Para Sempre Natal. Софи Лав
e Chantelle riram, mas Emily se sentiu enjoada com o pensamento. Gravidez era difícil! Ela não queria que durasse mais do que o necessário! Mas talvez sua mãe estivesse certa. As gerações mais velhas eram muito menos mimadas e exigentes. Eles não tinham babymoons nem nada parecido. Às vezes, a maneira prática e descomplicada de fazer as coisas era melhor.
Elas terminaram de decorar o saguão e em seguida foram para a sala de jantar, onde colocaram flocos de neve brilhantes em todas as mesas e substituíram os centros de mesa de outono pelos de inverno. Ficou lindo e Emily se sentiu ainda mais animada para o Natal.
Mas a animação não era o suficiente para impedi-la de bocejar. O trabalho de decoração foi bastante cansativo e ultimamente ela não tinha mais tanta energia.
“Eu preciso parar um pouco,” confessou. “Se eu continuar no salão de baile, posso cair no sono!”
Ela notou então que Amy e Chantelle estavam trocando olhares maliciosos entre si.
“O que está acontecendo?” perguntou ela, colocando as mãos nos quadris.
“Nada,” disse Amy em um tom que sugeria o oposto.
“Podemos mostrar a ela?” perguntou Chantelle a Amy.
“Você decide. Você é quem queria que fosse uma surpresa.
“Mostrar-me o quê?” exclamou Emily.
Mas Chantelle e Amy estavam conversando entre si. Ela ficou impaciente.
“Pessoal, eu quero saber qual é a surpresa!” exclamou ela.
“Está bem,” disse Chantelle. “Venha comigo.”
Ela pegou-a pela mão e levou-a pelo corredor de teto baixo que se abria para o salão de baile. Mas em vez de seguir em frente, virou à direita, ao longo da passagem ainda menor que serpenteava até as dependências e a garagem. Elas pararam em uma das portas.
Emily franziu a testa, curiosa.
“Não tínhamos certeza de onde poderíamos fazer isso,” disse Chantelle. “Porque nós não queríamos ocupar um dos quartos da pousada. Então Amy sugeriu uma das dependências. E... ” Ela fez uma pausa dramática e abriu a porta.
Emily piscou, depois suspirou. A pequena sala estava completamente transformada. As paredes de tijolos expostos haviam sido rebocadas e pintadas de amarelo. Em vez do piso de cimento, havia um de vinil e, sobre ele, um tapete macio. A sala estava repleta de luzes – luminárias, pisca-piscas e luzes musicais giratórias que projetavam estrelas nas paredes.
“O que é isso?” perguntou Emily, atordoada.
“É a sala de jogos!” exclamou Chantelle.
Amy falou, então. “Achamos que seria legal se as meninas tivessem um local para brincar longe do resto da pousada. Um lugar onde elas pudessem fazer tanto barulho quanto quiserem sem perturbar nenhum dos hóspedes. E onde possam guardar seus brinquedos para que eles não fiquem espalhados por aí.”
Emily ficou muito impressionada. O quarto era lindo. Apenas precisava ser preenchido com brinquedos agora!
“Eu adorei, muito obrigada, pessoal,” disse ela, abraçando Amy e Chantelle, uma por vez.
Elas voltaram para a sala de estar para que Emily pudesse descansar antes que o resto da decoração começasse. Então, quando se sentiu rejuvenescida, elas assumiram a gigantesca tarefa de decorar o salão de baile.
“Sabem, está faltando alguma coisa,” disse Emily, assim que pendurou os últimos pisca-piscas.
“O que é?” perguntou Chantelle.
“Uma árvore de Natal!” exclamou Emily.
Os olhos de Chantelle se arregalaram de animação. “Claro. Mas precisamos de mais de uma, não é? Precisamos de uma para o salão de baile e outra para o saguão. E uma para a casa do Trevor. E para o spa. E o restaurante.”
“Parece que precisam de uma floresta inteira,” brincou Amy.
“Que tal irmos todas nós amanhã?” sugeriu Emily. “Yvonne estava me contando sobre uma incrível fazenda de árvores de Natal fora da cidade. Não é a que nós fomos no ano passado, esta parece ser realmente enorme. Nós poderíamos aproveitar o dia para isso”.
“Vovó Patty pode vir também?” perguntou Chantelle.
Emily balançou a cabeça. “Ela vai embora hoje”.
A expressão de Chantelle desanimou. Emily odiava vê-la triste.
“Por que você não pergunta a ela?” sugeriu Emily.
Patricia vinha surpreendendo-a recentemente. Talvez ela ficasse por perto se elas deixassem claro que a queriam também.
Chantelle saiu do salão de baile e caminhou pelo corredor, até onde Patricia estava relaxando na sala de estar.
“Vovó Patty!” exclamou Chantelle, sua voz alta o suficiente para percorrer todo o caminho até onde Emily cambaleava pela casa, tentando alcançá-la. “Você pode vir comprar árvores de Natal conosco amanhã?”
“Eu tenho um voo reservado para me levar para casa,” disse Patricia. “Está saindo esta noite.”
“Por favor,” disse Chantelle. Ela subiu no sofá ao lado de Patricia e abraçou-a em volta do pescoço. “Eu realmente quero que você fique.”
Patrícia parecia surpresa pelo afeto. Ela deu um tapinha no braço de Chantelle e olhou para Emily em pé na porta. Emily sorriu, tocada pela doce cena, por quanto amor Chantelle tinha para dar, mesmo para aqueles que se comportaram de maneiras que deveriam impedi-la. Sua capacidade de perdão e bondade sempre inspirava Emily.
“Bem, eu não quero atrapalhar,” disse Patricia, falando com Chantelle, mas direcionando suas palavras para Emily.
“Você não está atrapalhando,” disse Emily. “Nós adoramos ter você aqui. E a pousada nem está ocupada no momento. É a ocasião perfeita para ficar. Se você quiser.”
“Por favor!” implorou Chantelle.
Finalmente, Patricia sorriu. “Certo. Eu vou ficar e te ajudar a escolher uma árvore.”
Emily notou que Patricia ficou comovida por ser convidada, por ser bem-vinda depois de todo seu mau comportamento e das terríveis brigas que elas tiveram. Emily sentiu uma enorme sensação de gratidão, percebendo que a vida sempre mudaria para melhor. Parecia que nunca se era velho demais para sentir a alegria do Natal pela primeira vez!
CAPÍTULO DOIS
Chantelle parecia radiante quando Emily e Daniel chegaram para buscá-la na escola no dia seguinte, com Patricia sentada pacientemente no banco de trás. Ela parecia bem deslocada na caminhonete em seu traje elegante e blazer, mas Chantelle não pareceu notar. Ela saltou para o banco de trás, radiante, com as bochechas rosadas devido ao tempo frio.
“Hora da árvore de Natal!” declarou ela.
Daniel estava dirigindo. O tempo ainda não tinha mudado completamente, embora estivesse muito mais frio do que antes. Não havia nem geada, o que era comum nessa época do ano. Emily estava grata pelo fato do tempo ter ajudado até agora. Isso significava que Evan, Clyde e Stu tinham sido capazes de fazer seu trabalho na ilha sem problemas.
A fazenda de árvores de Natal ficava bem longe de Sunset Harbor. Eles poderiam, é claro, ir até o depósito em Ellsworth, mas isso não seria uma experiência mágica para Chantelle! Então eles foram ainda mais longe, para a de Taunton Bay.
Enquanto desciam a pequena e esburacada estrada que levava à fazenda, Emily percebeu que a jornada extra valia a pena. A fazenda de árvores de Natal era enorme e, graças à encosta inclinada que percorria todo o caminho da estrada até o lago, eles tinham uma incrível vista de todas as árvores.
“Parece