O Livro de Urântia. Urantia Foundation
essas respostas mútuas de personalidade com a plenitude de reconhecimento.
40:9.9 (451.5) Um sobrevivente fusionado ao Espírito é capaz também de aprender muito sobre a vida que viveu na carne, revisitando o seu mundo de nascimento, depois da dispensação planetária na qual ele viveu. Esses filhos de fusão com o Espírito são capazes de desfrutar dessas oportunidades para investigar as suas carreiras humanas, desde que estejam em geral confinados ao serviço do universo local. Eles não compartilham do vosso destino elevado e exaltado no Corpo de Finalidade do Paraíso; apenas os mortais fusionados aos Ajustadores, ou outros seres ascendentes, especialmente abraçados, integram as fileiras daqueles que aguardam a aventura da Deidade eterna. Os mortais fusionados ao Espírito são os cidadãos permanentes dos universos locais; eles podem aspirar ao destino do Paraíso, mas não lhes é possível estarem certos dele. O seu lar no universo de Nébadon é o oitavo grupo de mundos que envolvem Sálvington, e é um céu, como destino, de natureza e situação muito semelhantes àquele visualizado pelas tradições planetárias de Urântia.
10. O Destino dos Ascendentes
40:10.1 (452.1) Os mortais fusionados ao Espírito, de um modo generalizado, ficam confinados a um universo local; os sobreviventes fusionados ao Filho estão restritos a um superuniverso; os mortais fusionados ao Ajustador estão destinados a penetrar o universo dos universos. Os espíritos de fusão mortal sempre ascendem ao nível de origem; essas entidades espirituais retornam infalivelmente à esfera da sua fonte primeira.
40:10.2 (452.2) Os mortais fusionados ao Espírito são do universo local; não ascendem, comumente, além dos confins dos seus reinos de nascimento, além das fronteiras do alcance, no espaço, do espírito que os impregna. Os ascendentes fusionados ao Filho, do mesmo modo, ascendem à fonte do dom do espírito e, pois, tal como o Espírito da Verdade de um Filho Criador se focaliza na Divina Ministra coligada, do mesmo modo, o seu “espírito de fusão” é fomentado pelos Espíritos Refletivos dos universos mais elevados. Essa relação espiritual entre os níveis locais e o dos superuniversos de Deus, o Sétuplo, pode ser difícil de se explicar, mas não de se discernir, sendo inequivocamente revelado nos filhos dos Espíritos Refletivos — as Vozes secoráficas dos Filhos Criadores. O Ajustador do Pensamento, provindo do Pai no Paraíso, nunca pára até que o filho mortal esteja face a face com o Deus eterno.
40:10.3 (452.3) A variável misteriosa na técnica associativa, por meio da qual um ser mortal não se torna ou não pode tornar-se eternamente fusionado com o Ajustador do Pensamento residente, pode parecer expor alguma imperfeição no esquema de ascensão; a fusão com o Filho e o Espírito, superficialmente, parecem assemelhar-se a compensações para inexplicáveis fracassos em algum detalhe do plano de alcançar o Paraíso; mas tais conclusões incorrem todas em erros; nos foi ensinado que todos esses acontecimentos desenvolvem-se em obediência a leis estabelecidas pelos Governantes Supremos do Universo.
40:10.4 (452.4) Analisamos essa questão e chegamos à conclusão indubitável de que reservar a todos os mortais um destino último no Paraíso seria injusto para com os universos do tempo e do espaço, já que as cortes dos Filhos Criadores e dos Anciães dos Dias estariam, então, inteiramente na dependência dos serviços daqueles que se encontrassem em trânsito até reinos mais elevados. E parece ser perfeitamente adequado que os governos dos universos locais e superuniversos devessem ser providos, cada qual, com um grupo permanente de cidadania ascendente; que as funções dessas administrações devessem ser enriquecidas pelos esforços de certos grupos de mortais glorificados que são de status permanente, complementos evolucionários dos abandonteiros e dos susátias. Ora, é completamente óbvio que o esquema presente de ascensão proveja efetivamente as administrações, no tempo e no espaço, apenas com esses grupos de criaturas ascendentes; e nós, muitas vezes, temos perguntado: Será que tudo isso representa uma parte intencional nos planos todo-sábios que os Arquitetos do Universo-Mestre projetaram para prover os Filhos Criadores e os Anciães dos Dias com uma população ascendente permanente? E com ordens evolucionadas de cidadania que se tornarão crescentemente competentes para levar avante os assuntos desses reinos nas idades vindouras do universo?
40:10.5 (452.5) Que os destinos mortais variem, dessa forma, de nenhum modo prova que um seja necessariamente mais nem menos do que o outro; significa, meramente, que eles diferem entre si. Os ascendentes fusionados ao Ajustador têm, de fato, uma carreira grandiosa e de glória, como finalitores; e essa carreira se estende diante deles no futuro eterno, mas isso não significa que eles sejam preferidos aos seus irmãos ascendentes. Não há favoritismo, nada é arbitrário na operação seletiva do plano divino para a sobrevivência mortal.
40:10.6 (453.1) Ainda que os finalitores fusionados aos Ajustadores, obviamente, gozem da mais ampla oportunidade de serviço, a realização dessa meta, automaticamente, tira deles a chance de participar da luta durante toda uma idade de um universo ou superuniverso, desde as épocas mais primitivas e menos estabelecidas até as eras posteriores e mais estabelecidas de relativa realização na perfeição. Os finalitores adquirem uma experiência vasta e maravilhosa de serviço transitório, em todos os sete segmentos do grande universo, mas não obtêm normalmente o conhecimento íntimo de um universo específico, coisa que, ainda agora, caracteriza os veteranos fusionados ao Espírito, do Corpo dos Completos de Nébadon. Esses indivíduos desfrutam da oportunidade de testemunhar a procissão ascendente das idades planetárias à medida que se desdobram, uma a uma, em dez milhões de mundos habitados. E, no serviço fiel desses cidadãos do universo local, uma experiência sobrepõe-se a outra experiência até que a plenitude do tempo faça amadurecer aquela alta qualidade da sabedoria engendrada pela experiência focalizada — a sabedoria com autoridade — e isso, em si, é um fator vital no estabelecimento de qualquer universo local.
40:10.7 (453.2) Tal como ocorre com os mortais fusionados ao Espírito, o mesmo se dá com os mortais fusionados ao Filho que alcançaram o status residencial em Uversa. Alguns desses seres provêm das épocas mais antigas de Orvônton e representam um corpo de sabedoria, com aprofundado discernimento, que cresce lentamente e que está dando contribuições de serviços cada vez maiores para o bem-estar e o estabelecimento final do sétimo superuniverso.
40:10.8 (453.3) Qual será o destino último dessas ordens estacionárias de cidadania local do superuniverso, nós não sabemos; mas é muito possível que, quando os finalitores do Paraíso estiverem no pioneirismo da expansão das fronteiras da divindade, nos sistemas planetários do primeiro nível do espaço exterior, os seus irmãos, fusionados ao Filho e ao Espírito, na luta ascendente evolucionária, estejam contribuindo de modo satisfatório para a manutenção do equilíbrio experiencial dos superuniversos perfeccionados, mantendo-se prontos para dar as boas-vindas à corrente de peregrinos que chega indo ao Paraíso e que pode, nesse dia distante, passar por Orvônton e suas criações irmãs, como uma vasta torrente de busca espiritual, proveniente dessas galáxias ainda não exploradas nem habitadas do espaço exterior.
40:10.9 (453.4) Ainda que a maioria dos fusionados ao Espírito sirva permanentemente como cidadãos dos universos locais, não são todos os que o fazem. Se alguma fase da sua ministração universal demandasse a sua presença pessoal no superuniverso, então transformações do ser produzir-se-iam nesses cidadãos para capacitá-los a ascender ao universo mais alto; e, quando da chegada dos Guardiães Celestes, com ordens de apresentar esses mortais fusionados ao Espírito às cortes dos Anciães dos Dias, eles ascenderiam desse modo, para jamais retrocederem. Eles tornam-se os pupilos do superuniverso, servindo permanentemente como assistentes dos Guardiães Celestes, salvo aqueles poucos que, por sua vez, são chamados ao serviço do Paraíso e de Havona.
40:10.10 (453.5) Como os seus irmãos fusionados ao Espírito, os fusionados ao Filho nem atravessam Havona, nem alcançam o Paraíso, a menos que hajam passado por certas transformações modificadoras. Por razões boas e suficientes, essas mudanças têm sido efetuadas em alguns sobreviventes fusionados ao Filho e estes seres são encontrados, de quando em quando, nos sete circuitos do universo central. Assim é que um certo número de mortais, tanto entre os fusionados ao Filho, como entre os fusionados ao Espírito, de fato ascende ao Paraíso e atinge uma meta igual, em muitos sentidos, à que aguarda os mortais fusionados