Vizinho Silencioso. Блейк Пирс
sorriu, feliz ao perceber como as duas estavam começando a pensar pelo mesmo caminho, com a mesma velocidade.
- Bem, não tinha uma anotação em algum lugar dos arquivos sobre um parente do Mark? Alguém que morava perto de Falls Church?
- Sim, um primo. Mas pelo que eu soube, ele está viajando. Férias, eu acho.
Rhodes respondeu com um tom de indiferença que fez Chloe perceber que seguir os rastros do primo de Mark dificilmente as levaria a algum lugar.
Perto de casa, Chloe vagarosamente permitiu-se pensar em assuntos mais pessoais. Ela estava seriamente considerando telefonar para Danielle para pedir desculpas por seu comportamento no dia anterior. Mas aquele tipo de conversa com Danielle geralmente se tornava uma discussão interminável, e ela não estava com forças para isso.
As duas agentes voltaram à sede do FBI, trocando o carro do bureau pelos seus próprios, e se separaram. Chloe pensou mais uma vez em Danielle antes de ir embora. Considerou ir até a nova casa da irmã—um apartamento que ela havia alugado em um local em que seu ex-namorado jamais imaginaria que ela estaria.
Por fim, Chloe decidiu não ir até lá. Ela sabia que tudo ficaria bem entre as duas—que às vezes, era preciso apenas tempo para que ambas ficassem de bem. Mesmo assim... sabia que não conseguiria dormir àquela hora. E com o caso Fairchild obrigatoriamente parado até a manhã seguinte, outra ideia surgiu em sua mente. Uma ideia que a fez estremecer por dentro, fazendo-a sentir-se um pouco mal. No entanto, por impulso, Chloe acabou agindo quase que imediatamente.
Virou à esquina e apontou o carro na direção do apartamento de seu pai.
***
Chloe não tinha intenção de vê-lo de fato e de conversar a sós com ele. Mas precisava provar a si mesma que era capaz de passar por aquele local. Aquilo precisaria acontecer em algum momento, para que ela pudesse então acalmar-se o quanto antes.
O apartamento de seu pai ficava a menos de meia hora da sede do FBI, e a menos de vinte minutos de seu apartamento, porém em outra direção. Eram 10:08 quando Chloe entrou no estacionamento. A casa dele era do tipo que ficava colada a outra, e a outra, e a outra, num complexo de apartamentos. Ela sabia qual era o carro dele—um Ford Focus usado—e o viu estacionado exatamente em frente ao complexo. Uma luz estava acesa e podia ser vista através da janela principal.
Chloe parou, sem desligar o carro, olhando pela janela e imaginando o que ele estaria fazendo. Ele estaria simplesmente vendo TV? Lendo, talvez? Chloe imaginou se, ao apagar aquela luz e ir para a cama, seu pai teria visões sobre o passado... suas filhas, sua esposa morta. Perguntou-se se a tortura e o medo pelos quais ele fizera suas filhas passarem o mantinham acordado à noite.
Chloe esperava que sim.
A raiva começou a tomar conta de seu corpo. Correu por suas veias, como se fosse um veneno, até que Chloe percebesse que já estava segurando o volante com força a ponto de machucar suas mãos.
Talvez eu devesse entrar ali agora, ela pensou. Bater na porta e acabar com tudo. Contar a ele que eu sei o que ele fez... que eu li o diário da mãe.
A ideia foi convincente o suficiente para fazer seu coração querer saltar do peito. Um surto de adrenalina tomou conta de suas veias enquanto Chloe pensava aquilo.
Mas obviamente, ela não poderia ir até lá. Pelo menos não ainda...
Chloe encontrou a vaga vazia mais próxima no estacionamento e a utilizou para fazer a volta. Ela seguiu para casa, sem perceber, até o primeiro semáforo, que ainda estava segurando o volante com toda sua força.
CAPÍTULO OITO
Havia sido muito alarmante para Danielle perceber que, quando seu último relacionamento terminara, ela ficara novamente desempregada. A ideia de ter um bar para si mesma e a visão de um futuro muito bom para ser verdade haviam lhe feito imaginar uma vida completamente diferente durante alguns meses. Mas ali estava ela novamente, sem namorado e sem um trabalho decente.
Danielle sempre conseguira esconder bem seu descontentamento com trabalhos ridículos, mas dessa vez, estava sendo mais difícil. Ela estava trabalhando como bartender em um clube de strip tease—que a gerência fazia questão de não chamar de strip club. Eles preferiam chamá-lo apenas de “clube” ou de “casa masculina”. Para Danielle, não importava como o local era chamado. A verdade é que havia mulheres no palco, mexendo o bumbum na cara dos homens, no ritmo de músicas de Bruno Mars.
Ela terminou de preparar o mojito para um cliente—tentando entender como alguém pedia um mojito em um strip club—e o entregou. Ele tinha cerca de cinquenta anos e, ao pegar a bebida, não fez questão de esconder que estava olhando para os peitos dela. Ele sorriu e deu um gole na bebida, sem tirar os olhos dos peitos de Danielle.
- Você deveria estar no palco, sabia? – ele disse. Por fim, olhou nos olhos dela, talvez para que Danielle pudesse ver a seriedade em seu olhar alcoolizado.
- Uou, nunca tinha ouvido essa. Que cantada original.
Confuso, o cliente acabou virando os olhos e depois afastando-se do bar, sentando-se perto do palco.
Sim, muitos caras já tinham dito que ela deveria estar no palco e não no bar. Seu gerente era um deles. E mesmo que já tivesse passado por trabalhos muito humilhantes, Danielle sabia que jamais aceitaria tirar a roupa para que homens vissem e lhe dessem cinco ou dez dólares na calcinha.
Ela sabia que aquele era um trabalho temporário. Tinha que ser. Mas Danielle não tinha certeza do que fazer para sair dali. Talvez ela devesse terminar a faculdade. Faltava ainda um ano e meio... e mesmo que já fosse estar com quase trinta anos ao se formar, pelo menos o diploma significaria algo.
Não que seu trabalho atual não tivesse suas vantagens. Ela estava lá há cerca de um mês, trabalhando quatro noites por semana. Na segunda semana, havia ganhado mais de setecentos dólares de gorjeta só para si. Mas o problema era a atmosfera daquele lugar. Mesmo quando garotas góticas dançavam músicas que Danielle até gostava, ela sentia que precisava sair dali o quanto antes.
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