Caçador Zero. Джек Марс

Caçador Zero - Джек Марс


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um amigo. Um vizinho estava cuidando de suas filhas.

      O vizinho estava morto agora. Suas filhas estavam desaparecidas.

      Reid fez uma ligação quando chegou ao topo da escada e longe dos ouvidos curiosos.

      — Você deveria ter nos chamado primeiro — disse Cartwright como saudação. O Diretor Adjunto Shawn Cartwright era o chefe da Divisão de Atividades Especiais e, não oficialmente, o chefe de Reid na CIA.

      Eles já ouviram.

       — Como sabia?

      — Você está marcado — informou Cartwright. — Nós todos estamos. Sempre que nossa informação aparece em um sistema - nome, endereço, identificação social, qualquer coisa - ela é enviada automaticamente para a NSA como prioridade. Inferno, você recebe uma multa por excesso de velocidade que a agência saberá antes do policial te liberar.

      — Eu tenho que encontrá-las. — Cada segundo que passava era um coro estrondoso, o lembrando de que ele nunca mais veria suas filhas se não saísse agora, neste instante. — Eu vi o corpo de Thompson. Ele está morto há pelo menos vinte e quatro horas, o que é uma vantagem significativa para nós. Preciso de equipamentos e preciso ir agora.

      Dois anos atrás, quando sua esposa, Kate, morreu repentinamente de um acidente vascular cerebral isquêmico, ele se sentiu completamente entorpecido. Um sentimento atordoado de distanciamento tomou conta de si. Nada parecia real, como se a qualquer momento ele fosse acordar do pesadelo e descobrir que tudo tinha sido sua imaginação.

      Ele não estava lá por ela. Ele estava em uma conferência sobre a história da Europa antiga - não, isso não era verdade. Essa era a sua história para encobrir que ele estava em uma missão da CIA em Bangladesh, buscando o líder de uma facção terrorista.

      Na época, ele não estava com a Kate. Ele não estava presente para ajudar suas garotas quando elas foram levadas.

      Mas ele tinha certeza absoluta de que estará presente para elas agora.

      — Nós vamos ajudá-lo, Zero — assegurou-lhe Cartwright. — Você é um de nós e cuidamos dos nossos. Estamos enviando técnicos até sua casa para ajudar a polícia na investigação, fingindo ser o pessoal da Segurança Interna. Nossos forenses são mais rápidos; devemos ter uma pista de quem fez isso dentro de...

      — Eu sei quem fez isso — Reid interrompeu. — Foi ele.

      Não havia dúvida na mente de Reid de quem era responsável por isso, quem tinha vindo e levado suas filhas.

      — Rais. — Apenas dizer o nome em voz alta reascendeu a raiva de Reid, começando em seu peito e irradiando através de cada membro. Ele cerrou os punhos para impedir que suas mãos tremessem. — O assassino da Amun que escapou da Suíça. Foi ele.

      Cartwright suspirou.

      — Zero, até que haja provas, não sabemos com certeza.

      — Eu sei. Tenho certeza. Ele me enviou uma foto delas. — Ele tinha recebido uma foto, enviada pelo celular de Maya para o de Sara. A foto era de suas filhas, ainda de pijama, abraçadas na traseira da caminhonete roubada de Thompson.

      — Kent — o diretor djunto disse cuidadosamente. — Você fez muitos inimigos. Isso não é totalmente certo...

      — Foi ele. Eu sei que foi ele. Essa foto é uma prova de que elas estão vivas. Ele está me provocando. Qualquer outra pessoa teria apenas... — Ele não conseguiu dizer em voz alta, mas, quaisquer um dos outros inimigos que Kent Steele acumulara ao longo de sua carreira teria simplesmente matado suas filhas como vingança. Rais estava agindo assim porque ele era um fanático que acreditava estar destinado a matar Kent Steele. Isso significava que, cedo ou tarde, o assassino iria querer que Reid o encontrasse - e, com sorte, as garotas também.

      Elas estando vivas ou não quando o encontrasse... Ele apertou a testa com as duas mãos, como se pudesse de algum modo arrancar o pensamento de sua cabeça. Mantenha a cabeça no lugar. Você não pode pensar assim.

      — Zero? — Cartwright disse. — Você ainda está aí?

      Reid respirou calmamente.

      — Eu estou aqui. Escuta, precisamos rastrear a caminhonete do Thompson. É um modelo mais novo; tem uma unidade de GPS. Ele também está com o celular da Maya. Tenho certeza de que a agência tem o número nos arquivos. — Tanto a caminhonete quanto o celular poderiam ser rastreados; se os locais forem sincronizados e Rais não tiver abandonado nenhum deles ainda, isso lhes daria uma direção sólida por onde buscar.

      — Kent, escute… — Cartwright tentou dizer, mas Reid o cortou imediatamente.

      — Nós sabemos que há membros da Amun nos Estados Unidos — ele continuou, sem se alterar. Dois terroristas tinham ido atrás de suas filhas antes, em um calçadão de Nova Jersey. — Então é possível que haja um esconderijo da Amun em algum lugar dentro das fronteiras do país. Devemos entrar em contato com a H-6 e ver se conseguimos obter alguma informação dos detidos.

      A H-6 era uma prisão secreta da CIA, em Marrocos, onde os membros capturados da organização terrorista estavam atualmente detidos.

      — Zero — Cartwright tentou novamente se engajar na conversa unilateral.

      — Estou arrumando uma mala e saindo pela porta em dois minutos — Reid disse a ele enquanto se apressava para seu quarto.

      Cada momento que passava era um minuto em que suas garotas estavam mais longe de si.

      — O TSA deve estar em alerta, caso ele tente tirá-las do país. O mesmo com portos e estações de trem. E as câmeras de rodovias - podemos acessá-las. Assim que tivermos algo, peça a alguém que me encontre. Vou precisar de um carro, um que seja rápido. E um telefone da agência, um rastreador de GPS, armas...

      — Kent! — Cartwright gritou ao telefone. — Só pare por um segundo, tudo bem?

      — Parar? Elas são minhas filhinhas, Cartwright. Preciso de informações. Preciso de ajuda...

      O diretor adjunto suspirou pesadamente, e Reid imediatamente soube que algo estava muito errado.

      — Você não vai participar desta operação, agente — disse Cartwright. — Você é muito próximo.

      O peito de Reid pesou, sua raiva crescendo novamente.

      — Do que está falando? — ele perguntou em voz baixa. — Que diabos você está falando? Eu vou atrás das minhas filhas...

      — Você não vai.

      — Elas são minhas crianças...

      — Escute a si mesmo — disse Cartwright severamente. — Você está furioso. Está emocional. Isto é um conflito de interesses. Não podemos permitir isso.

      — Você sabe que eu sou a melhor pessoa para isso — disse Reid com firmeza. Ninguém mais iria atrás de suas filhas. Essa pessoa seria ele. Tinha que ser ele...

      — Desculpe-me. Mas você tem o hábito de atrair o tipo errado de atenção — declarou Cartwright, como se isso fosse uma explicação. — Os superiores, eles estão tentando evitar uma... Uma repetição de desempenho, digamos assim.

      Reid hesitou. Ele sabia exatamente do que Cartwright estava falando, embora não se lembrasse realmente disso. Dois anos atrás, sua esposa, Kate, morreu e Kent Steele enterrou a tristeza em seu trabalho. Ele partiu em longas semanas de insanidade, cortando a comunicação com sua equipe enquanto perseguia membros da Amun e pistas por toda a Europa. Ele se recusou a retornar quando a CIA o chamou de volta. Não dava ouvidos a ninguém - nem a Maria Johansson, nem a seu melhor amigo, Alan Reidigger. Do que Reid lembrava, ele deixou uma série de corpos em seu rastro, que a maioria descreveu como nada menos do que uma algazarra. Na verdade, essa era principal razão pela qual o nome “Agente Zero” era sussurrado igualmente em terror e desdém entre os insurgentes do mundo todo.

      E quando a CIA se cansou, eles enviaram


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