Amor Como O Nosso. Софи Лав

Amor Como O Nosso - Софи Лав


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precisava ter se incomodado.

      – Uau! – Cristiano exclamou. – Maravilha!

      No fundo, ela ouviu o som das buzinas e sirenes de ambulância.

      – Como está indo seu tour solo por Nova Iorque? – ela perguntou a ele.

      – Ótimo – ele respondeu com entusiasmo de criança. – Andei de metrô por vários lugares, caminhei por alguns parques. Agora estou ao lado de um lugar chamado Teardrop Park.

      Keira ficou atônita. – Você está bem na esquina do meu escritório!

      – Estou? – Cristiano perguntou, surpreso.

      – Sim! Você deveria vir me ver – ela adicionou, pensando em como todos na revista queriam conhecê-lo. – Posso te apresentar para algumas pessoas.

      – Eu adoraria – ele respondeu.

      Keira lhe deu instruções para caminhar pela curta distância até onde o escritório dela estava localizado. Alguns minutos depois, ela o viu virando a esquina ao longe. Sua beleza a deixava atônita, fazendo seu coração palpitar.

      Quando ele a alcançou, ela jogou os braços ao redor de seu pescoço e o beijou. Em seguida, pegou sua mão e o conduziu para dentro.

      – Pessoal – ela anunciou. – Esse é Cristiano.

      Todos se apressaram para conhecê-lo. Denise parecia estar cara a cara com uma celebridade. Lisa parecia estar prestes a desmaiar. Pela primeira vez, Keira sentiu a emoção de estar com alguém a quem todos adoravam, ao invés do medo dele ser roubado dela.

      Elliot saiu de seu escritório, avaliando Cristiano com os olhos. Ele claramente aprovou o que viu e veio apertar a mão de Cristiano.

      – Keira te contou a novidade? – ele perguntou.

      – Sobre Paris? – Cristiano respondeu com um aceno de cabeça. – Sim, e eu mal posso esperar. Muito obrigado por providenciar para que eu também fosse. É um sonho realizado viajar o mundo com a mulher que eu amo.

      Ele abraçou Keira, apertando-a contra si. Denise e Lisa visivelmente se derreteram.

      Nina foi a próxima a vir conhecer Cristiano. Ao menos ela foi respeitosa o suficiente em não deixar seu queixo cair até o chão. Ela apenas apertou sua mão cordialmente. Mas havia um brilho por trás de seus olhos que fez Keira suspeitar.

      – Você sabia que a Stella está vindo hoje? – ela perguntou a Keira.

      – Stella, a designer da capa? – Keira respondeu. – Não, por quê?

      O olhar de Nina estava atentamente fixo em Cristiano, como que o avaliando. – Estou só pensando em tirar uma foto de perfil de vocês dois. Uma que possamos colocar na assinatura.

      Keira franziu a testa. No momento, era seu rosto e biografia na linha de assinatura. Ela era a escritora, no fim das contas. Eram as palavras dela, não de Cristiano.

      – Não sei – ela disse, soando um pouco afetada.

      – Você está certa – Nina concordou. – A assinatura é muito pequena. Vocês deveriam ser as estrelas da capa.

      Elliot começou a aplaudir, animado com a perspectiva.

      – Esperem um minuto – Keira exclamou, seus olhos arregalados de choque. Ela olhou para Cristiano. – Não podemos estar na capa.

      Cristiano claramente não estava vivenciando o mesmo pavor de Keira. Ele não parecia minimamente intimidado pela sugestão.

      Nina e Elliot ignoraram seus protestos, ocupados depois conversando entre si, repassando os detalhes, batendo os dedos nos queixos enquanto examinavam Cristiano como se ele fosse um dos modelos que Stella havia contratado para suas sessões de fotos.

      – Pessoal! – Keira exclamou, tentando chamar atenção. – Não vamos fazer isso.

      Elliot virou-se para ela finalmente e franziu o cenho. – Seus artigos são os mais populares. É por isso que a maioria dos leitores assina a Viatorum.

      Ele falou aquilo com simplicidade, como se não passasse de uma decisão de negócios lógica.

      – Nina, talvez devêssemos mostrar a ela o gráfico da pesquisa de mercado? – ele adicionou.

      – Não preciso de um gráfico para tomar minha decisão – Keira gaguejou. – Eu não quero estar na capa, ponto final. Não sou atraente o bastante. Existe uma razão para algumas pessoas decidirem passar seus dias escondidas atrás de um computador!

      – Não seja boba, Keira – Cristiano exclamou. – Você é linda. Você só não vê. Talvez uma sessão de fotos profissionais fosse a coisa certa para aumentar sua confiança.

      Keira chacoalhou a cabeça, atônita, em choque. Isso não podia estar acontecendo. Esse era seu pesadelo, sair dos bastidores para os holofotes. Ela pensou em Bryn, que era realmente bonita. Ela não pareceria comum ao lado de Cristiano como Keira ficaria.

      Nesse momento, as portas se abriram e Stella entrou com seu grande estojo de câmera preto pendurado em seus ombros. Era intimidador demais para Keira.

      Nina acenou para que ela se aproximasse.

      – Estávamos acabando de contar a Keira e Cristiano sobre a foto de capa – ela disse a Stella. – Você tem tempo para fazer isso hoje?

      – Com certeza – Stella disse, seu olhar fixo em Cristiano com aprovação.

      Keira sentiu-se ainda pior. Ele era tudo o que todos queriam ver, não ela. Ela só iria arruinar as fotos.

      – Vamos, meu amor – Cristiano disse a ela gentilmente. – É só um pouco de diversão. Uma memória para olhar para trás. Algo para mostrar para os nossos pais. E nossos filhos, um dia.

      Keira não pôde evitar deixar que a gentil adulação dele acalmasse seus medos. Se Cristiano estava pensando em futuros filhos, então ao menos estava esperando estar com ela no longo prazo. Talvez capturar algumas imagens do amor deles enquanto eram jovens e sem rugas não fosse a pior ideia do mundo.

      – O que eu teria que fazer? – ela perguntou a Stella, cedendo só um pouquinho.

      – É a França – Stella disse. – Então vamos fazer um tema romântico de filme em preto e branco. Telhados. Paisagem com a Torre Eiffel ao fundo. Vestido bonito. Um beijo romântico.

      – Beijo? – Keira gemeu, sua ansiedade retornando.

      – Mas em preto e branco – Cristiano disse, com um sorriso maroto. – Todo mundo fica perfeito em preto e branco.

      Ele pegou a mão dela e puxou gentilmente. Ela o deixou guiá-la até a área de fotos, onde havia luzes brilhantes apontadas para uma grande tela branca, com duas telas similares de cada lado fazendo uma espécie de caixa de três lados. Também havia uma maquiadora lá, trabalhando em uma linda modelo, e um cabideiro de roupas.

      – Ai, Deus – Keira murmurou.

      Stella foi falar com a maquiadora. A conversa delas ficou fora do alcance de voz de Keira, mas ambas olhavam para ela. Claro que ela precisaria ser maquiada para a foto, ao contrário de Cristiano, que basicamente acordava pronto para a câmera.

      A maquiadora falou com a modelo, que se levantou e foi até o sofá, parecendo um pouco chateada por ter sido interrompida no meio de sua maquiagem. Keira assistiu enquanto ela andava, olhando para sua figura incrível e suas pernas longas e finas. Ela era tão alta, ao contrário de Keira, cuja altura era um pouco abaixo da média.

      Stella veio com rapidez e pegou a mão de Keira.

      – Transformação profissional grátis – Cristiano disse, dando de ombros. – Vale a pena só por isso.

      Keira cerrou seus dentes e permitiu que Stella a colocasse na cadeira de maquiagem.

      – Não vou precisar fazer muita coisa – a maquiadora contou a


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