Castrado. Paulo Nunes
Obrigado por ter vindo, meu amor — disse ele com a voz embargada.
— Desculpe não ter vindo antes, meu amor. Alyce não me acordou. Não sabia de nada. Gostaria de ter vindo com você para lhe dar apoio — respondi, deslizando meus dedos em seu rosto molhado.
— Você me ama? — perguntou ele, já fazendo cara de choro novamente.
— Claro que o amo. Você é a coisa que mais amo em minha vida. Você é o meu homem — e levei meus lábios aos dele, tocando-os castamente em um beijo singelo.
— Quero fazer você feliz em todos os dias da sua vida. Todos os dias da sua vida quero fazer você feliz — e ficou repetindo várias vezes.
Ele está bêbado. Ótimo! Pensei e, logo, respondi:
— Eu sei, meu amor. Olhe! Sei que não é o momento, mas prometi a mim mesmo que de hoje não passaria. Depois do que vivemos na nossa cama ontem, e de tudo que já passamos juntos, não tenho mais motivos para hesitar em responder a você — e acarinhei seu rosto novamente, vendo seu semblante assumir um aspecto de medo e dúvida.
— Eu fiz alguma coisa errada com você? — perguntou ele, ansioso para saber o que eu tinha para lhe contar.
— Não, meu amor. Você não fez nada de errado. Eu só quero dizer que eu aceito. Aceito o seu pedido. Quero casar com você — e sorri delicadamente para ele.
O queixo de Aidan tremeu e ele, logo, derramou uma lágrima. Depois, descontrolou-se novamente, mas de felicidade. Abracei-o e sussurrei em seu ouvido:
— Eu amo você. Sempre vou amar — e ouvi-o soluçar novamente, apertando-me contra seu peito com força e intensidade.
Depois de cantar para ele, vi-o se acalmar e adormecer.
— Procure dormir um pouco, meu amor. Vou ficar aqui com você. Descanse — repetia a ele com a voz mansa, acarinhando seu rosto e pescoço, induzindo-o a fechar os olhos e se entregar ao sono.
Não demorou e, logo, vi-o ressonar. Então, levantei-me da cama, cobri-o, fechei as cortinas e saí da suíte em busca de Alyce.
No corredor do resort, um pouco distante dos seguranças, Alyce olhava a tela do seu celular. Percebendo que eu me aproximava, ergueu a cabeça, engoliu em seco, constrangida, e estendeu o visor para mim, mostrando-me que o vídeo já estava disponível na internet. E comentou, quase em tom de reprovação:
— Max fez um bom trabalho. Está em todos os sites de fofocas. Hoje ou amanhã estará nas primeiras páginas dos tabloides.
Encarei aquela cena no celular dela e respondi com o rosto impassível, sentindo o ódio vibrar dentro de mim:
— Ótimo! Aidan está dormindo. Agora, está bêbado. Quando acordar, vou fazê-lo tomar banho e comer alguma coisa. Então, você entra na suíte e dá a notícia a nós dois juntos do meu vídeo pornô que vazou na internet. Quero que ele esteja sóbrio ao saber do vídeo. Assim, será melhor — e senti meus lábios se apertarem de raiva ao terminar de falar.
— Gaius, você tem certeza de que... — falava ela, quando a interrompi.
— Tenho sim, Alyce.
E, depois, virei-me para um dos seguranças e ordenei, arrogantemente, mas feliz:
— Ethan, vá até a recepção e peça para separarem o melhor champanhe que eles tiverem aqui. Na hora certa, aviso para trazer. Precisamos comemorar.
E voltei a encarar os olhos de Alyce, ansioso para que Aidan acordasse logo. Recordo-me bem de que meu sentimento, naquele instante, era somente um. Queria destruir a vida de Aidan. E aquilo era só o começo do escândalo que estava por vir.
***
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