
Emily não ficou surpresa por Daniel não ter percebido as nuances do comportamento de Amy. Amy era sua melhor amiga, afinal; ela a conhecia por dentro e por fora e podia ler os menores sinais em sua expressão.
"Espero que não estejam se separando", disse Daniel, sério, ao entrar numa rua lateral. "Estamos prestes a abrir o restaurante. Eu não quero que Harry deixe a sopa salgada com suas lágrimas!"
Emily riu. "Tenho certeza de que não é isso. É provavelmente o oposto, eu acho. Amy está pronta para se casar com ele, mas quer que eu diga a ela que não está indo muito rápido. Você se lembra do que aconteceu com Fraser?"
"Como eu poderia esquecer?", disse Daniel, com uma careta.
Eles chegaram à lanchonete de Joe e Daniel parou. Ele beijou Emily e ela deslizou de seu assento para fora do carro, incapaz de saltar alegremente, como fazia antes de ganhar quinze quilos durante a gravidez.
"Tenha um bom dia no trabalho", ela disse.
Ele sorriu e acenou, depois foi embora. Emily entrou no restaurante.
"Ora, se não é Emily Mitchell!", Joe exclamou quando ela entrou. "Eu não vejo você há muito tempo!"
Ela o saudou com um abraço. "É Emily Morey agora, não esqueça", brincou.
"Claro", Joe riu. "E pensar que vocês tiveram seu primeiro encontro aqui". Ele sorriu. "Café?"
Emily deu um tapinha de leve na barriga. "Descafeinado, por favor".
Joe saiu para fazer uma nova garrafa de café enquanto Emily encontrava a mesa onde Amy já estava sentada.
"Como nos velhos tempos, não é?" Amy disse, saudando sua amiga com um beijo. "Tomando um café rápido antes do trabalho, sempre que podíamos, é claro. Café da manhã, almoço e um drinque à noite".
"Drinques!" Emily exclamou, acariciando sua barriga. "Nem me lembre". Ela riu. "É maravilhoso ter você por perto. E, tem razão, é como nos velhos tempos, só que sem os aumentos de salário ou fileiras de táxis amarelos". Ela sorriu ao recordar a antiga vida em Nova York.