Um Juramento de Irmãos . Морган Райс
uma necessidade de vingança que eles haviam nutrido durante toda a viagem através do oceano. Gwen percebe que a causa dos aldeões, mesmo vivendo do outro lado do mundo, é também a causa de seu povo.
Homens gritam ao lutarem frente a frente e Kendrick e os outros usam o impulso inicial para abrir caminho até o meio luta, eliminando fileiras inteiras de soldados do Império antes que eles possam se organizar. Gwen se enche de orgulho ao ver Kendrick bloquear dois golpes com seu escudo, girar o corpo e esmagar o rosto de um soldado com ele, batendo no peito de outro com um único movimento. Ela observa Brandt dar uma rasteira em um soldado e então esfaqueá-lo nas costas através do coração, usando as duas mãos para enfiar sua espada no corpo do homem. Gwen vê Steffen empunhar sua espada curta, cortar a perna de um soldado e então dar um passo adiante e chutar outro soldado na virilha e bater sua cabeça na dele, nocauteando-o. Atme gira seu mangual e derruba dois soldados de uma só vez.
“Darius!” grita a voz.
Gwen olha para o lado e vê Sandara apontando para o campo de batalhas.
"Meu irmão!" ela exclama.
Gwen localiza Darius no chão, deitado de costas e cercado pelo Império que se aproxima rapidamente dele. Seu coração se aperta de apreensão, mas ela vê com satisfação quando Kendrick corre até ele e ergue seu escudo, salvando Darius de um golpe de machado antes que o golpe fatal atinja o seu rosto.
Sandara grita e Gwen percebe o seu alívio e sente o quanto ela ama o seu irmão.
Gwendolyn estica o braço e pega um arco das mãos de um dos soldados de guarda ao seu lado. Ela prepara uma flecha e mira.
"ARQUEIROS!" ela grita.
Ao seu redor, dezenas de seus arqueiros começam a mirar, preparando seus arcos e esperando pelo seu comando.
"FOGO!"
Gwen libera sua flecha alto no céu, bem acima de seus homens. No mesmo instante, dezenas de seus arqueiros também soltam suas flechas.
A saraivada acerta o grupo de soldados restante e gritos irrompem à medida que dezenas de soldados caem de joelhos.
"FOGO!" ela grita mais uma vez.
Mais flechas são arremessadas sucessivamente.
Kendrick e seus homens avançam e matam todos os homens que haviam caído de joelho após terem sido alvejados pelas flechas.
Os soldados do Império são forçados a abandonar os aldeões que ainda resistem e, em vez disso, decidem concentrar suas forças no confronto com os homens de Kendrick.
Isso dá aos aldeões uma oportunidade. Eles dão um grito ao continuarem avançando, atacando pelas costas os soldados do Império que agora estão sendo massacrados por ambos os lados.
Os soldados do Império, presos entre duas forças hostis e com seus números diminuindo rapidamente, finalmente percebem que estão sendo superados. Suas forças de centenas logo são reduzidas a apenas dezenas; aqueles que ainda restam começam a abandonar suas fileiras, fugindo após terem suas zertas mortas ou tomadas pelos aldeões.
Eles não conseguem ir muito longo antes de serem capturados ou mortos.
Um grito de triunfo irrompe entre os aldeões e entre os homens de Gwendolyn. Eles se reúnem, celebrando e abraçando-se como irmãos, e Gwendolyn se apressa para descer a encosta e juntar-se ao grupo com Krohn em seus calcanhares. Ela entra no meio da multidão e é cercada pelos seus homens e pelos aldeões, pelo cheio de suor e medo no ar e pelo sangue fresco que cobre o chão de terra do campo de batalhas. Ali, naquele dia, apesar de tudo que havia acontecido no Anel. Gwen sente um momento de triunfo. Aquele é um momento glorioso de vitória no meio daquele deserto, cercada pelos aldeões e pelos exilados do Anel, unidos contra um inimigo em comum.
Os aldeões haviam perdido muitos homens bons e Gwen também tinha perdido alguns bons guerreiros. Mas pelo menos Darius, Gwen fica aliviada ao ver, está vivo e amparado pelos seus amigos.
Gwen sabe que o Império possui milhões de soldados. Ela sabe que o acerto de contas um dia chegará.
Mas esse dia não é hoje. Hoje ela não tinha tomado a decisão mais sábia, mas sua decisão certamente tinha sido a mais corajosa. A decisão certa. Ela sente que aquela é uma decisão que seu pai teria tomado. Ela tinha escolhido o caminho mais difícil. O caminho correto. O caminho da justiça. O caminho da coragem. E não importa o que aconteça agora, ela havia sobrevivido.
Ela tinha realmente vivido.
CAPÍTULO TRÊS
Volúsia permanece na sacada de pedra observando o pátio de paralelepípedos de Maltolis abaixo dela e olhando para o corpo inerte do Príncipe que está no chão com os membros retorcidos de maneira grotesca. Ele parece estar muito longe dela, minúsculo e impotente, e Volúsia se espanta com o fato de que apenas instantes antes ele havia sido um dos homens mais poderosos do Império. Ela não deixa de perceber a fragilidade da vida, como tudo aquilo é ilusório e, acima de tudo, como ela com seu infinito poder – uma deusa de verdade agora – pode decidir entre a vida e a morte de qualquer pessoa. Agora ninguém, nem mesmo um grande príncipe, pode impedi-la.
Enquanto ela continua olhando para fora, ao redor de toda a cidade os gritos dos milhares de súditos do príncipe, os cidadãos desequilibrados de Maltolis, preenchem o pátio e tomam conta do ar como uma praga de gafanhotos. Eles gritam e batem com as cabeças nas paredes de pedra; alguns se jogam no chão como crianças mal criadas e outros arrancam os cabelos de suas cabeças. Ao vê-los assim, Volúsia pensa, um estranho pensaria que Maltolis tinha tido um líder benevolente.
"NOSSO PRÍNCIPE!" um deles grita, um grito que é repetido por muitos outros à medida que eles se aproximam, saltando sobre o corpo do príncipe soluçando e chorando.
"NOSSO QUERIDO PAI!"
Sinos de repente começam a tocar por toda a cidade, uma longa sucessão de toques que ecoam por todas as ruas. Volúsia ouve uma comoção e, ao erguer os olhos, vê o portão da cidade se abrir para centenas das tropas de Maltolis, que marcham apressadamente pelos portões da cidade e entram no pátio em fileiras duplas. Eles começam a se dirigir para o castelo de Maltolis.
Volúsia sabe que acaba de dar início a uma série de eventos que irão alterar o futuro daquela cidade para sempre.
Há um estrondo repentino e insistente nas portas de carvalho de seus aposentos e Volúsia se sobressalta. Batidas repetidas se seguem quando dezenas de soldados vestindo armaduras usam um aríete para derrubar a grossa porta de carvalho dos aposentos do Príncipe. Obviamente, Volúsia havia barrado a porta que tem quarenta centímetros de espessura e tinha sido feita para resistir a ataques como aquele, mas as batidas a fazem tremer sem parar em meio aos gritos dos soldados do lado de fora. A cada batida, as dobradiças dobram um pouco mais.
Bum, bum, bum.
Os aposentos de pedra tremem e o antigo lustre de cristal, pendurado em uma viga de madeira, balança descontroladamente até despencar no chão.
Volúsia fica parada e observa tudo calmamente, tendo antecipado tudo aquilo. Ela havia previsto, é claro, que eles viriam buscá-la. Eles querem vingança e jamais deixarão que ela escape.
"Abra a porta!" grita um dos generais do príncipe.
Ela reconhece aquela voz como sendo a do líder das forças de Maltolis, um homem sem senso de humor e com uma voz rouca que ela havia conhecido brevemente, um homem incapaz, mas um soldado profissional com duzentos mil homens sob o seu comando.
Ainda assim, Volúsia continua ali parada e encara a porta com calma, inabalada, observando pacientemente enquanto espera que eles a destruam. Certamente, ela poderia abri-la para eles, mas não quer dar-lhes essa satisfação.
Finalmente, há um grande estrondo, a porta de madeira é arrancada das dobradiças e dezenas de soldados vestindo armaduras invadem os aposentos. O comandante, usando a armadura ornamental e carregando o cetro dourado que lhe dá o título de comandante do exército de Maltolis, lidera o caminho.
Ele diminui o ritmo para uma caminhada rápida ao vê-la parada ali, sozinha e sem tentar