Sem Saída . Блейк Пирс
ouvir coisas estranhas no escuro – acho que devem ter sido alucinações. Acho que meio que perdi a cabeça.”
Não admira, Pensou Riley com horror.
Jilly disse, “Quando ouvi ruídos na casa de novo, pensei que talvez estivesse apenas ouvindo coisas. Eu gritei e papai veio até o armário e o destrancou. Ele estava completamente sóbrio naquele momento e pareceu surpreso em me ver. "Como você ficou aí?" Disse ele. Ficou aborrecido por me ter metido naquela bagunça e me tratou bem por um tempo depois disso.”
A voz de Jilly era quase sussurro, e acrescentou, "Você acha que ele vai ficar com a minha custódia?"
Riley engoliu um nó de ansiedade. Ela deveria compartilhar seus próprios medos com a garota que ela ainda esperava adotar como sua própria filha?
Não conseguia fazer isso.
Em vez disso disse…
"Tenho certeza que não vai."
"É melhor que não" Disse Jilly. "Porque se se isso acontecer, eu vou fugir para sempre. Ninguém nunca vai me encontrar.”
Riley sentiu um arrepio profundo quando percebeu…
Ela está falando a sério.
Jilly tinha um histórico de fugir de lugares de que não gostava. Riley lembrou muito bem como fora seu primeiro encontro com Jilly. Riley estava trabalhando em um caso envolvendo prostitutas mortas em Phoenix, e encontrou Jilly na cabine de um caminhão em um estacionamento onde prostitutas trabalhavam. Jilly decidira se tornar uma prostituta e vender seu corpo para o dono do caminhão.
Será que ela faria algo tão desesperado de novo? Riley se perguntou.
Riley ficou horrorizada com a ideia.
Enquanto isso, Jilly se acalmara e voltara a adormecer. Riley aninhou a cabeça da menina contra seu ombro novamente. Tentou parar de se preocupar com a data da próxima audiência. Mas não conseguia se livrar do medo de perder Jilly.
Será que Jilly sobreviveria se isso acontecesse?
E se ela sobrevivesse, que tipo de vida teria?
Quando o avião aterrou, quatro pessoas esperavam para cumprimentar Riley e Jilly. Uma era um rosto familiar – Brenda Fitch, a assistente social que colocara Jilly ao cuidado de Riley. Brenda era uma mulher esbelta e nervosa com um sorriso caloroso e carinhoso.
Riley não reconheceu as outras três pessoas. Brenda abraçou Riley e Jilly e fez apresentações, começando com um casal de meia-idade, ambos fortes e sorridentes.
Brenda disse, “Riley, penso que não conheça Bonnie e Arnold Flaxman. Eles foram os pais adotivos de Jilly por um curto período depois que você a resgatou.”
Riley assentiu, lembrando como Jilly fugira do casal bem intencionado. Jilly estava determinada a viver somente com Riley. Riley esperava que os Flaxman não tivessem ressentimentos. Mas pareciam gentis e acolhedores.
Brenda então apresentou Riley a um homem alto com uma cabeça longa e de formato estranho, e um sorriso um tanto vazio.
Brenda disse, “Este é Delbert Kaul, nosso advogado. Vamos lá, vamos a algum lugar onde nos possamos sentar e conversar.”
O grupo dirigiu-se então até o café mais próximo. Os adultos tomaram café e Jilly pediu um refrigerante. Quando todos se sentaram, Riley lembrou que o irmão de Bonnie Flaxman era Garret Holbrook, um agente do FBI em Phoenix.
Riley perguntou, "Como está Garrett?"
Bonnie encolheu os ombros e sorriu. "Ah. Garrett é Garrett.”
Riley assentiu. Ela se lembrou do agente como um homem bastante taciturno com um comportamento frio. Mas nessa altura estava investigando o assassinato da meia-irmã de Garrett. Ele ficara grato quando ela resolveu o crime e ajudou a colocar Jilly em uma casa de acolhimento com os Flaxman. Riley sabia que ele era um bom homem apesar de aparentar frieza.
Brenda disse a Riley, "Fico feliz que você e Jilly tenham chegado aqui em tão pouco tempo. Eu realmente esperava que estivéssemos finalizando a adoção até agora, mas como escrevi para você em minha carta, nos deparamos com um problema. O pai de Jilly afirma que tomou a decisão de desistir de Jilly sob coação. Não só está contestando a adoção, como está ameaçando acusá-la de sequestro – e a mim como cúmplice.”
Examinando alguns documentos legais, Delbert Kaul acrescentou, “O caso dele é bem frágil. Mas não se preocupe com isso. Tenho a certeza de que podemos resolver tudo isso amanhã.”
De alguma forma, o sorriso de Kaul não era muito reconfortante para Riley. Havia algo fraco e incerto nele. Deu por si a pensar como ele havia sido designado para o caso.
Riley notou que Brenda e Kaul pareciam ter um relacionamento fácil. Não pareciam ser um casal romântico, mas antes bons amigos. Talvez tivesse sido por isso que Brenda o contratara.
Não necessariamente uma boa razão, Pensou Riley.
"Quem é o juiz?" Riley perguntou.
O sorriso de Kaul desapareceu um pouco quando disse, “Owen Heller. Não seria exatamente a minha primeira escolha, mas foi o melhor que conseguimos dadas as circunstâncias.”
Riley reprimiu um suspiro. Ela estava se sentindo cada vez menos segura. Esperava que Jilly não estivesse sentindo o mesmo.
Kaul então discutiu o que o grupo deveria esperar na audiência. Bonnie e Arnold Flaxman iam testemunhar sobre sua própria experiência com Jilly. Eles enfatizariam a necessidade da garota ter um ambiente doméstico estável, que não poderia ter com o pai.
Kaul disse que gostaria que o irmão mais velho de Jilly testemunhasse, mas ele havia desaparecido há muito tempo e Kaul não conseguiu localizá-lo.
Riley deveria testemunhar sobre o tipo de vida que ofereceu a Jilly. Viera para Phoenix armada com todo o tipo de documentação para basear suas reivindicações, incluindo informações financeiras.
Kaul bateu com o lápis na mesa e acrescentou, “Agora, Jilly, você não precisa testemunhar…”
Jilly interrompeu. "Eu quero. Eu vou."
Kaul pareceu um pouco surpreso com a nota de determinação na voz de Jilly. Riley desejou que o advogado parecesse tão determinado quanto Jilly.
"Bem" Disse Kaul, "vamos considerar isso resolvido".
Quando a reunião terminou, Brenda, Kaul e os Flaxman foram embora juntos. Riley e Jilly alugaram um carro, e depois foram para um hotel próximo onde fizeram o check-in.
Assim que se acomodaram no quarto de hotel, Riley e Jilly pediram uma pizza. A TV passava um filme que elas já tinham visto e não prestaram muita atenção. Para alívio de Riley, Jilly não parecia nem um pouco ansiosa agora. Conversaram agradavelmente sobre pequenas coisas, como o próximo ano letivo de Jilly, roupas e sapatos, e celebridades nas notícias.
Riley achava difícil acreditar que Jilly estava em sua vida há tão pouco tempo. As coisas pareciam tão naturais e fáceis entre elas.
Como se sempre tivesse sido minha filha, Pensou Riley. Percebeu que era exatamente como se sentia, mas isso provocou uma renovada explosão de ansiedade.
Terminaria tudo amanhã?
Riley não conseguia pensar em como isso seria.
Elas estavam quase terminando sua pizza quando foram interrompidas por um toque alto do laptop de Riley.
"Oh, deve ser April!" Disse Jilly. "Ela prometeu que falaríamos".
Riley sorriu e deixou Jilly atender a ligação de sua filha mais velha. Riley ouvia as duas garotas conversando como irmãs em que se tinham transformado.
Quando as garotas terminaram de falar, Riley falou com April enquanto Jilly se sentou na cama para assistir TV. O rosto de April parecia sério e preocupado.
Ela perguntou, "Como estão as coisas para amanhã, mamãe?"
Olhando por toda a sala, Riley viu que Jilly se