Uma Jóia Para Realezas. Морган Райс
disse Angelica. “Você deve—”
“Não me diga o que eu devo fazer!”
A Viúva a olhou do alto, e Angelica sentiu medo de verdade.
“Você tem sido uma cobra desde o início,” disse a Viúva. “Você tentou forçar o meu filho a se casar usando truques. Você buscou progredir às custas da minha família. Você é uma mulher que contrata assassinos e espiões, que mata aqueles que ficam contra você. Enquanto eu achava que você pudesse manter meu filho longe da sua ligação iludida a essa garota, eu podia suportar tudo isso. Não mais.”
“Não é pior do que você já fez,” insistiu Angelica. Ela sabia assim que disse que era a coisa errada a dizer.
Um sinal da Viúva, e o guarda estava forçando Angelica brutamente a ficar de pé.
“Eu só agi como precisava para preservar minha família,” disse a Viúva. “Cada morte, cada acordo, era para que meus filhos não fossem mortos por alguém interessado em tomar nosso poder. Alguém como você. Você age só por você mesma, e você morrerá por isso.”
“Não,” disse Angelica, como se essa única palavra tivesse o poder de parar isso. “Por favor, eu posso consertar isso.”
“Você teve suas chances,” disse a Viúva. “Se meu filho não se casará com você voluntariamente, eu não vou força-lo a deitar-se com uma aranha como você.”
“A Assembleia dos Nobres… minha família…”
“Ah, eu provavelmente não poderei faze-la usar a máscara de ferro por suas ações,” disse a Viúva, “mas existem outros meios. Seu noivo acabou de abandona-la. Sua rainha acabou de falar severamente com você. Em retrospectiva, eu devia ter percebido o quão chateada você estava, quão frágil…”
“Não,” disse Angelica novamente.
A Viúva olhou para além dela, para o guarda. “Leve-a ao telhado e a jogue. Faça parecer como se ela tivesse pulado pelo sofrimento de ter perdido Sebastian. Certifique-se de não ser visto.”
Angelica tentou implorar, tentou lutar para se livrar, mas aquelas mãos fortes já a puxavam para trás. Ela fez a única coisa que podia, e gritou.
CAPÍTULO CINCO
Rupert ficava cada vez mais nervoso enquanto andava pelas ruas de Ashton, em direção às docas. Ele deveria estar caminhando seguido por clamores afetuosos do povo, celebrando sua vitória. Ele deveria ter o povo aplaudindo seu nome e jogando flores. Deveriam haver mulheres ao longo da sua rota ardentes por ele, se atirando, e jovens invejosos por não serem como ele.
Ao invés disso, só haviam ruas molhadas e pessoas ocupadas com qualquer que sejam os afazeres que ocupam aldeões quando eles não estão celebrando seus superiores.
“Sua alteza, está tudo certo?” perguntou o Senhor Quentin Mires. Ele andava entre a dúzia de soldados que foram escolhidos para acompanha-lo, provavelmente para assegurarem que ele embarcaria sem sumir. Provavelmente com ordens para obter a localização de Sebastian antes que ele partisse. Não era nem próximo da mesma coisa. Não era nem o suficiente para ser considerado uma escolta de honra de verdade.
“Não, Sr. Quentin,” disse Rupert. “Não está nada certo.”
Ele deveria ser o herói do momento. Ele sozinho havia detido a invasão, enquanto sua mãe e irmão tinham sido muito covardes para fazer o necessário. Ele havia sido o príncipe que o reino precisava naquele momento, e o que ele estava recebendo em troca?
“Como é que é exatamente nas Colônias Próximas?” ele exigiu.
“Me disseram que suas ilhas variam, sua alteza,” disse o Sr. Quentin. “Algumas são rochosas, algumas arenosas, outras tem pântanos.”
“Pântanos,” repetiu Rupert. “Minha mãe me enviou para governar pântanos.”
“Me disseram que há grande variedade de vida selvagem lá,” disse o Sr. Quentin. “Alguns dos homens do reino que estudam ciências naturais passam anos lá na esperança de fazerem descobertas.”
“Então, pântanos infestados?” disse Rupert. “Você sabe que não está ajudando, Sr. Quentin?” Ele decidiu fazer as perguntas importantes, enumerando com os dedos. “Existem bons ringues de apostas lá? Cortesãs famosas? Drinks locais dignos de nota?”
“Me disseram que o vinho é—”
“Que se dane o vinho!” Rupert exclamou em resposta, não conseguindo se segurar. Geralmente, ele fazia melhor o papel de príncipe de ouro que as pessoas esperavam. “Desculpe-me, Sr. Quentin, mas a qualidade do vinho ou a abundância da vida selvagem não compensam o fato de eu estar sendo praticamente exilado.”
O outro homem baixou a cabeça. “Não, sua alteza, claro que não. Você merece coisa melhor.”
Essa era uma declaração tão óbvia quanto inútil. Mas é claro que ele merecia coisa melhor. Ele era o mais velho dos príncipes e o herdeiro legítimo ao trono. Ele merecia tudo que seu reino tinha a oferecer.
“Estou quase tentado a dizer à minha mãe que eu não vou,” disse Rupert. Ele olhou à sua volta para Ashton. Ele nunca achou que sentiria falta de uma cidade fedida e suja como essa.
“Isso seria… imprudente, sua alteza,” disse o Sr. Quentin, usando aquela voz especial que ele tinha que significava que ele estava evitando chamar Rupert de idiota. Ele provavelmente achou que Rupert não notasse. As pessoas geralmente achavam que ele era burro, até ser tarde demais.
“Eu sei, eu sei,” disse Rupert. “Se eu ficar, corro o risco de ser executado. Você realmente acha que minha mãe mandaria me executar?”
A pausa foi longa enquanto o Sr. Quentin procurava pelas palavras certas.
“Você acha. Você realmente acha que minha mãe mandaria executar seu próprio filho.”
“Ela tem uma certa reputação de… crueldade,” o cortesão assinalou. Sinceramente, era assim que homens com conexões na Assembleia dos Nobres falavam o tempo todo? “E mesmo se ela não fosse adiante com sua execução, aqueles à sua volta poderiam estar… vulneráveis.”
“Ah, então é com sua própria pele que você está preocupado,” disse Rupert. Isso fazia mais sentido para ele. Ele aprendeu que na maioria das vezes as pessoas se preocupam somente com seus próprios interesses. Era uma lição que ele havia entendido cedo. “Eu imaginaria que seus contatos na Assembleia te manteriam seguro, principalmente depois de uma vitória dessas.”
O Sr. Quentin deu de ombros. “Por um mês ou dois, talvez. Nós temos o apoio agora. Mas por enquanto, eles ainda estão falando sobre o abuso do poder real, sobre você agindo sem o consentimento deles. No tempo que demora para eles mudarem de ideia, um homem pode perder sua cabeça.”
Pode ser que o Sr. Quentin perca a sua de qualquer forma, se ele estava sugerindo que Rupert de alguma maneira precisava de permissão para fazer o que quisesse. Ele era o homem que se tornaria rei!
“E claro, mesmo que eles não te executem, sua alteza, sua mãe pode te prender, ou te mandar para um lugar pior com guardas assegurando sua chegada segura.”
Rupert gesticulou apontando os homens que o cercavam, marchando lado a lado com ele e o Sr. Quentin.
“Eu achei que isto já estava acontecendo hoje?”
O Sr. Quentin balançou a cabeça. “Esses homens estão entre os que lutaram ao seu lado contra o Novo Exército. Eles respeitam a ousadia da sua decisão, e quiseram garantir que você não partisse sozinho, sem a honra de uma escolta.”
Então, era uma escolta de honra. Rupert não tinha certeza se podia ser chamada assim. Mesmo assim, agora que ele olhou com cuidado à sua volta, ele viu que a maioria dos homens eram oficiais em vez de soldados comuns, e que a maioria parecia feliz de estar lhe acompanhando. Era próximo da adoração que Rupert