Poesias de Maria. Maria Aparecida Ripari

Poesias de Maria

Год выпуска: 0

Автор произведения: Maria Aparecida Ripari

Серия:

Жанр: Языкознание

Издательство: Bookwire

isbn: 9786588927397

Краткое описание:

POESIAS DE MARIA é a minha lágrima em gota 
Que cai nas páginas deste livro singelo,
Sem pretensão, sem beleza, cada verso adota 
Da minha alma, todo o meu amor e desvelo.


São versos simples sem a formosa estética,
Sem regras, sem normas, rudes e desatentos,
Mesmo não contendo belas rimas e métrica 
Foram escritos com todo o meu sentimento.


Escrevi este livro em noites insones, incalmas,
De rimas pobres, mas repleto de anseios.
Nas suas páginas fulgurando o ardor d'alma 
E do meu coração amoroso, tanto enleio.


Nenhum verso é belo ou perfeito,
Mas todos retratam a minha vida,
Que de tanto amor perfeito no peito,
Revestem-se de pureza e ternura embelecida.


Eu sei, que a poesia, para ser lida,
Tem que ter rimas belas de modos diversos
Para cantar a beleza do amor e ainda
Ter métrica para que sejam perfeitos os versos.


Tem que ter o riso e o soluço do amor 
De quando a terra palpitante adormece 
A tristeza e o silêncio da dor 
Como se fosse do coração uma prece.


Tem que ter as cores do firmamento,
Do céu áureo, anilado e estrelado,
Das flores fragrantes aromas e alentos  "E dos puros incensos, odores perfumados.


Tem que ter a profundeza do mar,
Os anseios inquietantes da natureza,
Dos pássaros a sonoridade do gorjear 
E da melodia, a enternecedora beleza.


Tem que ter a suavidade da brisa 
E a força violenta do furioso vento,
A placidez do rio manso que desliza 
E a magia do ocaso suave e lento.


Tem que ter a ternura do doce beijo 
O encanto do sorriso alegre e bonito,
A insacidez do ardoroso desejo 
Que arte no peito amante e aflito.


Tem que ter o sal da lágrima pura,
Das dores o sofrimento profundo,
Das mãos a carinhosa, cálida ternura 
E do olhar, o meigo brilho fecundo.


O branco tem a claridade do dia 
Quando os raios solares cintilam,
O negro tem a beleza que preludia 
A noite quando as estrelas brilham.


A natureza é sábia, entende de vida, 
Criou para o universo a noite e o dia;
A noite é a continuidade interrompida 
Do dia quando ele adormece e se esfria.


Não existe dia se a noite não houver,
Não há noite se antes não veio o dia,
Mas os dois juntos, entrelaçados se quer, 
Formam um par de vida que reinicia.
" As cores são de diversas tonalidades 
Diferentes, mas todas são muito bonitas, 
Providas de sutis sensualidades,
Todas são de uma beleza infinita.


Se não houvesse a cor preta, escura,
As outras cores não se sombrariam 
E não havendo sombras nas figuras,
Os desenhos e formas não se formariam.


Na alma do branco mora a triste alegria 
Que se enternece e beleza irradia,
Na alma do negro mora a meiga melancolia 
Que sensibiliza e traz terna magia.


E com essa comparação singela 
Mas com tanta sabedoria galante,
As cores podem criar pessoas belas,
O que isolado não tem tanto encanto.




É que o branco não é o lírio belo 
Como o negro não é o belo arbusto, 
Contudo, os dois juntos em doce anelo, 
São capazes de dar primorosos frutos.


E esses frutos viçosos e fortes de fato,
Que enfeitam da vida e os barrancos,
São os formosos mestiços mulatos,
Produto dos amores do negro com o branco.


O tempo impiedoso tudo desbarata,
Nada deixa dos belos e jovens anos, 
Impiedosamente destrói e maltrata 
Trazendo somente dolorosos danos.


O tempo implacável tudo desgasta,
Nunca perdoa os erros e os enganos, 
Implacavelmente desfigura e mata  " As belezas e as forças pela corrida dos anos.


Os estragos não ficam só no corpo,
Pelo coração e n'alma se espalham,
Não existe firme e seguro porto 
Que o tempo não estraçalha.