Amor Como O Nosso. Софи Лав

Amor Como O Nosso - Софи Лав


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da Nova Zelândia.

      Keira estreitou os olhos para Bryn. Cristiano olhou de uma irmã para a outra, como se preso em algo que ele não entendia completamente. Finalmente, ele se levantou, claramente decidindo seguir Keira. Ela assentiu decisivamente em reconhecimento de sua vitória.

      – Amanhã – Cristiano disse a Bryn. – Obrigada pelo vinho.

      Keira notou que ele não tinha terminado sua taça. Ela sentiu-se mal por levá-lo, mas ela conhecia Bryn melhor do que ele. Deixá-la sozinha com ele era um perigo em potencial!

      – Boa noite – Keira despediu-se de Bryn ao arrastar sua mala até o quarto.

      Cristiano entrou atrás dela. Assim que ele estava do lado de dentro, Keira fechou a porta atrás dele. Ela se recostou contra ela e respirou fundo.

      – Sinto muito por isso – ela disse.

      Cristiano parecia confuso. – Não entendo. Ela pareceu bem legal.

      – Ela estava flertando com você! – Keira respondeu, sacudindo a cabeça.

      Cristiano não parecia nem um pouco preocupado – Eu não me importo.

      – Bem, eu me importo – Keira disse a ele. – Ela é minha irmã. É rude.

      Cristiano apenas deu de ombros. Ele veio e envolveu os braços ao redor de Keira. – Você sabe que eu só tenho olhos para você – ele disse, espremendo o corpo dela contra si.

      – Não é com você que eu estou preocupada – Keira respondeu, relaxando contra ele. – É com todas as outras mulheres com sangue quente no mundo.

      Então, ela foi tomada por um súbito entendimento. Na Itália, Cristiano, apesar de ser inquestionavelmente lindo, era um entre muitos. Aqui, em Nova Iorque, ele era uma criatura exótica, um italiano de verdade, um modelo saído das páginas de um catálogo de moda. Sua cidade apresentava um novo conjunto de desafios ao relacionamento deles que ela ainda não tinha considerado.

      Havia só uma solução. Ela teria que manter Cristiano completamente ocupado do amanhecer ao entardecer, supervisionado de manhã, de tarde e de noite!

      – Nós deveríamos levantar cedo amanhã – ela disse, movendo-se do abraço. Ela começou a desfazer a cama. – Só um dia do fim de semana para aproveitar antes de eu voltar para o trabalho. Temos muitos pontos turísticos para ver.

      Cristiano sorriu largamente. – Mal posso esperar. Mas nós não vamos dormir agora, vamos? – ele ofereceu a ela um de seus olhares sugestivos. – Estive confinado em um avião por horas. Tem muita energia reprimida dentro de mim.

      O sorriso de Keira arqueou. Ela alcançou o interruptor. – Como você quiser – ela murmurou, apagando a luz e os mergulhando na escuridão.

      CAPÍTULO TRÊS

      Keira acordou ao som estridente do despertador. Ele dizia que era sete da manhã, mas graças à mudança de fuso horário e ao relativamente pouco tempo que ela e Cristiano tinham usado a cama para dormir, o corpo dela sentia que ainda era de madrugada. Sentia-se grogue, como se tivesse tirado um cochilo mal planejado no meio do dia.

      Mas, apesar do desconforto físico, mentalmente estava incrivelmente empolgada para o dia pela frente. Ela pulou da cama, energizada pela animação e pela adrenalina vinda da exaustão.

      Ela voltou o olhar para Cristiano. Ele ainda dormia profundamente.

      – Acorde – ela disse, debruçando-se sobre ele e beijando sua testa.

      Seus olhos se abriram piscando. – Preciso mesmo? – ele disse, bocejando. – Aquele voo longo me esgotou.

      – Foi o voo que te esgotou, hã? – Keira falou sugestivamente, com uma piscada.

      Mas ela percebeu que Cristiano tinha voltado direto para o sono!

      Ela decidiu deixá-lo descansar e foi se aprontar para o dia.

      Ela entrou sorrateiramente na sala. Estava escuro e Bryn roncava alto. Cuidando para ser o mais quieta possível e não acordar a besta adormecida, ela passou por sua irmã na ponta dos pés e tomou um banho rápido, removendo o resíduo do avião e os últimos resquícios da Itália de sua pele.

      Quando retornou ao quarto, viu que Cristiano ainda estava em um sono profundo e tranquilo. Ela suspirou e decidiu que poderia muito bem descer as roupas sujas até a lavanderia na esquina. Não havia sentido em perder tempo, já que ela estaria de volta ao escritório amanhã.

      Ela esvaziou sua mala rapidamente e recolheu as roupas espalhadas da noite anterior, adicionando-as à trouxa antes de sair apressada do apartamento, ao longo do corredor, descendo as escadas e saindo na rua.

      Era uma manhã excepcionalmente fria e ela sentiu um maravilhoso senso de nostalgia. Ela não tinha passado quase nenhum tempo em Nova Iorque nos últimos dois meses e era ótimo estar em casa; o som familiar do tráfego, o cheiro familiar da fumaça. Isso a fazia pensar no Dia de Ação de Graças, e ela sorriu para si mesma ao saber que não teria que esperar muito até o seu feriado favorito. Esse ano seria ainda mais especial com Cristiano lá para aproveitar com eles. Isso é, se ele permanecesse até lá.

      Estava vazio dentro da lavanderia e Keira carregou a máquina com roupas sujas de várias semanas, enchendo a gaveta com detergente e adicionando algumas moedas de vinte e cinco centavos. Ela tinha apenas trocados suficientes para uma lavagem rápida – ainda não tinha tido tempo de obter dinheiro local –, mas uma rodagem de trinta minutos era melhor do que nada.

      Uma vez que a máquina começou a rodar, ela correu para fora, desejando voltar para Cristiano, acordá-lo e o conduzir para fora do apartamento (e das garras) de Bryn o mais rápido possível.

      Mas, uma vez de volta ao quarto, ela descobriu que Cristiano ainda estava dormindo muito profundamente. Ela o beijou outra vez para tentar acordá-lo.

      – Bela adormecida – ela disse, mais viva dessa vez, sua voz um pouco mais alta, mais irritantemente exigente. – Temos que levantar e sair!

      Cristiano lamentou. – Não podemos ter um dia de preguiça na cama? – ele gemeu. – Estamos sem parar há semanas. Nós merecemos relaxar só por uma manhã, não?

      Keira sacudiu a cabeça, pensando em Bryn no outro cômodo. Eles tinham que escapar antes que ela acordasse.

      – Não – ela respondeu. – Nova Iorque inteira nos espera!

      Cristiano bocejou, dando as costas para sua voz alta. – E ela ainda vai estar lá à tarde, depois do café da manhã.

      – Mas é melhor aproveitar de manhã – Keira contestou, levantando as cobertas dele. – Confie em quem é daqui.

      Cristiano desistiu de discutir e, tremendo, saiu da cama.

      – Por que você está com tanta pressa? – ele gemeu.

      – Porque temos tanta coisa para fazer! – ela respondeu, rapidamente vestindo um par de botas de inverno de Bryn. Todos os seus calçados de inverno estavam estocados em uma caixa em algum lugar; seus pertences do apartamento de Zach espalhados em vários lugares, desde seu quarto na casa de sua mãe até o sótão de Shelby e David e o armário de Bryn. Havia até uma caixa escondida sob sua mesa na Viatorum.

      – Posso ao menos tomar um banho? – Cristiano perguntou.

      Keira mastigou seus lábios. Cada minuto desperdiçado era um minuto mais perto de Bryn acordar e tentar colocar suas garras em Cristiano. Mas Keira não podia negar suas necessidades humanas básicas.

      – Claro – ela disse alegre, fingindo calma. Ela foi até o armário de Bryn e puxou uma toalha macia. – Aqui – ela disse, entregando-a a ele com shampoo e gel de banho de sua bagagem. – O chuveiro é no fim do corredor.

      Ele beijou-lhe em agradecimento e desapareceu do quarto. Keira afundou-se na cama, já exausta. Isso não seria fácil.


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