Encontrada . Морган Райс

Encontrada  - Морган Райс


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de não ter prestado mais atenção nas aulas de história.

      “Esta é a cidade onde Jesus viveu,” Caleb disse, lendo sua mente.

      Caitlin sentiu-se corar mais uma vez, ele sabia o que passava em sua mente com tanta facilidade. Não escondia nada de Caleb, mas, mesmo assim, ela não queria que ele lesse seus pensamentos quando o assunto era o quanto ela o amava. Ela ficaria envergonhada.

      “Ele vive aqui?” ela perguntou.

      Caleb assentiu.

      “Se nós chegamos ao seu tempo,” Caleb falou. “Certamente, estamos no século primeiro. Eu posso ver pelas roupas, pela arquitetura. Eu estive aqui antes. É um lugar difícil de esquecer.”

      Caitlin arregalou seus olhos com esta ideia.

      “Você realmente acha que ele poderia estar aqui, agora? Jesus? Andando por ai? Nesta época, neste lugar? Nesta cidade?"

      Caitlin mal conseguia compreender. Ela tentou se imaginar dobrando uma esquina e encontrando Jesus na rua, casualmente. A ideia parecia absurda.

      Caleb franziu a testa.

      "Eu não sei", disse ele. "Não estou sentindo que ele está aqui agora. Talvez nós não o encontremos".

      Caitlin ficou boquiaberta com este pensamento. Ela olhou a sua volta com um novo sentimento de admiração.

      Será que ele poderia estar aqui? ela se perguntava.

      Ela ficou sem palavras e sentiu ainda mais a importância da sua missão.

      "Ele pode estar aqui, neste período", Caleb falou. "Mas não necessariamente em Nazaré. Ele viajou muito. Belém. Nazaré. Cafarnaum – e Jerusalém, é claro. Eu nem sei ao certo se estamos em seu tempo exato ou não. Mas se nós estivermos, ele poderia estar em qualquer lugar. Israel é um lugar grande. Se ele estivesse aqui, nesta cidade, iríamos senti-lo. "

      “O que você quer dizer?” Caitlin perguntou, curiosa. “Como a gente se sentiria?”

      “Eu não sei explicar. Mas você saberia. É a energia dele. É diferente de tudo que você já conhece.”

      De repente, um pensamento ocorreu a Caitlin.

      “Você o conheceu de verdade?” ela perguntou.

      Caleb sacudiu sua cabeça lentamente.

      "Não, não de perto. Uma vez, eu estava na mesma cidade, ao mesmo tempo em que ele. E a energia era impressionante. Diferente de tudo que eu já havia sentido antes. "

      Mais uma vez, Caitlin se surpreendeu com todas as coisas que Caleb havia visto, todas as épocas e locais que ele havia vivido.

      “Só há uma maneira de descobrir.” Caleb continuou. “Precisamos saber em que ano estamos. Mas, o problema é que, logicamente, ninguém começou a contas os anos como nós, até bem depois da morte de Cristo. Afinal, nosso calendário é baseado no ano do seu nascimento. E, quando ele viveu, ninguém contava os anos baseando-se no nascimento de Jesus – a maioria das pessoas sequer sabia quem ele era! Então, se perguntarmos alguém em que ano estamos, vão achar que somos loucos.”

      Caleb olhou a sua volta, atentamente, como se procurasse por pistas, e Caitlin fez o mesmo.

      “Eu sinto que estamos na época dele,” Caleb falou devagar. “Mas não é este o local.”

      Caitlin contemplou o vilarejo com um novo respeito.

      “Mas esta vila,” ela disse, “parece tão pequena, tão humilde. Mas parece a grande cidade bíblica que eu imaginava. Parece uma cidade qualquer no deserto.”

      “Você está certa,” Caleb respondeu, “mas é aqui onde ele morou. Não foi em um lugar grande Foi aqui, entre estas pessoas.”

      Eles continuaram andando e, finalmente, dobraram uma esquina e chegaram a uma pequena praça no centro da cidade. Era uma pequena praça comum, em torno da qual havia pequenos edifícios e, no centro, havia um poço. Caitlin olhou a sua volta e viu alguns homens idosos sentados à sombra, segurando bastões, olhando para a praça da cidade, vazia e empoeirada.

      Eles se aproximaram do poço. Caleb tocou a manivela oxidada e começou a girá-la, lentamente, a corda desgastada puxou um balde de água.

      Caitlin estendeu as mãos, segurou a água fria e jogou em seu rosto. Foi tão refrescante com aquele calor. Ela limpou seu rosto novamente, então molhou em seu longo cabelo, passando as mãos por ele. Suas madeixas estavam oleosas e com poeira, a água fria parecia o paraíso. Ela faria qualquer coisa por um chuveiro. Depois, se inclinou, segurou um pouco mais de água e bebeu. Sua garganta estava seca demais e a água ajudou. Caleb fez o mesmo.

      Depois, os dois ficaram de costas para o poço e inspecionaram a praça. Não parecia haver nenhuma construção diferente, nenhum sinal especial, tampouco pistas de onde eles deveriam ir.

      "Então, para onde agora?", perguntou ela, por fim.

      Caleb olhou em volta e depois mirou o sol, erguendo as mãos na altura dos olhos. Ele parecia tão perdido quanto ela.

      "Eu não sei", ele respondeu, sem rodeios. "Estou desnorteado."

      "Em outros tempos e lugares", continuou ele, "parecia que igrejas e mosteiros sempre nos mostravam pistas. Mas nesta época, não há igreja. Não há cristianismo. Não há cristãos. Foi só depois que Jesus morreu que as pessoas começaram a criar uma religião. Neste tempo, só há uma religião. A religião de Jesus: o judaísmo. Afinal, Jesus era judeu. "

      Caitlin tentou processar tudo isso. Era tudo tão complexo. Se Jesus era judeu, ela pensou, isso significava que ele deve ter orado em uma sinagoga. De repente, ela teve uma ideia.

      "Então, talvez o melhor lugar para procurarmos seja onde Jesus orou. Talvez devêssemos procurar de uma sinagoga ".

      "Acho que você está certa", concordou Caleb. "Afinal de contas, a única outra prática religiosa desta época, se é que podemos chamar assim, era o paganismo – a adoração de ídolos. E tenho certeza que Jesus não iria adorar em um templo pagão. "

      Caitlin olhou ao examinou a cidade novamente, apertando os olhos, à procura de qualquer edifício que se assemelhasse a uma sinagoga. Mas não o achou. Todas as construções eram simples.

      "Eu não estou vendo nada", ela falou. "Todas as edificações aqui parecem iguais para mim. Todos são apenas pequenas casas. "

      "Nem", Caleb respondeu.

      Houve um longo silêncio, Caitlin estava tentando processar tudo aquilo. Sua mente acelerava com possibilidades.

      "Você acha que meu pai e o Escudo estão, de alguma forma, ligados a tudo isso?", Perguntou Caitlin. "Você acha que irmos aos lugares onde Jesus esteve nos levará até meu pai?"

      Caleb estreitou os olhos, ele parecia pensativo.

      "Eu não sei", ele, disse, finalmente. "Mas, claramente, o seu pai está guardando um grande segredo. Um segredo não apenas para a raça dos vampiros, mas para toda a humanidade. Um Escudo, ou uma arma, que vai mudar a natureza de toda a raça humana, para sempre. Deve ser muito poderoso. E, eu acho, que se alguém foi concebido para nos ajudar a nos levar ao seu pai, esse alguém seria muito poderoso. Como Jesus. Faz sentido para mim. Talvez, para encontrarmos um, teremos de encontrar o outro. Afinal, sua cruz que destravou tantas chaves para podermos chegar aqui. E, quase todas as nossas pistas foram encontradas em igrejas e mosteiros ".

      Caitlin tentou absorver tudo isto. Seria possível que seu pai conhecesse Jesus? Será que ele foi um dos seus discípulos? A ideia era surpreendente, e a sensação de mistério em torno dele se intensificou.

      Ela se sentou no poço e olhou para aquela monótona vila, perplexa. Ela não tinha ideia por onde deveria começar a procurar. Em sua opinião, nada se destacava. E, para piorar, estava ficando mais e mais desesperada para encontrar Scarlet. Sim, ela queria encontrar seu pai mais do que nunca; estava sentindo as quatro chaves praticamente queimarem em seu bolso. Mas não enxergava nenhuma maneira óbvia de usá-las e era difícil manter foco nisso com tantos pensamentos sobre Scarlet em sua mente. A ideia de


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