Amor Como Aquele . Sophie Love

Amor Como Aquele  - Sophie Love


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tempo," disse Maxine em seu ouvido.

      "Estava certa de que você nunca mais voltaria para Nova York," acrescentou Shelby no outro.

      Keira recuou. "Eu sei, desculpe. Tudo aconteceu tão rapidamente—ser enviada para a Irlanda, romper com Zach, sair do apartamento. Simplesmente não encontrei tempo para colocar minha cabeça em ordem."

      Bryn, que ainda estava de pé segurando a porta, acrescentou, sucintamente: "Foi um período familiar, sabe?”

      "Claro," disse Maxine, com um sorriso forçado.

      Keira conduziu suas amigas para dentro do apartamento. "Venha, vamos beber. E conversar."

      "E fazer as malas," Bryn acrescentou de maneira maternal.

      Todas entraram, falando bobeiras. Bryn relutantemente abriu uma garrafa de vinho para elas, depois se sentou com raiva no balcão da cozinha, entregando um copo a cada uma das amigas de Keira com uma expressão obscura.

      "Então, você vai para a Itália?" Perguntou Shelby, sorrindo de animação. "Quanto tempo desta vez?"

      "Três semanas," respondeu Keira, dobrando as roupas e colocando-as em sua mala. "É tipo meu nicho na revista neste momento. Eu vou para o exterior e escrevo um artigo sobre o amor. Eles estão me chamando de Guru do Romance."

      Shelby e Maxine trocaram um olhar, um que Keira entendeu imediatamente.

      "Eu sei, sou um desastre com relacionamentos. Dois rompimentos em poucos meses, certo? Mas eu posso interpretar um personagem."

      "Você quer dizer mentir?" Maxine perguntou com uma risada.

      "Se for preciso," respondeu Keira, lembrando-se da dificuldade que foi escrever o último artigo. Ela foi uma cínica tentando negar o fato de que estava se apaixonando pela Irlanda e, mais especificamente, por Shane. Agora, ela deveria tomar outra perspectiva, de ser uma eterna romântica, uma convertida que facilmente e voluntariamente se perderia no amor e paixão. Tudo o que ela menos sentia.

      "Você apenas terá que se apaixonar por um italiano gostoso," acrescentou Shelby.

      Keira sorriu. "Isso não seria ótimo?" Ela ficou pensando, embora sentisse que, naquele momento, uma freira em um convento tinha melhores chances de um caso amoroso apaixonante do que ela.

      "Você vai perder o Halloween," acrescentou Maxine, desanimadamente.

      "Eu sei, é uma pena," respondeu Keira. "É o meu feriado favorito. Mas eles também comemoram na Itália. Na verdade, é como um feriado público de quatro dias, eu acho. O dia dos mortos, Dia de Todas as Almas, Dia de Todos os Santos, é um acordo maciço. Uma grande festa."

      Shelby cruzou os braços com uma falsa afronta. "Basicamente, você está dizendo que seu Halloween vai ser muito melhor do que o nosso."

      "Não!" Keira riu, protestando. "Bem, talvez."

      Todas riram. Exceto Bryn, é claro. Ela estava olhando para seu copo de vinho, fazendo beicinho.

      "De qualquer forma," disse Keira, "podemos ter um ótimo Dia de Ação de graças juntas. Estarei de volta até lá."

      A cabeça de Bryn levantou. "Este ano, vamos passar o Dia de Ação de Graças na mamãe, lembra. Somente nós três."

      "Essa é a refeição," contestou Keira, ficando impaciente com sua irmã difícil. "Posso passar o resto do dia com minhas amigas, não posso?"

      "Claro que você pode," resmungou Bryn. Ela voltou a olhar para o copo dela.

      Maxine levantou suas sobrancelhas. Ela e Shelby estavam acostumadas com a atitude de Bryn, mas Keira simplesmente não conseguia entender por que Bryn tinha que ser tão possessiva com ela. Ela podia ter outras pessoas em sua vida! Bryn era super independente e sempre tinha muitos amigos e namorados, sempre saindo, indo de uma balada para outra. No entanto, quando Keira queria passar algum tempo com alguém além dela, ela ficava de mau humor. Honestamente, às vezes Keira sentia como se fosse a mais velha das duas. Bryn conseguia ser uma pirralha mimada às vezes.

      "Parece que Ação de Graças está tão longe," pensou Shelby.

      "Eu sei," respondeu Keira. "Sinto como mal tivesse tido a chance de estar em Nova York. É como se estivesse de férias aqui! Achei que eu teria mais tempo para tirar o atraso. Eu ainda nem encontrei um apartamento novo.”

      "Falando em apartamentos novos …" Disse Bryn.

      Ela estava olhando para o celular de Keira no balcão. A tela estava acesa com a chegada de uma mensagem de texto. E o nome de Zach estava claramente visível na tela.

      "Espero que essa mensagem seja sobre a devolução do depósito," disse Keira.

      Naquele momento, Maxine e Shelby trocaram um olhar culpado e Keira teve a nítida impressão de que estavam escondendo alguma coisa.

      "O que foi?" Ela exigiu.

      Ela não aguentava mais ter surpresas.

      Foi Shelby quem finalmente confessou. "Acho que pode ser sobre Julia. Eles terminaram."

      Keira levantou uma sobrancelha, surpresa. "Terminaram?" O caso que tinha custado seu relacionamento durou apenas algumas semanas?

      Ela pegou o telefone e leu a mensagem de Zach. Isso confirmou as notícias de Shelby.

      Ei Keira. Há quanto tempo não nos falamos. Queria que você soubesse, antes de escutar por aí, que terminei com Julia. Simplesmente não estava dando certo. Queria saber se você está a fim de sair para beber alguma coisa? Esta noite? Amanhã? Avise-me. X

      "Ele é um idiota arrogante," murmurou Keira.

      "O que ele disse?," perguntou Maxine.

      "Nada sobre o fato de ele estar mantendo meu depósito," Keira lhe disse com uma voz revoltada. "Ele quer sair para beber algo."

      O queixo de Bryn caiu com a surpresa. "Você não vai, vai?," ela perguntou.

      Keira olhou para ela, chocada. "Claro que não," ela disse. "A menos que seja a única maneira de recuperar esse dinheiro".

      Bryn fez um som de desaprovação. "Se ele está te subornando para sair com ele, juro por Deus que vou dar-lhe um corretivo…"

      Shelby fez cara feia para ela. "Ele não está subornando ela. Não seja tão dramática."

      Bryn parecia insultada. "Desculpe, você é amiga de quem? Dele ou de Keira?”

      "Dos dois," respondeu Shelby, cruzando os braços.

      Bryn não pareceu impressionada. "Mesmo ele tendo traído?"

      "Pessoal!" Interrompeu Keira. Ela não estava a fim de brigar. Seus olhos ainda estavam colados na tela do celular.

      De repente, Bryn arrancou o celular dela.

      "Pare de considerar isso!" Ela ordenou a Keira.

      "Não estou!" Gritou Keira, tentando se defender.

      Mas Bryn estava certa, havia uma pequena parte dela que estava considerando isso. Zach, com todos os seus defeitos, tinha cuidado dela. Eles haviam passado dois anos juntos, haviam morado juntos em um apartamento. Ele era comprometido e confiável. E, definitivamente, do tipo família. Foi apenas o fato de ela ter colocado o trabalho acima dele que arruinou as coisas entre eles, desencadeando a situação que o jogou para os braços convidativos de Julia.

      A expressão de Bryn parecia de um trovão. Ela balançou o telefone de Keira sobre o copo de vinho.

      "Não me faça mergulhá-lo," ela disse.

      Em sua visão periférica, Keira podia ver Maxine e Shelby balançando a cabeça, não acreditando no comportamento dramático de Bryn.

      Ela suspirou alto. "Está bem, está bem. Não vou me encontrar com ele. É isso que você quer ouvir?"

      Bryn afirmou com a cabeça, satisfeita, e devolveu o telefone à irmã.

      "Agora exclua a mensagem e tire-o de seus contatos."

      Keira exalou alto.

      "Isso é ridículo," Shelby resmungou em voz baixa.

      Keira


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