Como Beijar Uma Debutante. Dawn Brower

Como Beijar Uma Debutante - Dawn Brower


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com a sua família. Enquanto estiver lá, sonde localizações. Encontre um advogado e descubra o que é necessário para fazer a ideia dar certo. Isso é só uma possibilidade sem nada para respaldá-la. Preciso de mais informação antes de sequer considerá-la.

      Aletha quase pulou de alegria. Mas não mostraria nenhuma emoção.

      – Eu consigo.

      – Agora vá – disse ele, enquanto acenava para ela. – Você já me interrompeu o bastante por hoje.

      Ela não se daria ao trabalho de responder àquela declaração. Ele estava lhe dando uma chance para provar que ela poderia ser uma boa adição à empresa. Iria se certificar de que ele a visse como algo mais do que o seu gênero.

      Dois dias depois…

      Aletha fechou a tampa do baú e o trancou. Viajariam para a Inglaterra amanhã, para o casamento de William Collins e Victoria Grant. Ainda não entendia por que eles decidiram se casar no Natal e na Inglaterra. William era um americano que vivia em uma plantação na Carolina do Sul. Ele não iria se mudar para a Inglaterra mesmo a futura esposa sendo de lá.

      – Já está com tudo pronto?

      Aletha olhou para trás e viu a mãe.

      – Estou.

      – Ótimo – disse Esther Carter Dewitt. – Agora venha até a sala de estar. Precisamos falar sobre algumas coisas.

      Aletha gemeu. Conhecia aquele tom. A mãe tinha planejado lhe passar um sermão. Tinha a sensação de que teria algo a ver com a visita que fez à Carter Candy Company.

      – Descerei em breve.

      – Não – disse a mãe. – Você virá agora.

      Não haveria como detê-la. Aletha suspirou e a seguiu. Ela desceu as escadas e entrou na sala de estar. Uma criada estava parada perto de um carrinho de chá.

      – Isso é tudo, Matilda. Nós mesmas serviremos o chá. – A mãe fez um gesto de dispensa com a mão. – Aletha, faça a gentileza de nos servir.

      É claro que não seria a mãe a servir. Ela não fazia nada por conta própria caso pudesse evitar. Aletha foi até o carrinho de chá e serviu a bebida. Colocou um torrão de açúcar em uma xícara e a entregou à mãe, então preparou uma para si. Colocou um pouco de leite e então se sentou no sofá. Bebericou o chá e esperou até a mãe começar a falar.

      – Seu avô passou aqui mais cedo. Ele disse algum disparate sobre você querer ter um papel ativo na empresa. – A mãe bebeu o chá. – É claro que ele está enganado. Por que você quereria fazer algo que deve ser feito pelos homens?

      Deveria saber que a mãe não gostaria que ela trabalhasse.

      – Eu gostaria. – Ela bebericou o chá. – Meu avô concordou em me dar uma chance. Não irei desperdiçá-la.

      – Gostaria que você pensasse melhor. – A mãe a prendeu com o olhar. – Essas coisas não são feitas na nossa família.

      – Nada do que a senhora disser me fará mudar de ideia. – Ela pregou um sorriso no rosto. – É o que eu quero.

      A mãe franziu os lábios em desgosto.

      – Certo. Não discutirei sobre isso com você. De qualquer forma, é muito improvável que o projeto consiga chegar a qualquer lugar. Seu avô não é do tipo que permite que mulheres trabalhem na empresa. Tenho certeza de que ele só está fazendo a sua vontade, mas não pretende acatá-la.

      Aletha temia que ela estivesse certa, mas ainda precisava tentar. Tinha que haver uma forma de ele ver o quanto aquilo era importante para ela. Talvez conseguisse arranjar algo extra especial no casamento. Haverá pessoas importantes lá. William Collins tinha conexões com a alta-sociedade inglesa. Ele tinha familiares com parentescos com duques. Devia haver um jeito de encantá-los.

      – De qualquer forma, eu vou seguir em frente – disse ela. – Estou feliz por a senhora não interferir.

      – Não sei como conseguirá tempo. É Natal e iremos ao casamento. Não haverá muito tempo para trabalhar enquanto estivermos lá.

      Ela estava certa. Não haveria muito tempo livre. Aletha daria um jeito. Quando havia uma vontade, havia uma chance. Ainda não tinha concluído as compras de Natal. Por sorte, havia muitas lojas maravilhosas na Inglaterra. Terminou o chá e colocou a xícara na mesa.

      – Se me der licença, mãe. há algo que preciso fazer antes de partirmos. – Tinha uma ideia para o casamento, mas não sabia se seria possível. A fábrica teria que funcionar mais tempo para o que tinha em mente. Mas se conseguisse… seria perfeito para a recepção do casamento. Seria algo que os convidados jamais esqueceriam…

      CAPÍTULO DOIS

      Uma semana depois…

      O sol já ia alto no céu, mas havia um frio no ar. Aletha tremeu enquanto o vento gélido soprava sobre ela. Ela foi em direção à prancha de desembarque para que pudesse sair do navio a vapor. A viagem pelo Atlântico levou um pouco mais de tempo que o normal, pois eles tiveram que enfrentar uma tempestade. Por breves momentos aterrorizantes, temeu que talvez não chegassem à Inglaterra. Depois do desastre com o Titanic, ela não dava nada por garantido no que dizia respeito às viagens marítimas.

      O navio lançou âncora em um porto na costa de Bristol. A família ia pegar um trem para Londres e fariam compras antes do casamento. Ela tinha planejado visitar alguns lugares potenciais para a filial inglesa da Carter Candy Company. Por isso, reservara um automóvel antes de partir. Ter um monte de dinheiro costumava facilitar as coisas. Ok, ajudava muito mais do que atrapalhava.

      – Coloque meus baús na traseira – disse ao criado. – O resto será enviado com a minha família para a estação de trem. – Aletha calçou as luvas. Felizmente, tinha aprendido a dirigir, então poderia fazer o que tinha se proposto. A mãe ficou escandalizada quando Aletha fez as aulas de direção. Em poucas horas, cumpriria o que se propôs e então relaxaria no hotel que reservou para passar a noite. Amanhã pegaria o primeiro trem para Londres. O casamento seria em alguns dias, por isso não poderia se demorar em Bristol.

      Entrou no carro e o ligou. Graças a Deus que ele pegou na primeira tentativa. Aletha dirigiu para longe do porto e foi em direção à estrada. As coordenadas que recebera não eram muito difíceis, mas, ainda assim, esperava não acabar perdida. Odiava quando não conseguia cumprir seus compromissos.

      Cerca de quinze minutos depois, ela estacionou perto de uma fábrica. Saiu do carro e rodeou a construção. O prédio foi fechado e abandonado antes do começo da Grande Guerra, em 1914. Precisava olhar por dentro, mas o exterior parecia sólido. O telhado precisava de reparos, e algumas janelas também, mas o resto estava firme.

      – Senhorita Dewitt? – perguntou um homem.

      Ela se virou e encontrou o olhar dele. Ele tinha o cabelo castanho simples e olhos castanhos comuns e desinteressantes. Não havia quase nada nele que chamasse atenção. Provavelmente o esqueceria se o encontrasse em qualquer outra situação. Aletha se sentiu um pouco mal por aquilo. Não notava ninguém a não ser que tivesse uma boa razão.

      – Sr. Baldwin?

      – Sim – disse ele, e meneou a cabeça com entusiasmo. – Desculpe por fazê-la esperar. Levei mais tempo para chegar aqui do que planejei. Deseja ver o prédio por dentro?

      Aletha não seria capaz de ter uma boa impressão sobre o prédio se não examinasse cada parte dele. Ela fez que sim.

      – Sim, eu quero.

      – Siga-me – disse o Sr. Baldwin, e então ele apontou para a porta. O homem pegou uma chave e a destrancou. A porta rangeu quando abriu. O Sr. Baldwin entrou e Aletha foi logo atrás dele. – Como pode ver, o prédio está vazio já faz algum tempo.

      – Sim – disse Aletha, e


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