Amor Como Aquele . Sophie Love

Amor Como Aquele  - Sophie Love


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na direção deles.

      O bonitão com a placa o viu. Quando ele se aproximou deles, o bonitão lhe entregou a placa e correu na direção de uma garota linda que havia aparecido na área de desembarque. Eles começaram a se agarrar. Keira fez uma careta.

      "Amor jovem, né?" Disse o guia, coçando a tira de pele exposta que sua camisa não estava cobrindo. "Você Karla?"

      “Keira.”

      Ele verificou a placa e encolheu os ombros. "Os nomes americanos soam todos iguais para mim."

      Enquanto ele falava, um cheiro de cebola e café veio de seu bafo, fazendo o estômago de Keira revirar.

      "Vamos," ele berrou para Keira. "O carro está nessa direção."

      Ele virou as costas e saiu andando rapidamente, desaparecendo na multidão de pessoas e deixando Keira atrapalhada no meio do aeroporto. Ela agarrou sua mala e procurou desesperadamente pelo sinal de saída.

      Ela avistou o sinal e a parte de trás da cabeça do guia enquanto ele passava rapidamente pelo sinal. Ele nem sequer se virou para verificar se ela ainda estava com ele!

      Com uma careta, Keira seguiu na direção do homem desleixado, arrastando sua mala pesada.

      À medida que era atropelada pela multidão, sua empolgação com a possibilidade de um romance italiano curando seu coração partido foi totalmente destruída. Em vez de ser acompanhada por um homem bonito, ela teria que suportar o bafo de cebola e um guia de turismo grosseiro.

      Tanto para Romeu, pensou com um peso no coração.

      CAPÍTULO SETE

      "Você sabia que está atrasada?" O guia turístico, Antonio, disse enquanto a conduzia pelo estacionamento. As rugas em sua testa eram tão profundas que parecia que ele estava fazendo careta para ela.

      "Demorou um pouco para minha mala aparecer," respondeu Keira, ainda irritada com o fato de que suas esperanças de encontrar Romeu haviam sido destruídas.

      Antonio fazia Keira se sentir muito desconfortável em sua companhia, e não apenas por causa da barriga redonda e peluda que se projetava acima de seu cinto. Sua atitude era rude, como uma professora que ela nunca iria conseguir agradar.

      O clima estava muito quente, quase sufocante, mas isso não parecia desacelerá-lo. Eles apressaram-se, Antonio mantendo alguns passos à frente de Keira, que lutava para administrar suas malas. Ela já estava ficando melada com o suor.

      "Minhas costas são ruins," disse ele, como uma forma de explicação por não ajudá-la.

      Enquanto caminhavam, Antonio falava, suas palavras saindo em um fluxo enorme e rápido, sua voz como a de um cão ladrando. Keira pensou em seu Romeu dos sonhos. Antonio não estava nem perto daquilo!

      "Vinte e um dias, hein?" Ele disse, caminhando a passos largos, de modo que Keira precisava saltitar para conseguir acompanhar.

      Ela já estava com medo desses dias.

      Ele a conduziu até um carro. Keira esperava algo legal, mas, em vez disso, deparou-se com um veículo pequeno, antigo e enferrujado.

      "É isto aqui?" Ela perguntou.

      "Não há espaço para a mala nos bancos traseiros. Coloque-a no porta-malas,” ordenou Antonio.

      Keira abriu o porta-malas e descobriu que o carro estava cheio de sacolas de compras. Enquanto forçava sua mala entre as compras de Antonio, um fedor de queijo emanou em sua direção. Uma das sacolas abriu e alguns pecorinos caíram. Keira colocou-os de volta, percebendo com uma mistura de surpresa, curiosidade e nojo que todas as sacolas estavam cheias de queijo pecorino. Isso era tudo o que o homem comia? Ela perguntou-se. Então ela percebeu que, além disso, o cheiro provavelmente iria contaminar sua mala e penetrar em todas as suas roupas. Ela iria ficar com cheiro de queijo nas próximas três semanas!

      Ela fez uma careta e fechou o porta-malas. Ao fazê-lo, Antonio ligou o carro, fazendo com que uma nuvem de fumaça explodisse sobre suas pernas.

      Furiosa, Keira entrou no banco dianteiro ao lado dele, descobrindo com horror que estavam tão próximos que seus joelhos se tocavam. Ela olhou para as mãos úmidas e peludas de Antonio segurando o volante. O cheiro no interior do carro era uma combinação de queijo, suor e ar úmido.

      Antes mesmo de ela ter a chance de colocar seu cinto de segurança, Antonio acelerou. O carro avançou e ela segurou nas laterais de seu assento enquanto ele dirigia, tão forte que suas articulações ficaram brancas. Antonio dirigia como um maníaco.

      "Então, fale-me, Nova York," disse Antonio. "Lugar ruim, hein? Muitos crimes?"

      Keira olhou para ele, chocada. "Não. Quero dizer, não muito. Tem seus problemas, como todas as cidades, mas é maravilhosa."

      "Mas é frio, não é?" Pressionou Antonio. Para Keira, ele realmente parecia estar querendo encontrar defeitos em sua cidade natal. "Agora está frio. Mas ainda desfrutamos de um sol magnífico." Ele riu sibilantemente, mostrando dentes tortos amarelos.

      "Você já esteve lá?" Perguntou Keira, um pouco ofendida por seus comentários.

      "Não, não, não," respondeu Antonio, balançando a cabeça como se a sugestão fosse absurda. "Nunca irei para uma cidade ateia como aquela. Aqui, somos bons católicos."

      Se Antonio pretendia irritar Keira, ele certamente havia alcançado seu objetivo.

      Mas se o próprio Antonio era um choque para o sistema, Nápoles também não era o que Keira esperava. As ruas eram muito estreitas, com prédios de cinco andares com terraços que se erguiam de cada lado, varandas feitas de metal enferrujado, varais esticados entre elas cobertos de roupas coloridas que esvoaçavam ao vento. Quase não havia calçada, o que significava que as pessoas andavam pela rua, muitas vezes sem olhar, correndo por trás dos carros estacionados. Mesmo as placas de trânsito e as lâmpadas de rua, observou Keira, estavam presas às paredes das casas, visto que não havia espaço suficiente para um poste.

      Entretanto, nenhum desses obstáculos fez com que Antonio dirigisse mais devagar. Ele apenas xingava em voz alta e em italiano toda vez que alguém cruzava seu caminho, desviando, às vezes buzinando.

      "Che cavolo!" Ele exclamou em voz alta, apontando para uma senhora que havia acabado de entrar na frente dele.

      Apesar de não saber exatamente o que Antonio estava dizendo, Keira podia deduzir que era algum tipo de palavrão e sentiu suas bochechas queimarem de constrangimento e vergonha pela Senhora vítima da fúria dele. Mas a mulher apenas gesticulou rudemente para Antonio. Claramente, ela estava acostumada com tais ocorrências.

      Vespas passavam zunindo por eles. Keira percebeu que as paredes estavam todas pichadas. Havia tanta pichação, que as pessoas começaram a desenhar sobre as pichações que já estavam lá!

      Keira perdeu a conta da quantidade de pizzarias que eles passaram. Seu estômago roncou. Fazia horas desde que havia tido a comida sem gosto de avião.

      Eles viraram em uma esquina e passaram por uma barraca instalada à beira da rua vendendo peixe. O cheiro a fez engulhar e Keira perdeu completamente o apetite.

      "Cuidado!" Gritou Keira, à medida que Antonio acelerou na direção de um gato sujo e sarnento sentado no meio da rua.

      Felizmente, o gato saiu da frente à tempo.

      "Animais de rua," disse Antonio, como se tentasse explicar o porquê ele nem sequer tentou diminuir a velocidade. "Pragas. Estamos infestados com eles."

      As ruas de paralelepípedos faziam o carro pular para cima e para baixo. Foi uma viagem desconfortável, para dizer o mínimo.

      "Você poderá ver a montanha em um minuto," disse Antonio. "Vesúvio."

      "Oh," respondeu Keira, quase chocada por achar que esta havia sido sua primeira tentativa de puxar assunto.

      "Ali," ele disse, de repente, apontando para a esquerda dela.

      Se deu para ver a montanha, foi apenas por um segundo, porque Keira não conseguiu ver nada.

      "Você viu?" Perguntou


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