Cão Negro - Uma Novela Da Justice Security. T. M. Bilderback

Cão Negro - Uma Novela Da Justice Security - T. M. Bilderback


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Deixe-me mostrar o Inferno”, disse Megan.

      Megan ergueu as mãos e acertou Dexter e Louie com um raio negro de puro poder maligno.

      Dexter não gritou quando acordou do pesadelo, mas foi por pouco.

      Ele olhou ao redor de seu apartamento.

      Megan ainda não estava lá.

      A esposa de Dexter foi levada pelo demônio e todos os outros haviam conseguido escapar do Inferno.

      Dexter começou a chorar. De novo.

      ***

      "DONNA?" DISSE JÉSSICA em voz alta. “Existe alguma forma de falarmos sobre tudo isso?”

      Houve quase um minuto inteiro de silêncio, com Jéssica e Mark trocando olhares.

      Uma voz baixa disse: "Como você sabia?"

      "Sinceramente? Um bom palpite", respondeu Jéssica. "Posso me levantar, Donna?"

      Silêncio por alguns segundos. "Sim."

      "Promete não me matar?"

      “Por enquanto, sim.”

      "Já é o bastante", disse Jéssica. Usando os sinais manuais especialmente desenvolvidos pela Justice Security, ela deu a Mark algumas instruções.

      Jéssica respirou fundo e se levantou, olhando na direção dos elevadores.

      Donna Yarbrough havia tirado a máscara de esqui e estava a cerca de seis metros da recepção. Ela segurava uma faca de arremesso em cada mão e uma pistola Glock em um coldre em seu quadril direito. Havia uma faca de caça de aparência perversa em uma bainha em seu quadril esquerdo. Ela parecia calma. Ela estava vestindo calças de moletom justas e uma regata, com uma jaqueta de capuz que estava aberta. Havia respingos de sangue na jaqueta e nas calças. Ela também usava o que parecia ser luvas de látex suaves e justas.

      Jéssica quase engasgou quando viu os respingos de sangue. Então, percebeu: essa mulher havia matado ou ferido vinte pessoas, em pouco tempo, e plantado explosivos no quinto andar, provavelmente para destruir o andar superior do edifício. Os olhos de Jéssica se estreitaram para a mulher. Foi tudo o que ela pôde fazer para se conter e garantir que não iria tentar atirar em Donna.

      "Então, o que você quer saber, Jéssica?" disse Donna provocativamente. "Por quê? Essa geralmente é a grande questão.”

      “Já é um começo,” Jéssica disse secamente.

      Donna deu alguns passos à frente, o que a afastou dos elevadores e das escadas. “Recebi ordens,” ela respondeu. “Esteban Fernandez queria que fosse um ataque em duas frentes. Seu pensamento era eliminar a cabeça - que seria Joey - e matar tantos de seus trabalhadores, além de causar grandes danos ao prédio, que a Justice Security não existiria mais.” Ela deu mais um passo à frente, as mãos casualmente ao lado do corpo. “A ideia dos explosivos foi dele. Ele especificou o quinto andar, porque iria derrubar o sexto... e talvez quebrar todo o edifício, como as Torres Gêmeas em Nova York todos aqueles anos atrás.” Ela olhou para Jéssica, com uma pequena expressão de dor em seu rosto. "Matar essas pessoas não me deixa com uma sensação muito feminina... mas definitivamente é melhor que elas estejam mortas do que eu."

      Mark, seguindo as ordens de Jéssica, estava transmitindo cada palavra pelo sistema de rádio da Justice Security. Microfones sensíveis no saguão captavam cada palavra falada e câmeras bem posicionadas gravavam tudo. A transmissão do sistema de segurança era conectada à mesa de transmissão de rádio na mesa central. Tudo o que Mark precisava fazer era girar alguns botões e o áudio estaria sendo transmitido pela cidade. Cada funcionário da Justice Security com um rádio estava captando o áudio da Central.

      A mente de Jéssica estava girando com os comentários de Donna. “Fernandez? Mas eu pensei... você encontrou o Louie... eu não entendo!"

      Donna deu uma risadinha. “Eu dei um jeito de me encontrar com Louie. Quando você é uma modelo famosa, pode fazer coisas assim. Achei que, como o único homem solteiro na sociedade original, ele seria o alvo mais fácil. Eu estava certa.”

      "Mas... Fernandez?"

      “Tive alguns problemas há alguns anos, durante uma sessão de fotos no México. Alguns membros da equipe imprudentemente decidiram usar algumas drogas e me convidaram para me juntar a eles. Eu fui presa. Por causa da minha 'clássica boa aparência', algumas das mulheres na prisão me disseram o que eu poderia esperar tanto dos carcereiros quanto dos guardas da prisão. Esteban se ofereceu para me 'desprender' e me disse que, se eu quisesse agradecê-lo de maneira adequada, eu teria que concordar em aprender algumas habilidades especiais que me ajudariam a prestar alguns 'favores pessoais' a ele de vez em quando. Fui treinada por um mestre de artes marciais orientais.”

      "Foi Mestre Li Ke?" veio uma voz por atrás dela. “Não tão bom quanto o Mestre Kim Po, que me treinou, mas reconheço seu trabalho.”

      Donna congelou. Não houve nenhum som atrás dela para trair o dono daquela voz. “Dexter. Que bom que você se juntou a nós! ”

      “Não só o Dexter, bebê,” disse outra voz que ela conhecia muito bem. “Por que você não desiste? Eu realmente não quero ter que atirar em você.”

      “Louie, meu amor! Eu realmente não acho que tem isso em você... mas vai ter!” Ao dizer as últimas três palavras, ela se virou e atirou duas facas com a maior força e rapidez que pôde no local em que achava que Louie estava parado. Ela estava certa e as facas estavam indo direto para seu alvo.

      Dexter mergulhou na frente de seu amigo e pegou as duas facas enquanto passava na frente de Louie e continuava rumo ao chão. Louie disparou dois tiros. O primeiro tiro acertou Donna no ombro e não teria sido fatal se não a tivesse virado de modo que a segunda bala penetrou em seu outro braço e atingiu seu peito. Ela se enterrou em seu pulmão e Donna desabou no chão.

      Jéssica subiu na mesa, falando enquanto subia. “Mark, chame ambulâncias e assistência médica! Se o Dr. Bishop acha que pode fugir do clube, diga a ele que precisamos dele aqui. Dexter, você e Louie podem me ajudar a ver se alguém ainda está vivo? Se estiverem, estarão neste andar! ”

      Dexter se afastou para começar a verificar as pessoas. Jéssica se moveu na direção oposta.

      Louie apenas ficou parado, os braços ao lado do corpo, a arma ainda na mão, olhando para Donna. Depois de alguns momentos, ele começou a se mover lentamente em direção a ela. Quando ele estava ao lado dela, ele se ajoelhou. Uma lágrima se formou no canto de um olho e desceu lentamente por sua bochecha. Ele não viu Jéssica quando ela se aproximou a alguns metros dele.

      Quando Louie deu uma fungada, Donna puxou a faca de caça de sua bainha e se virou para enterrá-la em Louie. Ela estava sorrindo, e seus dentes eram todos parecidos com presas, pontiagudos. Ela estava babando. Seus olhos estavam vermelho brilhantes. Louie, que havia treinado por anos sob a tutela de Dexter, deixou seus reflexos abandonarem-no, entretanto. Donna enterrou o cabo da faca no peito de Louie.

      Louie se endireitou na cama, respirando como se estivesse respirando debaixo d'água. Estava suando em bicas.

      ***

      TURK WENDELL, O SECRETÁRIO executivo dos sócios da Justice Security, estava abrindo a correspondência que acabara de ser trazida ao quarto andar por Tony Armstrong. Tony era o “reserva” uniformizado que comandava todos os “reservas” uniformizados da empresa. Tony também cuidava da recepção no turno do dia e examinava todas as correspondências e pacotes recebidos antes de entregá-los aos destinatários pretendidos. Ocasionalmente, Tony fazia o turno de um cliente, apenas para verificar os funcionários da empresa.

      Turk era um homem negro enorme e poderoso. Ele não gostava


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