Sem Saída . Блейк Пирс
a esposa de Andrew antes de Morgan, havia cometido suicídio.
E também seu filho Kirk, em novembro passado.
Quase sorriu com amarga ironia…
Terei tentado continuar a tradição da família?
Deu um passo para trás para se ver melhor a si mesma.
Todo esse sangue…
Mas não parecia estar ferida em lugar algum.
Então de onde viera o sangue?
Ela se virou e viu que a porta que dava para o quarto de Andrew estava aberta.
Ele está lá? Perguntou-se.
Não acordara com o sucedido?
Ficou mais tranquila com essa possibilidade. Se ele estivesse dormindo tão profundamente, talvez ela pudesse fugir sem que ele percebesse a sua presença.
Mas então sufocou um gemido quando percebeu que não ia ser tão fácil. Ainda tinha que limpar todo aquele sangue.
Se Andrew entrasse em seu banheiro e encontrasse aquela bagunça terrível, é claro que ele saberia que ela era de alguma forma culpada.
Sempre era culpada de tudo na opinião dele.
Com o pânico aumentando, começou a limpar o balcão com a toalha. Mas isso não resultou. Tudo o que estava fazendo era espalhar o sangue por todo o lado. Precisava de água para limpar as coisas.
Quase ligou a torneira quando percebeu que o som de água corrente certamente acordaria Andrew. Pensou que talvez pudesse fechar a porta do banheiro suavemente e ligar a água o mais silenciosamente possível.
Ela se arrastou na ponta dos pés pelo enorme banheiro em direção à porta. Quando chegou lá, cautelosamente espreitou para o quarto.
E ficou surpresa com o que viu.
As luzes estavam baixas, mas não havia dúvida de que Andrew estava deitado na cama.
Estava coberto de sangue. Os lençóis estavam cobertos de sangue. Havia até sangue no chão.
Morgan correu para a cama.
Os olhos do marido estavam abertos com uma expressão de terror imóvel.
Ele está morto, Percebeu. Ela não tinha morrido, mas Andrew tinha.
Ele tinha cometido suicídio?
Não, isso era impossível. Andrew não tinha nada além de desprezo por pessoas que tiravam suas próprias vidas – incluindo sua esposa e filho.
"Pessoas não sérias" Costumava ele dizer sobre elas.
E Andrew sempre se orgulhara de ser uma pessoa séria.
E sempre levantara essa questão com Morgan…
"Você é uma pessoa séria?"
Ao olhar mais atentamente, pode ver que Andrew tinha sangrado de muitas feridas diferentes por todo o corpo. E aninhada entre os lençóis encharcados de sangue ao lado de seu corpo, viu uma grande faca de cozinha.
Quem poderia ter feito isso? Morgan se perguntou.
Então, uma estranha e eufórica calma se abateu sobre ela quando percebeu…
Eu finalmente fiz isso.
Eu o matei.
Ela fizera isso em seus sonhos muitas vezes.
E agora, finalmente, ela o fizera de verdade.
Sorriu e disse em voz alta para o cadáver…
"Quem é uma pessoa séria agora?"
Mas ela sabia que não devia aproveitar essa sensação calorosa e agradável. Assassinato era assassinato e ela sabia que tinha que aceitar as consequências.
Mas em vez de medo ou culpa, sentiu uma profunda satisfação.
Ele era um homem horrível. E estava morto. O que quer que tivesse acontecido, valera a pena.
Pegou no telefone ao lado de sua cama com a mão pegajosa e quase discou o 112 antes de pensar…
Não.
Há outra pessoa a quem quero contar primeiro.
Era uma mulher gentil que demonstrara preocupação com seu bem-estar há algum tempo.
Antes de fazer qualquer outra coisa, precisava ligar para aquela mulher e dizer-lhe que não precisava mais se preocupar com a Morgan.
Finalmente, tudo estava bem.
CAPÍTULO UM
Riley notou que Jilly estava se contraindo um pouco em seu sono. A garota de quatorze anos estava no assento ao lado, com a cabeça apoiada no ombro de Riley. O avião já estava no ar há cerca de três horas e demoraria mais algumas horas até que pousassemem Phoenix.
Ela está sonhando? Riley se perguntou.
Se assim fosse, Riley esperava que os sonhos não fossem ruins.
Jilly vivera experiências horríveis durante sua curta vida e ainda tinha muitos pesadelos. Parecia especialmente ansiosa desde que a carta dos serviços sociais de Phoenix tinha chegado, informando que o pai de Jilly queria sua filha de volta. Agora estavam indo para Phoenix para uma audiência que resolveria o assunto de uma vez por todas.
Riley não podia deixar de se preocupar também. O que seria de Jilly se o juiz não permitisse que ela ficasse com Riley?
A assistente social dissera que não esperava que isso acontecesse.
Mas e se ela estivesse errada? Riley se perguntou.
Todo o corpo de Jilly começou a se contrair mais agudamente. Começou a gemer baixinho.
Riley a sacudiu suavemente e disse, “Acorde, querida. Você está tendo um pesadelo.”
Jilly se sentou direita e olhou em frente por um momento. Então começou a chorar.
Riley colocou o braço em volta de Jilly e procurou em sua bolsa por um lenço de papel.
Perguntou, “O que é isso? Com o que você estava sonhando?”
Jilly soluçou por alguns instantes. Então disse, “Não foi nada. Não se preocupe."
Riley suspirou. Ela sabia que Jilly guardava segredos sobre os quais não gostava de falar.
Acariciou o cabelo escuro da menina e disse, “Você pode me dizer tudo, Jilly. Você sabe disso."
Jilly enxugou os olhos e assoou o nariz.
Finalmente disse, “Estava sonhando com algo que realmente aconteceu. Alguns anos atrás. Meu pai estava bêbado e estava me culpando como sempre – por minha mãe ir embora, por ele não conseguir manter um emprego. Por tudo. Ele me disse que me queria fora de sua vida. Ele me arrastou pelo braço para um armário e me jogou para dentro e trancou a porta e…”
Jilly ficou em silêncio e fechou os olhos.
"Por favor, me diga" Disse Riley.
Jilly se sacudiu um pouco e disse, “Eu estava com medo de gritar no início, porque achei que ele me arrastaria de volta e me batia. Ele apenas me deixou lá, como se tivesse esquecido de mim. E depois…"
Jilly reprimiu um soluço.
"Eu não sei quantas horas se passaram, mas tudo ficou bem silencioso. Pensei que talvez ele tivesse acabado por desmaiar ou ido para a cama ou algo assim. Mas ficou assim por muito, muito tempo, e tudo ficou tão silencioso. Finalmente, percebi que ele devia ter saído de casa. Ele fazia isso às vezes. Desaparecia durante dias e eu nunca sabia quando ele voltava ou se voltava.”
Riley estremeceu quando tentou imaginar o horror da pobre garota.
Jilly continuou, “Finalmente comecei a gritar e bater na porta, mas é claro que ninguém podia me ouvir e eu não consegui sair. Estava sozinha naquele armário por… Eu ainda não sei quanto tempo. Vários dias,