Homossexualidade E Pedofilia Na Igreja Católica. Andrzej Stanislaw Budzinski
relaçõessimplesmente associadas entre elas, mas interiormente unidas numaespécie de mútua imanência. A referência à igreja é inscrito noúnico e a mesma referência do sacerdote a Cristo, no sentido que arepresentação sacramental de Cristo a fundar e a admirar areferência do sacerdote na igreja”6. Não sei como vocês, mas eu pessoalmente depois destas poucaspalavras encontreime em dificuldades e confuso, não estava seguropara continuar a minha reflexão sobre o assunto, mas repentinamenterecebi uma iluminação muito simples: justamente por isso, que creionaquilo que diz a igreja e gosto, devo escrever. A coisa que mesurpreende e desaponta profundamente é: são poucos sacerdotes queencaram o problema da homossexualidade e da pedofilia nas suasorações, ainda que o ensinamento da igreja sobre este assunto éclaro. Nesta situação, questionei: porquê está a acontecer esteestranho silêncio? Pode haver muitos motivos:
● Não conhecem o ensinamento bíblico?
● Não conhecem os ensinamentos do Catecismo?
● Não crêem no que a igreja ensina?
● Não se preocupam daquilo, que a igreja ensina?
● Não se preocupam da própria igreja?
● Têm medo de falar para não se expor a perigo?
● Não querem falar, porque falariam contra os seus “colegas”na hierarquia da igreja ou contra os mesmos’
● Não lhes interessa o sofrimento das vítimas
● Simplesmente não sabem o que dizer?
● Envergonhamse de falar, porque conhecem a realidade doambiente em que vivem?
Uma coisa certa, muito difícil é “combater” ahomossexualidadee a pedofilia quando estão presentes as pessoas desta opção entrea hierarquia da igreja. A igreja de qualquer forma tem as mãosatadas, e infelizmente, as tem atado por si própria sozinha como?Muito simples. Existe muitos Pastores da igreja que, conscientes doproblema dentro do clero, “fecharam um olho” para evitar osescândalos. Segundo o ensinamento de Jesus: “[31] Jesus dizia,pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minhapalavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; [32] conhecereis averdade, e a verdade vos libertará”(Jo. 8,31-32). Porconsequência da tal atitude chegamos às declarações muitodolorosas, tipo: muitos bispos não obstante, conhecendo a verdadedahomossexualidade e da pedofilia dentro do clero, ao invés dedesenraizála radicalmente da igreja, ocultaramna, permitindo destaforma para desenvolverse num lugar onde não deveria haver. Quaissãoas consequências deste comportamento fariseu? Um escândalo maisgrave. O mundo “externo” descobriu que na igreja são cultivadasas mentiras, daqueles que deveriam orar a verdade. Neste momentoútilé colocarse uma questão: quem é o pai da mentira? Como sempresobre isto nos explica Jesus: “[41] Vós fazeis as obras devosso pai. Disseramlhe, pois: Nós não somos nascidos da fornicação;temos um Pai, que é Deus. [42] Disselhes, pois, Jesus: Se Deusfosseo vosso Pai, certamente me amaríeis, pois que eu saí, e vim deDeus; porque não vim de mim mesmo, mas ele me enviou. [43] Por quenão entendeis a minha linguagem? Por não poderdes ouvir a minhapalavra. [44] Vós tendes por pai o diabo, e quereis realizar osdesejos de vosso pai; ele foi homicida desde o princípio, e nãopermaneceu na verdade, porque não há verdade nele; Quando falamentira, fala do que lhe é próprio, porque é c mentiroso, e pai damentira” (Jo. 8,41-44). Uma resposta muito simples. Tãosimples que nos atira para o chão.
O diabo é o pai das mentiras, e aqueles que as dizem o teucomo paie tornamse seus cúmplices. Triste. As pessoas que deveriam imitar ereferenciar Jesus colaboram com o seu inimigo. Na verdade,precisariade reparálos directamente nos olhos, e pôrlhes esta questão: comquem colaboram? Estou convicto que isso os colocaria numa situaçãomuito difícil. Eles colabora com o diabo, mas nas orações estãoem condições de anunciar as maravilhosas palavras de Deus. No talcomportamento vejo eu, a denominada esquizofrenia da fé, isto é odesejo der satisfazer dois patrões. Neste momento assaltamme namente as palavras de Jesus dirigidas aos fariseus: “[25] Ai devós, escribas e fariseus, hipócritas! porque limpais o exterior docopo e do prato, mas o interior está cheio de rapina e iniquidade.[26] Fariseu cego! Limpa primeiro o interior do copo e do prato,paraque também o exterior fique limpo. [27] Ai de vós, escribas efariseus, hipócritas! Porque sois semelhantes aos sepulcroscaiados,que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estãocheios de ossos de mortos e de toda imundície. [28] Assim tambémvós exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormenteestais cheios de hipocrisia e iniquidade” (Mt 23, 25-28).
OCULTAR PARA EVITAR O ESCÂNDALO
Alguns anos atrás tive a oportunidade de falar com um bispoque, àminha pergunta: o senhor tinha conhecimento dos abusos sexuais nasuadiocese? Ele disse: “sabia, e oculteio por “amor” da igreja epara evitar os escândalos”. Reparandolhe nos olhos lhe coloqueiuma outra pergunta. O senhor, desta forma conseguiu evitar osescândalos na sua diocese?
“Não, não consegui, mas isto levou aos escândalos ainda maisgrandes”. Por conseguinte, o bispo demitiuse do seu cargo ousimplesmente escapou da responsabilidade.
O papa Francesco (Francisco) no dia 18 de Fevereiro de 2016a bordodum avião que partiu de Roma para México assim declarou: “bisposque transferem os padres pedófilos, que o melhor que podem fazer épôrse dentro, é uma coisa, não é dogmática, mas é aquilo que eupenso”7.
Eis alguns exemplos:
● Duras críticas foram dirigidas à igreja católica quando foi descoberto que alguns bispos a par dos casos de abusostenham transferido os padres ao invés de removêlos e denunciálos8.
● Foi revelado que a posição prevalente relativamente aoscasos de pedofilia entre os sacerdotes era que os pedófilos pudessemser tratados através duma assistência psicológica e nãopenitencial.
Em Barretos, no Brasil, é aberto secretamente porsacerdotesitalianos pedófilos um centro de tratamento9. Para aprofundar proponho também a leitura do livro de CarmeloAbbate“Golgota: viagem secreta entre a igreja e pedofilia”, PIEMME2012.
● Alessandro Maggiolini, ex bispo de Como investigado porcumplicidade pessoal de dom Mauro Stefanoni, um abade condenado em Maiode 2008 por 8 anos de prisão por violência sexual de um menor psiquicamente fraco e precisava de afecto e cuidado,incapaz de revoltarse eficazmente a um sujeito adulto circundado derespeito10. Monsenhor Maggiolini afirmou: os bispos devem tomar asnecessárias medidas canónicas, e não devem tornarse instrumentos dajustiça italiana, não porque não queremos que os sacerdotesculpados sofram as justas penas da justiça civil, mas porque asvítimas devem decidir sozinhas se acedam. E algumas preferem nãofazêlo. Ponto de vista sustentada também por monsenhor Betori, secretáriogeral da Congregação Episcopal italiana.Monsenhor. No mês de Maio de 2002 declarou: os padres pedófilos são umcaso absolutamente marginal que não requer intervenções da partedas instâncias centrais da igreja italiana. Tratase dumfenómeno extremamente limitado e os bispos reafirmam a sua confiançana grande maioria dos padres, que servem com fidelidade aigreja na educação dos jovens. O conselho permanente não falou poracaso de casos de pedofilia. CEI não possui nenhuma lista aopropósito, não temos. Nem casos em destaque nem um procedimento de monitoria.
A CEI não exercitavigilância sobre os bispos, não é uma super conferência decontrolo, porque qualquer bispo tem a responsabilidade de encarar aquestão.
● Importante! Lendo a declaração de monsenhor Betori, secretáriogeral dacongregação Episcopal italiana de Maio de 2002: “os padres pedófilossão um caso absolutamente marginal que não requer intervenções daparte das instâncias centrais da igreja italiana”, a suadeclaração pareciame bastante superficial. Por isso resolvi fazer aminha pesquisa. Na internet encontrei um sitio,http://retelabuso.org, onde demonstram: “segundo a projecção do colega irlandêsMark Vincent Healy, que na base dos dados emitidos pelascomissões governamentais do inquérito efectuado em todo mundoproduziu
6
Giovanni Paolo II (João Paulo II), Pastores dabo vobis, n.16.
7
http://w2.Vatican.Va/content/francesco/it/speeches/february/documents/papa-francesco_20160217_mexico-conferencia-de-imprensa pdf (25.05.2018)
8
F. Bruni e E. Burkett, A Gospel of Shame. Children, sexualAbuse, and the Catholic Church, 2003, pp. 40.
9
Cotroneo Rocco, psicólogos e orações, a clínica para padrespedófilos, no Corriere della Sera, 28 de Novembro de 2005. https://blog.uaar.it/2005/11/28/peicologos-oraçoes-clinica-padres-pedofilos / (consultado no dia 25 de Setembro de 2011)
10
Marco Politi, La Cei: a pedofilia não nos diz respeito, no LaRepubblica, 22 de Maio de 2002. hhtp://www.repubblica.it/online/cronaca/papapreti/cei/cei.html?ref=search (consultado no dia 26 de Setembro de 2011).