Um club da Má-Lingua. Dostoyevsky Fyodor

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ratice! Existe um vô… ô… de ville versando sobre o mesmo assunto: O marido á porta e a mulher na… Conceda-me licença!.. já me não lembro lá muito bem… a mulher safa-se para Tula… ou para Yoroslav!..

      O marido á porta e a mulher em Tver, rico tio, sopra-lhe o Mozgliakov.

      – Está c-claro, sim, é isso! Obrigado, caro amigo, exa… cta… mente… em Tver… É um encanto… um en… can… to… É assim… é!.. a mulher em Koxtroma… quero dizer… em conclusão… safou-se… Um encanto! um encanto! Mas já não sei o que é que eu ia dizendo!.. Ah! sim! vamo-nos embora, hein? Até á vista! minha rica senhora! Adeus… minha linda menina!

      O principe beija as pontas dos dedos á Zinaida.

      – O jantar! O jantar, principe!

      – Demore-se o menos que puder! brada Maria Alexandrovna deitando a correr atráz d'elle.

      V

      – Nastassia Petrovna, não seria mau ir deitar a sua rabisáca pela cozinha, disse ella apóz de haver acompanhado o principe. Palpita-me que aquelle traste do Nikitka é capaz de se tomar da pinga e deita-nos a perder o jantar.

      Obedeceu Nastassia Petrovna. Á saída, olhou para Maria Alexandrovna e percebeu que estava animadissima a digna senhora. Em vez de ir vigiar o tratante do Nikitka, Nastassia Petrovna dirige-se a uma saleta contigua, d'alli, enfiando pelo corredor, vae ao quarto, e esgueira-se para um cubiculo de despejos, atulhado de bahús, de vestidos velhos e de roupa suja de toda a familia. Nos bicos dos pés, acerca-se de uma porta fechada, sustendo a respiração, e espreita pelo buraco da fechadura: Aquella porta é uma das três que abrem para a sala (está condemnada). Maria Alexandrovna sabe que a Nastassia Petrovna é velhaca, pouco delicada, de poucos escrupulos, e muito capaz de escutar ás portas. N'este momento, comtudo, Madame Moskalieva está tão preoccupada, que se descuida de toda e qualquer cautélla.

      Senta-se n'uma poltrona e despede significativa olhadela á Zina. E a Zina a sentir o pêso d'aquelle olhar. Dá-lhe um pulo o coração!

      – Zina!

      A Zina volta com muito vagar para a mãe o descorado semblante e aquelles olhos sonhadores.

      – Zina, tenho que te falar em negocio importante.

      Está de pé a Zina; cruza os braços e espera. Deslisa-lhe pelo semblante expressão fugaz de despeito e de ironia.

      – Quero perguntar-te qual é a tua opinião a respeito d'este tal Mozgliakov?

      – Está farta de saber a conta em que o tenho, responde a Zina com modo constrangido.

      – Pois sim, filha, mas está-me parecendo que se vae tornando um tanto ou quanto impertinente, atrevido; e em conclusão, aquella sua insistencia…

      – Diz elle que me ama; se assim fôr, acho perdoavel a sua insistencia.

      – Admiro-me de uma circumstancia: tu, d'antes, não o desculpavas, assim, tanto;… antes pelo contrario, eras, até, muito rispida para com elle, sempre que eu a elle me referia.

      – E a mim, o que me causa admiração é outra circumstancia: A mamã, d'antes, estava sempre a defendêl-o, e é agora a propria a condemnál-o.

      – Confesso que me sorria este casamento. Custava-me vêr-te assim sempre, tão triste. – Avaliava bem a tua tristeza, – pois sou capaz de a comprehender, seja qual fôr o juizo que faças a meu respeito. – Chegou até a tirar-me o somno! Em summa, estou convencida de que só uma mudança radical na tua vida te poderia salvar, e essa mudança, ha de ser o casamento. Não somos ricos, não podemos ir dar a nossa volta pelo estrangeiro. Os asnos que povoam esta cidade espantam-se de te ver ainda solteira aos vinte e três annos e inventam fabulas a tal respeito. Mas poderei eu dar-te por marido para ahi um conselheiro d'esta estupida cidade ou o Ivan Ivanovitch, nosso procurador? Haverá por aqui marido á altura dos teus merecimentos? É certo que o Mozgliakov é apenas um peralvilho, e com tudo isso, de todos elles, é ainda o mais acceitavel. É de boa familia, dôno de cincoenta mil almas: sempre valerá mais que um procurador que vive de propinas e á custa Deus sabe de que tranquibernias. E eis o motivo porque me lembrei d'elle. Tanto menos verdadeira simpathia me merecia, e tanto mais me convenço hoje de que era o Suprêmo Senhor quem me enviava semelhante desconfiança como advertencia. Pensa bem! Se porventura se offerecesse agora um partido mais vantajoso, não serias tu a propria a louvar-me de não ter até hoje dado a tua palavra a ninguem? Pois, ouso crer, Zina, que tu hoje, nada lhe terás dito de positivo. – Pois não é verdade?

      – Para que servirão tantos rodeios, mamã? quando podia muito bem ter-me dito tudo isso em duas palavras, replica a Zina com modo resoluto.

      – Rodeios, Zina! Serão coisas que se digam a tua mãe? Ah! Vejo que de modo nenhum te mereço confiança! Consideras-me como inimiga muito mais do que como mãe!

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      1

      Mestre escola

      2

      Proprietario territorial.

      3

      Poeta russo.

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