Esperanças ocultas - Amores e mentiras. Heidi Rice

Esperanças ocultas - Amores e mentiras - Heidi Rice


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segurou-lhe o rosto entre as mãos, olhando para ela com uma ternura que não esperava.

      – Não, não podemos. Não esperei duas longas semanas para fazer amor contigo às escuras.

      Juno abriu a boca para protestar, mas ele pôs-lhe um dedo sobre os lábios.

      – Vamos chegar a um acordo, parece-te bem?

      – Que... acordo?

      – Por que não marcas tu o ritmo?

      – Não te importas? – sussurrou ela, pateticamente grata pelo inesperado alívio.

      – Porque é que me iria importar? – Mac sorriu, um sorriso cheio de promessas. – Tu é que vais fazer o trabalho todo.

      Juno tentou sorrir. Talvez aquela noite acabasse por não ser um desastre total.

      Tremiam-lhe as mãos enquanto lhe desapertava os botões da camisa mas, a cada centímetro de pele morena coberta de pelos escuros que descobria, recuperava um pouco mais a coragem. E lentamente, o desejo regressou.

      Cheirava muito bem, a gel, a colónia masculina, a homem. Ouviu-o gemer quando lhe passou os dedos pelos peitorais, mas a exploração parou na fivela do cinto. Não conseguia tirar os olhos da protuberância marcada sob as calças, que se tornava mais e mais proeminente.

      Pensava que conseguia fazê-lo, mas estaria realmente preparada para controlar aquilo?

      – Juno, é a tua primeira vez?

      Ela olhou para cima, com o rosto a arder.

      – Não, claro que não. Tenho vinte e dois anos – respondeu, tentando parecer indignada.

      – Mas tens pouca experiência, não tens?

      Nervosa, Juno decidiu que o melhor seria ir-se embora quanto antes, mas quando tentou levantar-se ele segurou-a pela cintura.

      – O que se passa? Aonde vais?

      – Tens razão, não tenho muita experiência. Aliás, não tenho quase nenhuma – confessou-lhe. Para quê mentir? Podia ter amadurecido emocionalmente desde aquela terrível noite seis anos antes, mas isso não era suficiente para lidar com um homem como Mac Brody. – E como tu dormiste com tantas mulheres, vais ficar desiludido...

      Por que motivo pensara que aquilo poderia funcionar? Colocar um vestido bonito e um pouco de maquilhagem não fazia dela uma deusa do sexo.

      Mac levantou-lhe o queixo com um dedo para que o olhasse nos olhos.

      – Querida, não tens que te preocupar com isso. Se estivesse mais excitado, teria que ir ao hospital. E isto não é um exame – continuou, deslizando-lhe um dedo pelo decote do vestido. – Não te vou dar uma nota depois. Mas se tens medo, porque não me deixas marcar o ritmo por um momento?

      De repente, Juno não conseguia respirar. O som da voz dele, o toque do seu dedo... não conseguia concentrar-se.

      – Não sou tão promíscuo como tu pensas – disse Mac, enquanto desapertava o vestido, – mas parece que tenho um pouco mais de experiência.

      O som do fecho pareceu-lhe ensurdecedor no silêncio do quarto.

      Juno tremeu enquanto ele baixava o corpete, deixando-a nua da cintura para cima, exceto pelo sutiã, que parecia apertar-lhe os pulmões como um espartilho.

      – Deita-te, deixa-me tratar de tudo. A única coisa que tens que fazer é dizer-me do que gostas.

      – Mas eu não sei do que gosto – confessou-lhe ela.

      Por que motivo dissera aquilo? Mac ia pensar que era tonta.

      Sorrindo, ele pôs a palma da mão sobre a barriga dela.

      – Então teremos que descobrir.

      Juno assentiu, sem saber o que dizer.

      – Linda menina – Mac beijou-a enquanto, quase sem que se apercebesse, lhe tirava o sutiã.

      Mas ao reparar que estava quase nua, assustou-se.

      – Não, por favor...

      Tentou cobrir-se, mas ele impediu-a, segurando-lhe as mãos delicadamente. Juno fechou os olhos, tremendo de vergonha ao sentir o olhar de Mac nos seus seios. Nunca lhe incomodara que fossem pequenos. Até àquele momento.

      – Porque queres escondê-los?

      – Porque são um pouco pequenos.

      – Ah, sim?

      Mac afastou-lhe os braços e inclinou-se para apanhar um mamilo com os lábios, puxando-o, chupando-o... e Juno, sem se dar conta, arqueou-se para ele.

      – São tão sensíveis... respondem de imediato – sussurrou Mac. – Não sabes como são maravilhosos?

      – A sério?

      – Querida, vamos despir-te – disse ele, rindo. – Não sabia que tinhas tantas coisas para aprender.

      Juno queria aprender e queria que fosse ele a ensiná-la, por isso levantou o traseiro para que ele pudesse puxar-lhe o vestido e não ofereceu resistência quando ele lhe tirou as cuecas.

      – És maravilhosa – murmurou Mac, passando-lhe as mãos pelos seios, pela curva das nádegas e pelas coxas.

      Quando meteu uma mão entre as pernas dela e a afastou depois, ela soltou um suspiro de frustração. Estava a tentar fazer com que perdesse a cabeça? Por que motivo não a tocava ali, onde queria que lhe tocasse?

      – Por favor... – murmurou, sem saber muito bem o que estava a pedir.

      – Ah, vejo que começas a perceber – Mac riu suavemente.

      Juno queria repreendê-lo por aquele tom tão orgulhoso, mas então começou a acariciar-lhe a sua feminilidade, escondida entre os caracóis, e aquele prazer tão desconhecido, tão poderoso, fez com que se derretesse completamente.

      Mac queria fazer com que durasse, que Juno desfrutasse como lhe prometera, mas vê-la chegar ao orgasmo acendeu-lhe uma chama nas entranhas.

      Pela primeira vez na vida dele, estava prestes a perder o controlo e obrigou-se a si mesmo a respirar fundo enquanto tirava as calças e os boxers ao mesmo tempo para pôr o preservativo.

      Quando Juno abriu aqueles maravilhosos olhos verde azulados, sorriu.

      – Está tudo bem?

      – Espantoso – respondeu ela. – Não fazia ideia... – começou a dizer. Mas não terminou a frase.

      Mac desejava-a com uma urgência que não sentia desde os treze anos, quando o sexo era o centro da sua existência.

      Aquele pensamento tão irracional incomodou-o por um momento, mas esqueceu-se dele rapidamente. Juno não era virgem, ela própria lho dissera. E ele também não era, apesar do facto de dormir com aquela mulher o fazer sentir-se como uma criança.

      – Eu não esperava... não esperava que fosse assim. Obrigada, Mac.

      Ele sentiu-se tolamente orgulhoso. Orgulhoso e algo mais que não conseguia identificar.

      – Não tens que agradecer-me. Além disso, pretendo pedir uma recompensa.

      – Ah, lamento. Tu ainda não...

      Parecia assustada e Mac queria abraçá-la. A primeira vez que a viu pareceu-lhe engraçada, naquele momento parecia-lhe adorável.

      Sorrindo, apertou-a contra o peito.

      – Que te parece um segundo assalto? – perguntou-lhe, tentando conter a impaciência. Não podia esperar muito mais, mas não queria estragar tudo.

      – Se for tão bom como o primeiro, parece-me muito bem – respondeu ela cheia de coragem.

      – Farei o que puder – prometeu-lhe ele, rezando para encontrar paciência.

      Juno olhou-o nos olhos quando


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