Um Rastro De Imoralidade . Блейк Пирс
caso de uma pessoa desaparecida, as primeiras vinte e quatro horas são cruciais. Estou errado?”
Keri e Ray olharam um para o outro e depois olharam de volta para Caldwell. Ninguém tinha certeza de quem deveria responder. Finalmente Ray falou.
“Não está errado, senhor. Mas nós ainda não temos qualquer indicação de que algo suspeito aconteceu. E de qualquer jeito, você chegou até nós rapidamente. Isso ajuda muito. Eu sei que é difícil ouvir isso, mas tente não se preocupar. Eu prometo que entrarei em contato.”
Eles se viraram e caminharam de volta para o carro. Quando Keri tinha certeza de que eles estavam fora do alcance de sua voz, ela calmamente murmurou, “Boa mentira.”
“Eu não estava mentindo. Tudo o que eu disse era verdade. Ela poderia voltar para a casa a qualquer minuto e isso acabaria.”
“Eu acho,” Keri admitiu. “Mas todos os meus instintos estão me dizendo que isso não vai ser assim tão fácil.”
CAPÍTULO TRÊS
Keri sentou no banco do passageiro no caminho para Culver City, em silêncio ela se autoflagelava. Ela tentou lembrar para si que não tinha feito nada de errado. Mas ela foi abalada pela culpa de esquecer algo tão simples quanto hoje não ser um dia escolar. Nem mesmo o Ray foi capaz de esconder a sua surpresa.
Ela estava perdendo contato com o lado materno dela e isso a assustava. Quanto tempo demoraria para que ela se esquecesse de outros detalhes mais pessoais? Algumas semanas atrás, ela recebeu pistas anônimas que levaram à foto de uma adolescente. Mas Keri, para a sua vergonha, não tinha sido capaz de dizer se era a Evie.
Na verdade ela foi feita há cinco anos e a imagem estava granulada e foi tirada de longe. Mas o fato de ela simplesmente não saber imediatamente se a foto era de sua filha ou não a abalou.
Mesmo depois que o guru da tecnologia da unidade, o Detetive Kevin Edgerton, disse para ela que a comparação digital da imagem com as fotos de Evie aos oito anos era inconclusiva para uma equivalência, seu sentimento de vergonha persistia.
Eu deveria reconhecê-la. Uma boa mãe saberia se aquilo era real imediatamente.
“Chegamos,” Ray disse calmamente, tirando-a de seu devaneio.
Keri olhou para cima e percebeu que eles estavam estacionados uma rua acima da casa de Lanie Joseph. Os Caldwells tinham razão. Esta área, mesmo a menos de oito quilômetros da casa deles, tinha uma aparência muito mais grosseira.
Ainda eram só 17:30, mas a maior parte do sol já tinha se posto e a temperatura estava caindo. Pequenos grupos de rapazes com roupas de gangues estavam se reunindo nas calçadas e escadarias das casas, bebendo cerveja e fumando o que não parecia ser cigarros comuns.
A maioria dos gramados eram mais de cor marrom do que verde e as calçadas estavam rachadas por toda parte, com ervas daninhas nascendo através dos espaços das rachaduras. A maioria das residências no quarteirão pareciam casas duplex ou casas geminadas e todas elas tinham grades nas janelas e portas pesadas com grade de metal.
“O que você acha—deveríamos chamar o DP de Culver City para nos dar apoio?” Perguntou Ray. “Tecnicamente, estamos fora da nossa jurisdição.”
“Não. Vai levar muito tempo e eu quero ser discreta, entrar e sair numa boa. Quanto mais formal for a maneira de lidarmos com isso, mais tempo vai demorar. Se algo aconteceu com a Sarah, não temos tempo a perder.”
“Ok, então vamos lá,” disse ele.
Eles saíram do carro e caminharam rapidamente para o endereço que Mariela Caldwell lhes deu. Lanie vivia na frente de uma casa Geminada em Corinth, ao sul de Culver Boulevard. A Rodovia 405 estava tão perto que Keri conseguia ver a cor do cabelo dos motoristas que passavam.
Quando Ray bateu na porta metálica exterior, Keri viu duas casas depois cinco homens reunidos em torno do motor de um Corvette na entrada da garagem. Vários deles lançaram olhares desconfiados para eles, como se fossem intrusos, mas ninguém disse nada.
O som de várias crianças gritando veio de lá de dentro. Depois de um minuto, a porta interna foi aberta por um pequeno menino loiro que não tinha mais do que cinco anos. Ele usava um jeans rasgado e uma camiseta branca com o símbolo do Superman “S” rabiscado nela.
Ele olhou para Ray, o pescoço dele ficou todo esticado. Então ele olhou para Keri e, aparentemente, viu ela como menos ameaçadora, e falou.
“O que você quer, senhora?”
Keri sentiu que a criança não teve doçura e luz em sua vida, então ela se ajoelhou para ficar no mesmo nível que ele e falou o mais suave que pôde.
“Nós somos policiais. Precisamos falar com a sua mãe por um minuto.”
O garoto, imperturbável, virou-se e gritou lá dentro da casa.
"Mamãe. Policiais estão aqui. Querem falar com você.” Aparentemente, esta não era a primeira vez que ele recebia a visita de profissionais da lei.
Keri viu o Ray olhando para os caras ao redor do Corvette e sem olhar para a cena, perguntou-lhe baixinho: “Temos um problema lá?”
“Ainda não,” Ray respondeu baixinho. “Mas poderíamos ter em breve. Devemos fazer isso
rápido.”
“Qual tipo de policiais são vocês?” O menino perguntou. “Não têm uniformes. À paisana? Vocês são detetives?”
“Detetives,” Ray disse a ele e, aparentemente, decidiu que o menino não precisava ser mimado, ele fez a sua própria pergunta. “Quando foi a última vez que viu a Lanie?”
“Ah, Lanie está em apuros novamente,” disse ele, com um sorriso alegre consumindo seu rosto. “Que novidade. Ela saiu na hora do almoço para ver seu amiguinho. Eu acho que ela estava esperando levar alguma vantagem. Não ponho as mãos no fogo por ela.”
Só então uma mulher vestindo calças de moletom e uma blusa pesada de moletom cinza que dizia ‘Keep Walking’ apareceu no final do corredor. Quando ela se arrastou em direção a eles Keri a observou. Ela tinha praticamente a mesma altura de Keri mas pesava bem mais de 90 quilos.
Sua pele pálida parecia fundir-se com a roupa cinzenta, tornando-se impossível dizer claramente onde uma terminava e a outra começava. Seu cabelo, loiro acinzentado, estava preso em um coque frouxo que estava prestes a desmanchar completamente.
Keri achava que ela tinha menos do que quarenta anos, mas seu rosto exausto e desgastado poderia ser de uma pessoa de cinquenta anos.
Ela tinha bolsas sob os olhos e seu rosto inchado estava salpicado de manchas vermelhas, possivelmente causadas pelo álcool. Estava claro que ela já tinha sido bastante atraente, mas o peso da vida parecia ter drenado ela e só se podia ver resquícios de beleza agora.
“O que ela fez agora?” Perguntou a mulher, ainda menos surpresa do que o seu filho por ver a polícia em sua porta.
“Você é a Sra. Joseph?” Perguntou Keri.
“Eu não tenho sido a Sra. Joseph por sete anos. Foi quando o Sr. Joseph me deixou para ficar com um uma massagista chamada Kayley. Agora eu sou a Sra. Hart, embora o Sr. Hart tenha desaparecido sem dar sequer adeus há cerca de 18 meses. Mas dá problema demais mudar o nome novamente, então estou presa nisso por enquanto."
“Então, você é a mãe de Lanie Joseph,” Ray disse, tentando fazê-la ir na direção certa. “Mas o seu nome é...?”
“Joanie Hart. Eu sou a mãe de cinco diabinhos, incluindo aquele que estava aqui. Então, o que exatamente ela fez desta vez?
“Não temos certeza de que ela fez alguma coisa, Sra. Hart,” Keri garantiu isso não querendo criar conflitos desnecessários com uma mulher que estava claramente confortável nessa posição. “Mas os pais da amiga dela, Sarah Caldwell,