O Maior Segredo. Rhonda Byrne

O Maior Segredo - Rhonda Byrne


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o seu verdadeiro Ser.»

      Mooji

      Você É Mesmo a Pessoa que Julga Ser?

      «Tendo em conta o enorme esforço dedicado ao reforço do ego — nomeadamente na ênfase da autoestima, da reputação, da realização, da aparência física, ou dos bens materiais —, é um milagre que o despertar possa, por vezes, acontecer.»

      Jan Frazier, em The Freedom of Being

      O ego, o eu imaginário, o eu aparente, o eu separado e o eu psicológico são alguns dos nomes dados por mestres e sábios a esta identidade falsa. Todas as descrições se prendem com um corpo e uma mente que, juntos, formam aquilo a que chamamos pessoa. Quando nos referimos a nós próprios, a maior parte de nós está a referir-se a essa pessoa que julgamos ser.

      «Uma pessoa é aquilo que experiencia, não é aquilo que é.»

      Mooji

      «A pessoa não existe. Se você diz "Sou uma pessoa", então há que dizer qual: era uma vez um bebé, um adolescente, uma criança… e este processo em breve acabará.»

      Dr. Deepak Chopra™

      A sua personalidade está em permanente mudança, por isso, se você é a sua personalidade, então, que tipo de pessoa é? É a pessoa furibunda, a pessoa amorosa, a frustrada, a irritada ou a bondosa? Provavelmente, você julga ser todas elas, mas é impossível que assim seja, pois nesse caso a pessoa furibunda nunca desapareceria; ela estaria sempre presente. Ou, se você fosse mesmo a pessoa frustrada, quando a mesma desaparecesse, uma parte de si desapareceria com ela. Mas isso não acontece, pois não? Você já cá estava antes de a pessoa zangada aparecer e aqui continua quando esta se esfuma. Já cá estava antes de a pessoa frustrada aparecer e cá vai continuar quando esta desaparecer. Claramente, você não é a sua personalidade nem o seu estado de espírito inconstante.

      «A personalidade é uma ferramenta útil, mas não pode definir o que você é. Aquilo que você é dista muito daquilo que julga ser.»

      Jac O'Keeffe

      «O maior obstáculo para descobrir a verdade do que somos essencialmente é a convicção de que sou um conjunto de pensamentos, memórias, sentimentos e sensações. Todas essas coisas juntas formam um eu ou uma entidade ilusórios. A crença de que sou essa entidade é o único entrave. Todos os nossos problemas psicológicos decorrem desse eu imaginário. Tudo se reduz a que nos confundamos com ele.»

      Rupert Spira (palestra pública)

      «A pessoa só parece existir devido à crença persistente e indiscutível de que há mesmo uma "pessoa" real aqui. Mas a pessoa, ou o ego, não pode existir sem a crença em si. É só imaginação. A bem da verdade, não há pessoa nenhuma. O único morador da casa do corpo é o Eu puro, que é aquilo que você é. O resto é invenção. Não há dois inquilinos neste corpo; sempre houve apenas um. Acreditar no ego proporciona-nos uma sensação de realidade, porém isso não é um facto, não passa de uma ilusão.»

      Mooji

      Qual é o problema de acreditarmos que somos um ego ou uma pessoa?

      É sentirmo-nos pequenos e extremamente vulneráveis. Temos medo de que nos aconteçam coisas más. Temos medo da doença, da velhice e da morte. Receamos perder as coisas que possuímos e não obter aquelas que desejamos. Vivemos num estado de carência, julgando que «não há suficiente»: não há dinheiro suficiente, nem tempo suficiente, nem energia, amor, saúde, felicidade. Nem sequer há vida suficiente. E, o pior de tudo, estamos convencidos de que nós próprios também não somos suficiente. Nada disso é verdade; de facto, é a antítese da verdade, mas nunca poderemos gozar de uma felicidade autêntica e duradoura enquanto nos agarrarmos à crença de que não passamos de uma pessoa.

      «A tragédia e a comédia da condição humana é que passamos grande parte da nossa vida a pensar, a sentir, a agir, a discernir e a relacionarmo-nos em nome de um eu ilusório.»

      Rupert Spira, em The Ashes of Love

      «O seu ego não é aquilo que você é, mas faz tal alvoroço que não o deixa ouvir quem realmente é. É uma loucura deixar o ego espraiar-se, tal como alimentá-lo e regá-lo.»

      Jan Frazier, em Opening the Door

      «Acho que padecemos todos de uma espécie de envenenamento da pessoa. Vivemos e encaramos a vida de forma demasiado pessoal, levamos tudo muito a peito, como algo demasiado pessoal. Reagir à vida de um modo pessoal é uma forma de cegueira. Não se veem as coisas sob o prisma correto.»

      Mooji

      É inequívoco que está a experienciar um corpo, a experienciar uma mente, e a ter a experiência de ser uma pessoa, mas, de facto, essas são as suas partes mais insignificantes e, em última instância, não correspondem àquilo que é, pois quando acabam, você não acaba.

      «Não há gente dentro da gente.»

      Shakti Caterina Maggi

      Mas há o seu verdadeiro eu.

      «Porque é que é tão difícil ver através do ego, desprender-se dele, parar de acreditar na solidez desse rapazola? Porque é que nos ancoramos nesse eu aparentemente real quando por baixo, à volta, por cima e através dele existe essa outra realidade deslumbrante, que é efetivamente autêntica, da qual nos podemos alimentar e pela qual é possível alcançar uma paz perfeita? Porque é que nos privamos disto e optamos por algo comparativamente tão irrisório, uma coisa que nos causa tantas dificuldades, tanta dor?»

      Jan Frazier, em Opening the Door

      Grandes Fingidores

      As suas ideias, sentimentos, sensações e crenças formam uma aliança com o intuito de o convencer de que é uma pessoa. Somos todos uns grandes fingidores. Fingimos que somos muito pequenos. Fingimos que somos muito limitados. Fingimos que somos pessoas insignificantes e limitadas que nascem, vivem um tempo, morrem, sendo esse o nosso fim. Mas nada dista mais da verdade!

      «Estamos obcecados por uma personagem imaginária que não existe.»

      Shakti Caterina Maggi

      Pode dizer-se que essa personagem imaginária é exatamente igual à personagem de um filme. Sabemos que o ator que interpreta o papel existe, mas a personagem sabe que o ator existe? Não, a personagem do filme é imaginária.

      Alicerçamos a nossa convicção de sermos pessoa a cada pensamento. Se conferir os seus pensamentos, vai perceber que, no centro de cada um deles, há um «eu». Esses pensamentos centrados em torno do «eu» que você acredita firmemente que é servem para confirmar repetidamente que você é uma pessoa insignificante e limitada.

      Quando acredita que a voz na sua cabeça é realmente você, acredita automaticamente em tudo o que essa voz diz; acredita em todos os pensamentos criados pela sua mente.

      Pensamentos do estilo:

      «Estou a ficar velho.»

      «Estou estafado.»

      «Não estou à altura.»

      «Não sou capaz de fazer isso.»

      «Não tenho tempo suficiente.»

      «A minha saúde já não é o que era.»

      «Estou à rasca de dinheiro.»

      «A minha esperteza não dá para mais.»

      «Tenho problemas de vista.»

      «Ninguém gosta


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