Eternamente Meu Duque. Dawn Brower

Eternamente Meu Duque - Dawn Brower


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veio. – Marrok olhou para Ryan, o marquês de Cinderbury. Ryan havia se casado recentemente com sua irmã, Annalise. Apesar de Marrok estar feliz por sua irmã, não desejava passar mais tempo com ela ou Ryan.

      – Você tem que encontrar uma maneira de deixar isso para trás – disse Ryan, não pela primeira vez nos meses desde o incidente. Ryan e Annalise haviam tentado ajudá-lo a superar sua culpa. Não havia sofrimento a ser superado. Nem Marrok nem sua irmã sentiram falta do pai. Ele nunca os tratara bem, mas isso não significava que Marrok o queria morto.

      – Dizendo-me para deixar isso para trás não vai fazer desaparecer com o estalar dos meus dedos. – Para enfatizar, ele levantou a mão e estalou. – Não funciona assim. Não se preocupe comigo, eu vou ficar bem.

      – Você irá? – Ryan levantou uma sobrancelha. Ele se aproximou e sentou-se na cadeira perto do sofá em que Marrok estava sentado. – Eu acho que pode ser uma boa ideia você deixar este lugar. Pode ajudá-lo ficar algum tempo longe.

      Seu novo cunhado era um leitor de mentes? Marrok estava considerando isso há pouco tempo. – E para onde você sugere que eu vá?

      – Para qualquer lugar que não seja aqui – afirmou. – Annalise e eu vamos a Kent para uma visita. Minha prima Estella foi com o marido, o visconde Warwick, visitar o conde de Manchester e sua esposa. Nós fomos convidados também. Você pode vir conosco se quiser.

      Ele balançou a cabeça veementemente. – Não – ele disse rapidamente. – Eu não quero estar perto de mais ninguém.

      – Eu entendo. – Ryan se inclinou para frente. – Mas pelo menos você concorda que deve dar um tempo daqui e tudo o que diz respeito ao ex duque de Wolfton?

      Marrok suspirou. – Sim – ele concordou. – Isso nem é o lugar para Wolfton. O pai só comprou para expulsar os parentes da mamãe.

      – Certamente você não deseja voltar para o Castelo Wolfton. – Ryan parecia chocado com a ideia e Marrok não o culpava. – Isso iria contra o propósito de distanciar.

      – Eu tenho que voltar em algum momento. – Embora, ele não quisesse nesse momento em particular. – Mas você está correto, isso não me ajudaria agora, mas não sei para onde ir. – Ele odiava a mansão e o castelo ducal. Eles sempre pareceram… estéreis. De tudo ‒ emoções, vida ou aquela sensação de estar em casa. Seu pai não queria que ninguém se sentisse vontade de ficar. Então, todas as suas residências tinham aquele sentimento pouco convidativo.

      – Annalise tem uma sugestão – Ryan começou. – Mas eu não tenho certeza se você vai gostar.

      Ele virou a cabeça e encontrou o olhar de Ryan. – O que minha irmã tem em mente? – Annalise podia ter uma ideia decente de vez em quando. Ela se casou com Ryan, e Marrok gostava muito dele.

      – Seu pai comprou recentemente uma cabana de caça na Escócia – começou Ryan. – Foi uma semana antes…

      – De eu o matar – disse Marrok. – Eu o matei, você pode dizer isso.

      – Você não cometeu patricídio – replicou Ryan. – Você impediu seu pai de matar você, não há nada de errado em se proteger.

      – Semântica – respondeu Marrok. Ele não ia encobrir os fatos. – Como você estava dizendo…

      – Sim – disse Ryan. – Eu não vou discutir com você sobre isso. Já discutimos longamente. – Ele suspirou. – A cabana de caça foi comprada uma semana antes daquele evento desagradável. Ela se deparou com a papelada no outro dia em seu esforço para ajudá-lo com a confusão de informações ao classificar seus papéis por assuntos. Ela não tem ideia da condição da propriedade.

      – Então pode estar em frangalhos. – Marrok bateu com o dedo no braço do sofá. – Parece quase… divertido. – Sua vida era um desastre. Por que não visitar um lugar que tenha possivelmente uma desordem semelhante?

      – Acho que o que considero divertido e o que você o faz, são duas coisas diferentes – Ryan disse , um pouco sardonicamente. – Você está interessado, então?

      – Eu estou – disse Marrok. – Uma visita à Escócia pode ser o que preciso. – Ele não teria sua irmã intrometida e seu cunhado por perto para persegui-lo todos os dias. – Eu vou pedir ao valete para arrumar minhas coisas e sairei à primeira luz amanhã de manhã. – Ele precisava da fuga. – Onde na Escócia é esta agradável cabana de caça, de qualquer maneira?

      – Kirtlebridge – respondeu Ryan. – Deixei os detalhes em sua mesa. – Ryan se levantou e ajustou seu colete. – Eu direi à sua irmã que você decidiu acatar essa sugestão. Espero que lhe ajude, nós realmente queremos que você fique bem.

      – Eu sei – respondeu Marrok. – Você se importa. Isso significa algo para mim, mas tenho que resolver isso sozinho.

      Ryan assentiu e o deixou sozinho. Marrok disse que sairia à primeira luz, mas quanto mais pensava nisso, mais gostava da ideia de partir muito mais cedo do que isso. Ele empacotaria sua própria valise e partiria a cavalo, poderia fazer seu próprio ritmo e descansar o cavalo quando necessário. Eram, pelo menos, vários dias de viagem para a Escócia, a o que seria bom para resolver o emaranhado de vergonha em sua mente. Com essa decisão tomada, ele se levantou e foi para seus aposentos. Quanto mais cedo empacotasse, mais rápido estaria a caminho.

      Pouca coisa mudou na vida de Delilah ao longo da última década. Ela foi bem sucedida em frustrar os esquemas de sua mãe para casá-la. Sua última tentativa morreu quando o duque de Wolfton tentou matar seus próprios filhos. Penelope pretendia que Delilah ou Mirabella se casassem com o filho do duque. Delilah agiu como uma megera e incitou sua irmã a fazer o mesmo. O Marquês de Sheffield tinha praticamente corrido no sentido oposto de ambas. Claro, o marquês era agora o duque… tudo tinha terminado de forma tão complicada que ela não conseguia acreditar em tudo que se sucedeu.

      Agora, porém… Lady Penelope estava em fúria. Ela estava prestes a forçar Delilah a se casar, gostasse ou não, e certamente ela não gostaria disso. Sua mãe chegou ao ponto em que não se importava se o homem era jovem, desde que tivesse dinheiro.

      – Vocês duas são miseráveis ingratas – sua mãe zombou. – Você poderia ter sido uma duquesa e casada com um jovem cavalheiro rico e bonito. – Ela andou pela sala usando o tapete já puído. – Por que uma de vocês não foi charmosa ou pelo menos recatada? Eu não criei diabinhas.

      Foi preciso toda sua força de vontade para não responder a isso. Não, não criara diabinhas. Delilah era inteligente demais para seguir os esquemas de sua mãe. Ela finalmente poupou o suficiente para fugir e nunca olhar para trás. Levara muito mais tempo do que gostaria, mas poderia viajar para a França ou para a América, não importava onde contanto que, onde quer que acabasse,  sua mãe não estivesse à vista.

      – Sinto muito – disse Mirabella e olhou para os pés. – Eu não sei o que aconteceu comigo.

      Sua normalmente doce irmã reagiu aos comentários maliciosos de Delilah quando visitaram a propriedade do duque. Delilah não a culpava por isso, mas a mãe delas sim. Lady Penelope queria que uma de suas filhas fizesse um casamento vantajoso, mas até Mirabella tinha seus limites. – Não se desculpe – ela disse à irmã. – Você não fez nada errado.

      – Ela está correta – sua mãe concordou, olhando para Delilah. – Foi tudo você, não foi, querida filha? – Penelope avançou. – E será você quem pagará o preço pelo seu desafio. Já tive o suficiente de sua desobediência. – Ela inclinou os lábios para cima em um desdém aterrorizante. – Eu sei exatamente como você vai recompensar a mim e sua irmã.

      Delilah quase teve medo de perguntar. – Como? –  O que mais sua mãe poderia fazer com ela? Ela tornara sua vida miserável pelo tempo que conseguia se lembrar.

      – O


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