O Livro de Urântia. Urantia Foundation

O Livro de Urântia - Urantia Foundation


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(182.1) Orvônton, o sétimo superuniverso, aquele ao qual o vosso universo local pertence, é conhecido, principalmente, pela sua imensa e pródiga outorga do ministério de misericórdia aos mortais dos reinos. É renomado pela maneira segundo a qual prevalece a justiça, temperada pela misericórdia; e pela qual o poder governa, condicionado pela paciência; enquanto os sacrifícios no tempo são feitos livremente para assegurar a estabilização na eternidade. Orvônton é um universo que é uma demonstração de amor e de misericórdia.

      15:14.3 (182.2) É muito difícil, contudo, descrever a nossa concepção da verdadeira natureza do propósito evolucionário que se desenvolve em Orvônton, mas pode ser sugerida, quando dizemos que nessa supercriação nós sentimos que os seis propósitos singulares da evolução cósmica, do modo como estão manifestados nas outras seis supercriações semelhantes, estão aqui interassociados, em uma significação que abrange o todo; e é por essa razão que, algumas vezes, conjecturamos que a personalização evoluída e acabada de Deus, o Supremo, irá, em um futuro remoto, governar os sete superuniversos perfeccionados, a partir de Uversa; na sua majestade experiencial plena e seu poder soberano Todo-Poderoso, então já alcançado.

      15:14.4 (182.3) Do mesmo modo que Orvônton é único, pela sua natureza, e individual, pelo seu destino, também cada um dos outros seis superuniversos do conjunto o é. Uma grande parte de tudo aquilo que está acontecendo em Orvônton não é, entretanto, revelado a vós; e, dentre esses aspectos não revelados da vida de Orvônton, muitos encontrarão a expressão mais plena em algum outro superuniverso. Os sete propósitos da evolução do superuniverso estão ativos em todos os sete superuniversos, mas cada supercriação dará expressão mais plena a apenas um desses propósitos. Para se compreender mais sobre esses propósitos dos superuniversos, grande parte de tudo aquilo que não entendeis teria de ser revelada, e ainda assim vós não iríeis compreender senão pouquíssimo. Toda esta narrativa apresenta apenas uma visão rápida da imensa criação da qual o vosso mundo e o vosso sistema local são uma parte.

      15:14.5 (182.4) O vosso mundo é chamado de Urântia, e o seu número é 606, no grupo planetário, ou sistema, que é o de Satânia. Esse sistema tem, presentemente, 619 mundos habitados e mais de duzentos outros planetas que estão evoluindo favoravelmente no sentido de tornarem-se mundos habitados em algum tempo futuro.

      15:14.6 (182.5) Satânia tem um mundo sede-central chamado Jerusém, e é o sistema de número vinte e quatro da constelação de Norlatiadeque. A vossa constelação, Norlatiadeque, consiste em cem sistemas locais e tem um mundo sede-central chamado Edêntia. Norlatiadeque tem o número 70, no universo de Nébadon. O universo local de Nébadon consiste em cem constelações e tem uma capital conhecida como Sálvington. O universo de Nébadon é o de número oitenta e quatro, no setor menor de Ensa.

      15:14.7 (182.6) O setor menor de Ensa consiste em cem universos locais e tem a capital chamada U Menor, a terceira. Esse setor menor é o de número três no setor maior de Esplândon. Esplândon consiste em cem setores menores e tem um mundo sede-central chamado U Maior, a quinta. É o quinto setor maior do superuniverso de Orvônton, o sétimo segmento do grande universo. Assim, vós podeis localizar o vosso planeta, no esquema da organização e da administração do universo dos universos.

      15:14.8 (182.7) O número do vosso mundo, Urântia, no grande universo é 5 342 482 337 666. Esse é o número do registro em Uversa e no Paraíso, é o vosso número no catálogo dos mundos habitados. Eu conheço o seu número de registro na esfera física, mas é de um tamanho tão extraordinário que seria de pouco significado prático para a mente mortal.

      15:14.9 (183.1) O vosso planeta é membro de um enorme cosmo; vós pertenceis a uma família quase infinita de mundos, mas a vossa esfera é tão precisamente administrada e fomentada, com tanto e tal amor, que é como se ela fosse o único mundo habitado em toda a existência.

      15:14.10 (183.2) [Apresentado por um Censor Universal proveniente de Uversa.]

      O Livro de Urântia

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      Documento 16

      16:0.1 (184.1) OS SETE Espíritos Mestres do Paraíso são as personalidades primeiras do Espírito Infinito. No ato criativo sétuplo de autoduplicação, o Espírito Infinito esgotou as possibilidades matemáticas de combinação, inerentes à existência real das três pessoas da Deidade. Tivesse sido possível produzir um número maior de Espíritos Mestres, e eles teriam sido criados, mas há justamente sete possibilidades de associações inerentes às três Deidades, e apenas sete. E isso explica por que o universo funciona em sete grandes divisões; e por que o número sete é básico e fundamental na organização e na administração do universo.

      16:0.2 (184.2) Os Sete Espíritos Mestres têm, assim, a sua origem à semelhança das sete combinações seguintes, derivando delas as suas características individuais:

      16:0.3 (184.3) 1. O Pai Universal.

      16:0.4 (184.4) 2. O Filho Eterno.

      16:0.5 (184.5) 3. O Espírito Infinito.

      16:0.6 (184.6) 4. O Pai e o Filho.

      16:0.7 (184.7) 5. O Pai e o Espírito.

      16:0.8 (184.8) 6. O Filho e o Espírito.

      16:0.9 (184.9) 7. O Pai, o Filho e o Espírito.

      16:0.10 (184.10) Sabemos pouco sobre a ação do Pai e do Filho, na criação dos Espíritos Mestres. Aparentemente, eles foram trazidos à existência pelos atos pessoais do Espírito Infinito, mas definitivamente foi-nos instruído que o Pai assim como o Filho participaram da origem deles.

      16:0.11 (184.11) Pelo seu caráter e sua natureza espiritual, esses Sete Espíritos do Paraíso são como um, mas, em todos os outros aspectos da identidade, eles são muito diferentes; e os resultados das suas atuações nos superuniversos são tais que essas diferenças individuais tornam-se discerníveis de modo inequívoco. Todos os planos futuros para os sete segmentos do grande universo — e mesmo para os segmentos correlatos do espaço exterior — têm sido condicionados por outras diversidades, além da espiritual, desses Sete Espíritos Mestres da supervisão suprema e última.

      16:0.12 (184.12) Os Espíritos Mestres têm muitas funções; no momento presente, contudo, o seu âmbito específico é a supervisão central dos sete superuniversos. Cada Espírito Mestre mantém uma enorme sede-central focalizadora de força-potência, que circula, vagarosamente, em torno da periferia do Paraíso; e eles mantêm sempre uma posição de frente para o superuniverso da sua supervisão imediata e no ponto focal, no Paraíso, do seu controle de poder especializado e de distribuição segmentar da energia. As linhas radiais da fronteira de qualquer um dos superuniversos convergem, com efeito, para a sede-central, no Paraíso, do Espírito Mestre que o supervisiona.

      16:1.1 (185.1) O Criador Conjunto, o Espírito Infinito, é necessário para completar a personalização trina da Deidade indivisa. Essa personalização tríplice da Deidade é sétupla, inerentemente, pelas suas possibilidades de expressão individual e associativa; e, devido a isso, para o subseqüente plano de criar universos habitados por seres inteligentes e potencialmente espirituais, devidamente expressivos do Pai, do Filho e do Espírito, tais personalizações dos Sete Espíritos Mestres tornaram-se inevitáveis. Já chegamos a referir-nos à personalização tríplice da Deidade como sendo a inevitabilidade absoluta e, ao mesmo tempo, encaramos o surgimento dos Sete Espíritos Mestres como sendo a inevitabilidade subabsoluta.


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