Vencedora, Derrotada, Filho . Морган Райс
o papel, sobre ossos que eram mais compridos do que um homem alto. Alguns desses ossos projetavam-se através da pele em espigões e espinhos que eram tão alongados quanto cabeças de lanças. A criatura era tão alta quanto um navio, parecendo poderosa e imparável. Sua cabeça era da espécie dos crocodilos e com escamas, com um único olho grande a olhar a partir do meio de seu crânio com um sinistro brilho amarelo.
N'cho estava lá com mais correntes, correndo em torno da besta, entregando-as a mais homens, para que, rapidamente, uma companhia inteira de guerreiros, de forma a sobreviver, segurasse a besta. Mesmo acorrentada assim, a criatura era terrivelmente perigosa. Parecia exalar uma sensação de morte, com as ervas ao seu redor a escurecerem simplesmente com sua presença.
Irrien estava ali quieto. Ele não puxou da espada, mas apenas porque não valia a pena. Como é que se matava algo que claramente não estava vivo em nenhum sentido que ele entendia? Mais concretamente, porque é que haveria de a querer matar, quando ela era exatamente o que ele precisava para ser capaz de lidar com os defensores de Haylon e com a miúda que supostamente era mais perigosa do que todos eles?
“Como prometido, Primeiro Pedregulho”, disse N'cho, com um gesto como se fosse um traficante de escravos a mostrar um prémio particularmente caro. “Uma criatura mais perigosa do que qualquer outra.”
“Perigosa o suficiente para matar um Ancião?”, quis saber Irrien.
Ele viu o assassino assentir como um cuteleiro orgulhoso de sua criação.
“Esta é uma criatura de pura morte, Primeiro Pedregulho”, disse ele. “Ela pode matar qualquer coisa que esteja viva. Acredito que te satisfaz?”
Irrien observou os homens a esforçarem-se para a conter, tentando avaliar a força pura da coisa. Ele não conseguia imaginar tentar lutar contra ela. Não conseguia imaginar ninguém a sobreviver ao seu ataque. Por poucos segundos, aquele único olho cruzou-se com seu olhar e a única impressão que Irrien teve ali foi de ódio: um ódio permanente e profundo de tudo o que estava vivo.
“Se depois a conseguires colocar lá novamente”, disse Irrien. “Não tenho nenhum desejo que a criatura se atire a mim.”
N'cho assentiu. “Não é uma coisa deste mundo, Primeiro Pedregulho”, disse ele. “O poder que a mantém vai se esgotar, com o tempo.”
“Leva-a para os barcos”, ordenou Irrien.
N'cho assentiu, gesticulando para os homens, dando ordens sobre onde puxar e com que força. Irrien viu quando um dos homens falhou o passo, e a fera atacou, dilacerando-o ao meio.
Irrien não tinha medo de muita coisa, mas aquela coisa o amedrontava. Porém, isso era uma coisa boa. Isso significava que a criatura era poderosa. Poderosa o suficiente para matar seus inimigos.
Poderosa o suficiente para terminar com aquilo, de uma vez por todas.
CAPÍTULO NOVE
Stephania estava impaciente numa sala de espera dentro da vasta casa de Ulren, mantendo suas feições tão perfeitamente inexpressivas como uma das estátuas que ali estava, independentemente do medo que sentia então. Ele estava com medo, apesar de ter planeado aquele momento, e apesar de tudo o que ela tinha feito para chegar ali.
Ela sabia, de sua tentativa de seduzir Irrien, o quão mal aquilo poderia correr. Um passo errado e poderia acabar morta, ou pior, vendida como prémio a algum homem rico. Felizmente, o antigo Segundo Pedregulho seria mais fácil de conquistar do que o primeiro.
A presença contínua dos bandidos que a tinham levado lá nada fazia para acalmar os nervos de Stephania. Eles não falavam com ela nem a tratavam com a deferência que a posição dela exigia. Em vez disso, os dois homens estavam perto da porta como carcereiros, enquanto a mulher tinha saído para ir dizer a Ulren que Stephania estava lá.
Stephania passou seu tempo a congeminar a melhor maneira de se apresentar. Escolheu um local onde estava um sofá no meio do chão, reclinando-se sobre ele elegantemente, até mesmo sedutoramente. Ela queria deixar claro para Ulren desde os primeiros momentos o porquê de ela ali estar.
Quando o Segundo Pedregulho entrou em sua sala de espera, com a bandida a andar ao lado dele, foi tudo o que Stephania conseguiu fazer para evitar se levantar e se ir embora. Manter um sorriso no rosto foi ainda mais difícil, mas Stephania tinha muita prática no que dizia respeito a disfarçar o que realmente sentia.
As estátuas de Ulren podiam ter mostrado um jovem homem robusto e atraente em seu auge, mas agora o Segundo Pedregulho estava longe disso. Ele era velho. Pior do que isso, a idade não tinha sido gentil com ele em suas rugas, em suas manchas de velhice, no enfraquecimento de seu cabelo e nas cicatrizes que ele tinha acumulado. Aquele era o tipo de homem com quem miúdas nobres brincavam sobre a mais pobre entre elas ter de casar por dinheiro, e não alguém que Stephania devesse ter vindo a considerar como um potencial marido.
“Primeiro Pedregulho Ulren,” disse Stephania, sorrindo enquanto se levantava. “É um prazer finalmente conhecê-lo.”
Ela mentia porque algo muito mais importante do que dinheiro estava em jogo. Aquele homem poder-lhe-ia devolver o reino. Ele poder-lhe-ia devolver o que lhe tinha sido tirado, e muito mais.
“Minha serva diz-me que tu és Stephania, a nobre que foi rainha do Império por pouco tempo”, disse Ulren. “Tu espalhaste rumores para atrair minha atenção. Agora já a tens. Espero que não te venhas a arrepender.”
Stephania ampliou seu sorriso deliberadamente, estendendo a mão para lhe tocar no braço. “Como é que eu me poderia arrepender de me encontrar com o homem mais poderoso do mundo? Especialmente quando eu tenho uma proposta para ele?”
Ela observou o rosto de Ulren, tentando ignorar o facto de que era difícil evitar imaginar de como seria deitar-se com ele. Isso era um problema para outro momento, e, em qualquer caso, Stephania faria o que fosse necessário.
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