Uma Justa de Cavaleiros . Морган Райс

Uma Justa de Cavaleiros  - Морган Райс


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as opiniões deles. Ela sabe que é invencível, estando em algum lugar entre o céu e a terra, e nenhuma força do mundo é capaz de destruí-la. Volúsia não sente medo e sabe que aquilo tudo é apenas o começo. Ela quer conquistar ainda mais poder. Ela planeja visitar cada canto do Império e destruir todos aqueles que não concordam com ela e que se recusam a aceitar seu controle absoluto do Império. Ela pretende reunir um exército cada vez mais forte, até que todo o Império esteja sob o seu comando.

      Pronta para começar o dia, Volúsia desce do trono, pisando em um degrau de cada vez. Ela estica os braços e, quando a população dá um passo adiante, suas mãos se encostam, uma multidão de adoradores que a aceitam como uma deusa encarnada. Algumas pessoas, chorando, caem no chão à medida que Volúsia passa diante delas enquanto centenas de outros habitantes da cidade formam uma ponte humana, ansiosos para que Volúsia caminhe sobre eles. Ela faz a vontade deles, pisando em suas costas macias.

      Finalmente, ela tem um grupo de fieis seguidores. Agora, é chegada a hora de ir para a guerra.

*

      Volúsia observa o céu do deserto a partir dos parapeitos que cercam a capital com uma sensação de intensa realização. Ela não vê nada exceto os corpos de todos os homens que ela havia matado e um céu repleto de abutres, que sobrevoam a área dando voos rasantes para alimentar-se dos cadáveres. Uma brisa suave sopra do lado de fora da cidade e Volúsia já consegue sentir o cheiro dos corpos em decomposição carregado pelo vento. Ela abre um largo sorriso ao ver aquela carnificina. Aqueles homens haviam ousado enfrentá-la, tendo pagado o preço por sua insubordinação.

      "Não devemos enterrar os mortos, minha Deusa?" pergunta uma voz.

      Volúsia vê Rory, o comandante de suas forças armadas, um humano alto, de ombros largos e boa aparência, parado ao seu lado. Ela o tinha escolhido, promovendo-o acima de seus outros generais, por sua boa aparência e, também, por sua habilidade como comandante e sua disposição para ganhar a qualquer custo, assim como ela.

      "Não," ela responde sem olhar para ele. "Quero que eles apodreçam sob o sol e que os animais se alimentem de seus corpos. Quero que todos saibam o que acontece com aqueles que ousam desafiar a Deusa Volúsia."

      Ele olha para os corpos, recuando.

      "Como quiser, minha Deusa," ele responde.

      Volúsia vasculha o horizonte e, quando ela faz isso, Koolian, seu feiticeiro, vestindo um manto preto com capuz, com os olhos verdes brilhantes e seu rosto coberto de verrugas, a criatura que a tinha ajudado a assassinar sua própria mãe e um dos únicos membros de seu círculo mais íntimo em quem ela ainda confia, se aproxima, pondo-se a observar o horizonte junto com ela.

      "Você sabe que eles estão em algum lugar lá fora," ele diz. "Que eles estão vindo atrás de você. Posso senti-los nesse exato momento."

      Ela o ignora e continua olhando para a frente.

      "Eu também," ela finalmente comenta.

      "Os Cavaleiros dos Sete são muito poderosos, Deusa," Koolian fala. "Eles viajam com um exército de feiticeiros, um exército que nem mesmo você é capaz de enfrentar."

      "E não se esqueça dos homens de Romulus," completa Rory. "Há relatos de que eles estão próximos de nossa costa, tendo finalmente retornado do Anel."

      Volúsia não se move e um longo silêncio paira no ar, interrompido apenas pelo uivo do vento.

      Por fim, Rory diz:

      "Não é possível manter o controle desse lugar. Ficar aqui resultará na morte de todos nós. Quais são as suas ordens, Deusa? Devemos abandonar a capital? Devemos nos render?”

      Volúsia finalmente se vira na direção dele e sorri.

      "Temos que comemorar," ela responde.

      "Comemorar?" ele pergunta com surpresa.

      "Sim, vamos comemorar," ela responde. "Faremos isso até o fim. Reforcem os portões da cidade e abram a grande arena. É meu desejo que os cem próximos dias sejam passados com comemorações e jogos. Podemos morrer," ela conclui com um sorriso, "mas faremos isso sorrindo."

      CAPÍTULO SEIS

      Godfrey corre pelas ruas de Volúsia acompanhado de Ario, Merek, Akorth e Fulton, ansioso para alcançar os portões da cidade antes que seja tarde demais. Ele ainda está exultante por ter tido sucesso ao sabotar a arena, envenenando o elefante, encontrando Dray e soltando-o no estádio no momento em que Darius mais havia precisado dele. Graças a ajuda de Godfrey e de Silis, a mulher Finiana, Darius havia vencido; ele tinha salvado a vida de seu amigo, o que o deixa um pouco aliviado da culpa que carrega por ter deixado que Darius caísse em uma armadilha; Obviamente, o papel de Godfrey havia sido executado nos bastidores, onde ele é capaz de dar o seu melhor, e Darius não teria sido o vencedor sem sua própria coragem e habilidade. Ainda assim, Godfrey o tinha ajudado.

      Mas agora, tudo está saindo errado. Após o duelo, Godfrey havia pensado que encontraria Darius no portão da arena quando ele estivesse sendo levado e que poderia libertá-lo. Ele não tinha previsto que Darius seria escoltado pela saída traseira da arena para desfilar pela cidade. Após a vitória de Darius, toda a multidão do Império havia começado a gritar o seu nome e os capatazes do Império haviam se sentido ameaçados por aquela popularidade inesperada. Inadvertidamente, eles haviam criado um herói e, então, decidem levá-lo para fora da cidade antes que uma revolução comece.

      Agora, Godfrey corre com os outros para alcançar Darius antes que ele saia pelos portões da cidade e seja tarde demais. A estrada que leva até a capital é comprida e bem protegida, atravessando o Grande Deserto; quando Darius deixar a cidade, eles não terão como ajudá-lo. Godfrey precisa salvá-lo ou seus esforços terão sido inúteis.

      Respirando com dificuldade, ele corre pelas ruas da cidade seguido por Merek a Ario, que ajudam Akorth e Fulton com suas grandes barrigas abrindo caminho.

      "Não pare de andar!" Merek encoraja Fulton ao mesmo tempo em que o puxa pelo braço. Ario simplesmente dá cotoveladas nas costas de Akorth, fazendo-o gemer e forçando-o a se apressar quando ele diminui o ritmo.

      Godfrey sente o suor escorrendo por seu pescoço enquanto corre e se culpa, mais uma vez, por ter bebido tanta cerveja. Ele pensa em Darius e força suas pernas cansadas a continuarem se movendo, atravessando uma rua após a outra até que, finalmente, eles passam embaixo de um longo arco de pedras e entram na praça central da cidade. Assim que eles fazem isso, os portões da cidade surgem a cem metros deles. Quando Godfrey olha para a frente, seu coração se parte ao ver que os portões estão sendo abertos.

      "NÃO!" ele grita involuntariamente.

      Godfrey entra em pânico ao ver a carroça de Darius, levada por cavalos, protegida por soldados do Império e cercada por barras de ferro como uma jaula sobre rodas, atravessando os portões.

      Ele corre ainda mais rápido, mais veloz do que ele havia pensado ser capaz, desesperado para alcançá-lo.

      "Nós não vamos conseguir," diz Merek, a voz da razão, colocando uma mão no braço dele.

      Mas Godfrey se livra da mão de Merek e continua correndo. Ele sabe que aquela é uma causa perdida, a carroça está longe demais e protegida por muitos guardas, mas ele continua correndo até não ter mais forças para continuar.

      Ele fica ali parado, no meio da praça e segurado por Merek, e coloca as mãos nos joelhos enquanto tenta recuperar o fôlego.

      "Não podemos permitir que ele vá embora!" grita Godfrey.

      Ario balança a cabeça, aproximando-se dele.

      "Ele já se foi," ele fala. "Salve-se. Temos que sobreviver para lutar outro dia."

      "Vamos conseguir salvá-lo de outra forma," completa Merek.

      "Como!?" pergunta Godfrey, em desespero.

      Ninguém sabe a resposta para aquela pergunta enquanto observam os portões de ferro se fechando atrás de Darius.

      Godfrey pode ver a carroça de Darius através das grades dos portões, já bem afastado, dirigindo-se para o deserto e distanciando-se cada


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