Para Sempre Natal. Софи Лав
reservas de abril. Era uma coisa a menos para se preocupar!
“Você já pensou mais sobre a babymoon?” perguntou Amy.
“Não muito,” respondeu Emily.
“Deveria ir,” insistiu Amy. “Seu tempo está se acabando!” Ela acenou com a cabeça para a barriga de Emily. Em seguida, acrescentou: “Há alguns hotéis encantadores que fazem bons pacotes de babymoon.”
Emily estreitou os olhos, suspeita. “Você andou pesquisado?”
Amy sorriu diabolicamente. “Só um pouco. Olhe no bolso atrás do assento.”
Revirando os olhos alegremente, Emily inclinou-se para trás e encontrou uma pilha de revistas de luxo. Ela levantou-as. “Um pouco?” brincou ela.
“Ok, talvez bastante,” confessou Amy. “Eu realmente quero que você tenha uma folga! Meu favorito está no topo. O spa no Quebec.”
Emily olhou para o primeiro hotel da seleção de Amy. Localizado na parte antiga da cidade do Quebec, parecia mais um castelo do que um hotel.
“É no antigo centro da cidade,” disse Amy. “Então, há muita cultura e outras coisas. As muralhas da cidade. Uma cidadela. Um monte de museus”.
“Tem certeza de que você não quer ir?” brincou Emily, levantando uma sobrancelha.
Amy riu. “Claro que quero. Quando for a minha vez, sim. Mas meu foco agora é o casamento e a casa. Quando for hora da babymoon, eu irei para lá, prometo. Ela se inclinou e bateu no topo da revista.
Emily olhou novamente para o impressionante castelo. Talvez não fosse uma má ideia. O pacote babymoon incluía uma massagem pré-natal especial para a futura mamãe e uma massagem anti-estresse para os futuros papais. Além disso, todos os produtos eram naturais, sem substâncias químicas nocivas, e todos os alimentos eram orgânicos. Parecia idílico. A Dra. Arkwright certamente aprovaria que Emily reduzisse seus níveis de estresse. Antes tarde do que nunca!
“Daniel provavelmente vai apresentar uma razão muito lógica e prática para não irmos,” disse Emily. Ela listou nos dedos. “Chantelle. A ilha. Minha data de parto iminente. Só para citar alguns.” Mas de qualquer forma ela colocou a revista em sua bolsa para mostrá-la mais tarde. Talvez pudesse convencê-lo.
Elas entraram no caminho do local da primeira visita. Emily adorou de imediato. O gramado externo era grande, com uma sebe para a privacidade extra, e havia espaço suficiente para pelo menos dois carros estacionarem do lado de fora. A casa era ainda mais bonita ao vivo. Havia uma adorável varanda na frente, não tão grande quanto a que envolvia a pousada, mas tinha espaço para uma cadeira de balanço e uma mesa de bistrô com cadeiras.
“Eu já posso dizer que vou adorar,” disse Emily.
Mas Amy não parecia tão convencida. “É um pouco abaixo do esperado,” disse ela.
“Você está louca?” engasgou Emily. “Parece coisa de filme!”
“Sim,” Amy continuou, em uma voz distraída. “Um filme de tédio.”
Emily revirou os olhos para o perfeccionismo de Amy, mas, ao mesmo tempo, ela sabia que não deveria ser tão dura. A vida de Amy fora completamente diferente da de Emily. Seu negócio no dormitório da faculdade tinha sido bem sucedido e ela comprou seu apartamento em Nova York ainda com vinte e poucos anos. Para Amy, a casa sempre significava independência. Agora significaria domesticidade. Emily tinha que admitir que, para o gosto de Amy, possivelmente era um pouco razoável demais. Não havia elevador para negociar, nenhum barulho de tráfego à distância. Em suma, não havia desafio. Se Amy iria ser feliz nesta nova etapa de sua vida, percebeu Emily, teria que encontrar uma casa excepcional, não apenas uma adorável.
*
Após um longo dia visitando casas e locais para o casamento, Emily precisava de uma soneca na pousada. Ela estava começando a ficar incrivelmente cansada nessas últimas semanas de gravidez, mas sabia que teria que se acostumar com isso, porque quando a bebê Charlotte nascesse, só pioraria!
Ela cochilou na cama, entrando e saindo do sono, aproveitando a oportunidade de uma casa vazia para deixar os cachorros dormirem no final da cama – algo que geralmente era proibido. Ela leu o folheto do spa no Quebec, refletindo sobre como iria passar a ideia para Daniel. Então se lembrou de uma promessa que fizera a Chantelle: convidar o Vovô Roy para o Natal.
Quando Chantelle pediu, ela não tivera coragem de contar que o pai não entrava em contato há vários dias e que as mensagens de voz que deixara para ele não haviam sido respondidas. Na verdade, ela percebia agora, não tinha coragem de admitir isso para si mesma. Ela anulou esses pensamentos completamente, não querendo sequer considerar por uma fração de segundo o que isso poderia significar; que seu pai havia falecido. Até mesmo agora, não se permitia pensar nisso. Ele tinha Vladi, seu amigo íntimo, para cuidar dele, e ela fez o idoso grego prometer ligar se algo acontecesse. Preferia acreditar que Roy estava em alguma aventura, se divertindo muito para notar a passagem dos dias.
Pegou seu laptop e escreveu um e-mail rápido. A abordagem por telefone claramente não funcionava, e mesmo que ele fosse muito menos responsivo com os e-mails, parecia uma boa ideia mudar de tática.
Querido Papai,
Liguei algumas vezes, mas não obtive resposta, o que, presumo, significa que você está aproveitando ao máximo o clima grego e navegando com Vladi! Chantelle está perguntando se você virá no Natal. Eu sei que você deixou claro que não queria voar, especialmente para um lugar tão frio quanto o Maine, mas, por favor, considere isso. Você sabe que você é pessoa favorita no mundo para ela!
Com todo meu amor,
Emily.
Ela clicou em enviar e percebeu que seu rosto estava molhado pelas lágrimas. Ela enxugou-as.
Enquanto guardava seu laptop, ouviu o som da porta da pousada se fechando. Provavelmente Lois estava prestes a começar seu curto turno na mesa da recepção, ou era Bryony se instalando em seu posto de trabalho habitual no salão de visitas para trabalhar nos anúncios de inverno. Mas então ouviu passos subindo as escadas, pesados e rápidos, e os reconheceu imediatamente como sendo de Daniel.
“Mogsy! Chuva! Fora da cama!” disse ela apressadamente, tentando afugentá-los. Tarde demais. A porta se abriu.
“Olá, querida!” exclamou Daniel, sorrindo de orelha a orelha.
“O que você está fazendo em casa tão cedo?” perguntou ela, animadamente surpresa, mas também culpada.
Como se não se importasse com nada no mundo, Daniel entrou e sentou no final da cama, acariciando Chuva.
“Jack está na carpintaria esta tarde,” disse ele enquanto acariciava a longa orelha do cão. “Tivemos uma enorme encomenda para uma escadaria de contos de fadas para um bar mitzvah e, bem, você conhece Jack, ele aceita qualquer desculpa para estar no trabalho, em vez de ficar em casa.”
“Toda essa coisa de aposentadoria não dá certo com ele, não é?” riu Emily, voltando seu olhar para a cadela, em seguida, para Daniel.
“Não,” riu Daniel em resposta.
Mogsy choramingou por atenção, e ele segurou o rosto dela com ambas as mãos e beijou-a no alto da cabeça.
“Ainda bem que você abrirá sua própria loja em breve,” disse Emily, ainda um pouco desconcertada porque Daniel não a repreendera por deixar os cachorros na cama. “Você já contou a ele?”
“Ainda não. Mas eu, sinceramente, não acho que ele irá se importar. Isso lhe dará uma desculpa para dizer à esposa que precisa voltar ao trabalho. Ela pode pensar em mim como um vilão por um tempo, mas Jack provavelmente será muito grato!”
“Por favor, não vamos ser assim depois de trinta anos de casamento.”
Daniel riu. “De jeito nenhum. Eu não consigo ver nenhum de nós se aposentando. E você?”