Amor Como Aquele . Sophie Love

Amor Como Aquele  - Sophie Love


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vai ficar bem. Vou dizer ao Elliot que estamos em uma reunião fora do escritório. Café em dez?

      A expressão de Keira suavizou. Talvez Bryn tivesse alguma utilidade no final das contas.

      “Nina vai me encontrar,” ela disse, guardando o celular. “Feliz agora?”

      “Sim,” respondeu Bryn. “Agora eu apenas tenho que avisar meu chefe que não vou trabalhar hoje.”

      “Você não precisa fazer isto.”

      “Ah, por favor, qualquer desculpa,” disse Bryn

      Keira cedeu. Às vezes, não havia como discutir com Bryn. Embora sua irmã não fosse sempre o ombro mais confortável para se chorar, ela era boa em se colocar em primeiro lugar e aquela prática ocasionalmente funcionava em favor de Keira.

      Vários minutos depois, as irmãs deixaram o apartamento juntas, envoltas em suas roupas quentes de outono, e desceram a rua até a cafeteria que combinaram de encontrar Nina. Ainda era muito cedo. Quando chegaram, a cafeteria havia acabado de abrir. Elas foram as primeiras a entrar.

      Bryn pediu pequenos muffins de baunilha para as duas e conduziu Keira até o sofá de couro macio. Um momento depois, Nina entrou.

      “Keira,” ela disse, sua expressão de dor.

      Ela se sentou e deu um abraço forte em Keira, o que a fez se sentir instantaneamente consolada. Talvez faltar ao trabalho tenha sido uma boa ideia no final das contas, embora ela tenha anotado de não deixar isso se tornar um hábito. Não era nada profissional, mesmo que Bryn e Nina não pensassem dessa forma. Keira provavelmente não havia muito com que se preocupar; ela estava prestes a se comprometer com uma vida de celibato e, portanto, havia pouca chance dela tirar outra folga por coração partido…

      “Deus, não acredito que Shane tenha sido tão idiota,” começou Nina.

      Keira balançou a cabeça. “Não é bem assim.”

      Nina lhe lançou uma expressão impassível. “Como não é bem assim? Ele a manipulou para pensar que havia se apaixonado por ele e, então, uma semana antes de vocês se reencontrarem, ele termina com você?”

      “Bem, pensando dessa forma,” disse Keira. “Mas confie em mim, não foi isso o que aconteceu. O pai dele ficou doente. Isso fez com que ele, sei lá, reavaliasse as coisas.” Ela sentiu lágrimas ameaçando asfixiá-la novamente. “Mas podemos não fazer isso? Não quero ser colocada em uma posição em que tenha que defender o cara que acabou de partir meu coração.”

      Nina fez uma pausa, aparentemente deliberando sobre o pedido. “Talvez seja melhor assim,” ela disse. “Elliot irá provavelmente enviá-la para o exterior para uma nova tarefa em breve. Talvez você conheça outro cara. Um cara ainda melhor.”

      “Esta é a última coisa que quero nesse momento,” respondeu Keira desanimadamente, enterrando seu queixo no punho. “Não sei o quanto mais meu coração consegue aguentar. De Zach para Shane para outra pessoa que irá me tratar como lixo? Não, obrigada. Eu estava certa antes em colocar todo o meu foco em minha carreira. Não é como meu trabalho me dissesse que se as coisas fossem diferentes poderia se casar comigo.”

      Nica franziu. “Shane disse isso?”

      Keira afirmou com a cabeça, sentindo-se mais triste e mais decepcionada do que nunca.

      Nina deu-lhe outro aperto nos ombros . “Você é jovem. Muito jovem para se comprometer. Tem um mundo enorme lá fora, e você só viu uma fração dele.”

      “Obrigada,” concordou Bryn. “É o que venho dizendo. Ela ainda tem vinte e poucos anos, meu Deus. Espere pelo menos até chegar nos trinta.”

      Nina ergueu uma sobrancelha. “Quarenta,” ela disse, encolhendo-se. “Mais alguns outros para sorte. Não estou com pressa de me comprometer. Apesar do que a mídia possa estar dizendo de meu relógio biológico.”

      “A mídia?” Gozou Keira. “Você quer dizer nós? Somos jornalistas antes de qualquer coisa. É nosso dever fazer as pessoas pensarem que querem coisas. Como o amor,” ela adicionou amargamente.

      Nina riu e Keira sentiu-se um pouco melhor. Ela olhou pela janela para as ruas movimentadas da cidade de Nova York, cheias de pessoas a caminho do trabalho, pessoas voltando para casa depois de festejar pela madrugada adentro, pessoas vestidas com trajes caros, outras com camisetas com slogan divertido. Ela podia ver tantas raças e nacionalidades, e todos os penteados imagináveis. Eles andavam com pressa, lutando contra os ventos gelados que o outono havia trazido.

      À medida que os observava, Keira percebeu o quanto amava sua cidade. Ela nunca teria sido feliz na Irlanda. Shane estava certo sobre isso. Mudar-se não era uma opção para ela. Ela era totalmente Nova Yorkina. A cidade praticamente corria em suas veias.

      Ela voltou sua atenção para Nina e Bryn.

      "Então, como Elliot reagiu com minha ausência hoje?" Ela perguntou a Nina, mais do que pronta para mudar de assunto.

      Nina mexeu seu café. "Honestamente, ele parece um pouco distraído hoje. Outra noite, eu o ouvi discutindo no telefone quando estava trabalhando até tarde. Eu acho que pode haver alguém tentando comprar a revista."

      Keira elevou as sobrancelhas, surpresa. "Mas isso não aconteceria. Elliot não venderia. Ele ama a Viatorum. Às vezes, ama até demais."

      Nina simplesmente encolheu os ombros e tomou um gole de seu café. "Às vezes, não importa o quanto você ama algo. Se uma das grandes empresas vai começar uma revista rival, copiar nosso modelo, mas usar todos os bens financeiros e conexões para se promover e nos enterrar, ele não terá outra opção senão vender. Às vezes, a única maneira de uma revista independente como a Viatorum permanecer viável é se o chefe, tal como Elliot, entrar em um acordo sobre o patrimônio".

      "Mas seria como rebaixá-lo de posição, não seria?" Perguntou Keira. "Ele iria de dono para apenas, o que, gerente?"

      Nina inclinou a cabeça para o lado. "Não é tão ruim como parece. Ele poderia ganhar mais dinheiro dessa maneira. Ele apenas teria que responder a superiores. Provavelmente perderia parte da liberdade criativa.” Ela encolheu os ombros novamente. "Na verdade, ele definitivamente perderia parte da liberdade criativa."

      Keira mordeu o lábio, considerando a premonição de Nina. Por que as coisas sempre precisam mudar tão rapidamente? Esta manhã, ela acordou com um parceiro amoroso e um trabalho incrível. Agora, ela estava ensopada de lágrimas e deprimida em uma cafeteria, novamente solteira e preocupada com sua situação empregatícia.

      "Bem, essa é uma maneira de tirar o meu pensamento de Shane," Keira disse a Nina com ironia.

      "Meu Deus, desculpe," disse Nina. "Eu não queria te preocupar. Tenho certeza de que nada mudará para você, nem para mim, nem para ninguém. Apenas para Elliot. Já passei por aquisições no passado, inúmeras vezes, na verdade. Geralmente, é imperceptível para a maioria dos funcionários."

      Keira fez beicinho. "Veremos," ela respondeu.

      Nina parecia estar um pouco em pânico, pensou Keira, e ela observou como sua amiga olhou para Bryn como se estivesse tentando induzi-la a assumir o comando da conversa. Bryn de repente se iluminou como se tivesse sido atingida por uma ideia.

      "Tenho uma ideia incrível," ela disse, seus olhos se arregalando.

      "Por que tenho a sensação de que não vou gostar nem um pouco?" Respondeu Keira, restringindo seu próprio pensamento.

      "Hoje à noite, vai ter essa festa incrível no Gino, aquele autêntico restaurante italiano na cidade," disse Bryn. "É com o tema de Halloween. Na verdade, o tema é Dia de Todas as Almas, que é um feriado italiano que nunca ouvi falar, mas parece muito assustador e eles estão levando muito a sério no Gino. Vai ser um baile de máscaras com comida gótica. Parece louco, mas de uma forma super. legal."

      Keira semicerrou ainda mais os olhos. Bryn estava tagarelando. "Continue …” Ela incentivou sua irmã.

      "O negócio é o seguinte," disse Bryn. "Fui convidada por um cara que conheci na outra noite, Malcolm.


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