Amada . Морган Райс
não é a espada. Eu apenas não quero que ele se vá.
Então, eu farei o que for preciso. Eu sempre quis tentar encontrar o meu pai, de qualquer forma. Eu quero saber quem ele realmente é. Quem eu realmente sou. Se eu realmente sou meio vampira, ou meio humana, ou seja lá o que for. Eu preciso de respostas. Ao menos, eu preciso saber no que estou me tornando…
*
“Caitlin?”
Ela acordou atordoada. Ela olhou para cima e viu Caleb a observando, com as mãos gentilmente em seu ombro. Ele sorriu.
“Eu acho que você caiu no sono,” ele disse.
Ela olhou em sua volta, viu o diário aberto em seu colo e o fechou rapidamente. Ela sentiu suas bochechas corarem, esperando que ele não houvesse lido nada. Especialmente a parte sobre os seus sentimentos por ele.
Ela se sentou e esfregou os olhos. Ainda era noite, e o fogo ainda estava queimando, apesar de estar quase apagando. Ele também deve ter acabado de acordar. Ela se perguntou por quanto tempo ela havia dormido.
“Desculpe,” ela disse. “É a primeira vez que eu dormi nos últimos dias.”
Ele sorriu novamente e atravessou o celeiro na direção do fogo. Ele jogou mais lenha na fogueira e elas estalaram e sibilaram, enquanto o fogo aumentava. Ela sentiu o calor alcançar os seus pés.
Ele ficou parado ali, observando o fogo, e seu sorriso sumiu lentamente enquanto ele se perdia em seus pensamentos. Enquanto observava as chamas, o seu rosto se iluminou com um brilho quente, o tornando ainda mais atraente, se isso fosse possível. Seus grandes olhos castanhos se abriram, e enquanto ela o observava, eles mudaram de cor para um verde claro.
Caitlin se endireitou e viu que seu copo de vinho tinto ainda estava cheio. Ela tomou um gole, e ele a aqueceu. Ela não havia comido em algum tempo, e o vinho subiu para a sua cabeça. Ela viu o outro copo de plástico ali e lembrou de suas boas maneiras.
“Posso servir um pouco para você?” ela perguntou e adicionou nervosamente, “quer dizer, eu não sei se você bebe—”
Ele riu.
“Sim, os vampiros também bebem vinho,” ele disse com um sorriso, se aproximou e segurou o copo enquanto ela servia.
Ela estava surpresa. Não pelas palavras dele, mas pelo seu sorriso. Era suave, elegante, e parecia se misturar agradavelmente com o lugar. Como tudo nele, seu sorriso era misterioso.
Ela olhou em seus olhos quando ele levantou o copo até os lábios, esperando que ele também olhasse nos seus.
Ele olhou.
Então, ambos olharam para longe ao mesmo tempo. Ela sentiu seu coração bater mais forte.
Caleb voltou para o seu canto e sentou sobre o feno, se recostando e olhando para ela. Agora, ele parecia a estar estudando. Ela se sentiu constrangida.
Ela passou a mão inconscientemente sobre suas roupas, e desejou que estivesse usando algo mais bonito. A sua mente voou enquanto ela tentava se lembrar do que estava usando. Em algum lugar no caminho, ela não conseguia se lembrar de onde, eles haviam parado brevemente em uma cidade, e ela havia ido até a única loja que eles tinham—uma loja do Exército da Salvação—e encontrado uma muda de roupas.
Ela olhou para baixo apavorada, e não reconheceu a si mesma. Ela estava usando calças jeans desbotadas e rasgadas, tênis grandes demais para ela, e um suéter por cima de uma camiseta. Sobre o suéter, ela usava um casado roxo desbotado, com um botão faltando, também grande demais para ela. Mas ele a aquecia. E naquele momento, era disso que ela precisava.
Ela se sentiu embaraçada. Por que ele tinha que vê-la daquele jeito? Era típico da sorte dela que, na primeira vez que ela conhecia um rapaz de quem realmente gostava, ela não tinha sequer a chance de ficar bonita. Não havia banheiro neste celeiro e, mesmo que houvesse, ela não tinha nenhuma maquiagem para colocar. Ela olhou para longe novamente, se sentindo envergonhada.
“Eu dormi por muito tempo?” ela perguntou.
“Eu não tenho certeza, também acabei de acordar,” ele disse, se recostando e passando a mão pelo cabelo. “Eu me alimentei cedo esta noite. Isso me deixou cansado.”
Ela olhou para ele.
“Me explique isso,” ela disse.
Ele olhou para ela.
“Se alimentar,” ela adicionou. “Tipo, como funciona? Você… mata pessoas?”
“Não, nunca,” ele disse.
O celeiro ficou silencioso enquanto ele elaborava seus pensamentos.
“Como qualquer coisa na raça dos vampiros, é complicado,” ele disse. “Depende do tipo de vampiro que você é, e o clã ao qual você pertence. No meu caso, eu só me alimento de animais. Cervos, na maioria das vezes. Existem muitos deles, e os humanos os caçam também—e nem sequer para comer.”
A sua expressão se tornou sombria.
“Mas outros clãs não são tão graciosos. Eles se alimentam de humanos. Normalmente, de indesejados.”
“Indesejados?”
“Sem-teto, andarilhos, prostitutas... pessoas que não serão notadas. É assim que sempre foi. Eles não querem chamar atenção para a raça.
“É por isso que nós consideramos o meu clã, a minha raça de vampiros, como tendo o sangue puro, e outros tipos como impuros. Do que você se alimenta…a energia daquilo impregna você.”
Caitlin ficou ali sentada, pensando.
“E eu?” Ela perguntou.
Ele olhou para ela.
“Por que eu quero me alimentar algumas vezes, mas não outras?”
Ele franziu a testa.
“Eu não tenho certeza. As coisas são diferentes para você. Você é mestiça. É algo muito raro… eu sei que você está se tornando adulta. Com outros, eles se transformam da noite para o dia. Para você, é um processo. Pode levar algum tempo para que você se estabeleça, para que passe por todas as mudanças que passará.”
Caitlin pensou e lembrou de suas dores de fome, como elas a haviam afligido de uma hora para a outra. Como elas a tornaram incapaz de pensar em qualquer coisa, a não ser se alimentar. Foi horrível. Ela temia que aquilo acontecesse novamente.
“Mas como eu vou saber quando aquilo acontecerá novamente?”
Ele olhou para ela. “Você não vai saber.”
“Mas eu jamais quero matar um humano,” ela disse. “Jamais.”
“Você não precisa. Você pode se alimentar de animais.”
“Mas e se isto acontecer quando eu estiver presa em algum lugar?”
“Você terá que aprender a controlar a fome. Precisa de prática. E força de vontade. Não é fácil. Mas é possível. Você pode controlá-la. É algo pelo qual todo vampiro passa.”
Caitlin pensou sobre como seria capturar e se alimentar de um animal vivo. Ela sabia que já era mais rápida do que jamais havia sido, mas não sabia se era tão rápida. E ela não saberia o que fazer se realmente conseguisse capturar um cervo.
Ela olhou para ele.
“Você me ensina?” ela perguntou, esperançosa.
Ele a olhou nos olhos, e ela pôde sentir seu coração batendo.
“Alimentar-se é algo sagrado em nossa raça. Sempre é feito sozinho,” ele disse, suavemente e quase se desculpando. “Exceto…” Ele parou.
“Exceto?” ela perguntou.
“Em cerimônias matrimoniais. Para unir marido e mulher.”
Ele