Um Céu De Feitiços . Морган Райс

Um Céu De Feitiços  - Морган Райс


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para a parte de trás!" Thor grita, agarrando Steffen, que luta contra um monstro, e empurrando-o para Gwen. "AGORA!"

      Steffen agarra Gwen e a arrasta para longe, para trás do exército de soldados, distanciando-a daquelas criaturas horríveis.

      "NÃO!" Gwen grita, protestando. "Eu quero ficar aqui com você!"

      Mas Steffen ouve obedientemente, arrastando-a de volta para o flanco traseiro da batalha, protegendo-a por trás dos milhares de MacGils e Pratas que corajosamente permanecem a postos e lutam contra as criaturas. Thor, ao vê-la segura, fica aliviado, e volta a se concentrar na luta com os mortos-vivos.

      Thor tentou invocar seu poder Druida, para lutar com o seu espírito juntamente com  sua espada; mas por alguma razão, ele não consegue. Ele está cansado demais depois de sua experiência com Andronicus, do controle da mente de Rafi, e precisa de mais tempo para se recuperar. Ele terá que lutar com armas convencionais.

      Alistair dá um passo adiante, ficando ao lado de Thor, levanta a palma de uma das mãos, e aponta para a multidão de mortos-vivos. Uma bola de luz emana de sua mão, e ela mata várias criaturas ao mesmo tempo.

      Ela levanta ambas as mãos repetidamente, matando todas as criaturas ao redor dela, e quando ela faz isso, Thor fica inspirado, e a energia de sua irmã toma conta dele. Ele tenta mais uma vez para invocar algum poder de dentro dele, para lutar não só com sua espada, mas com a sua mente, seu espírito. Quando a próxima criatura se aproxima, ele ergue a palma da mão e tenta invocar o vento.

      Thor sente o vento atravessar sua mãe e, de repente, uma dúzia de criaturas sai voando pelo ar, levadas pelo vento, uivando ao caírem de volta dentro da fenda na terra.

      Kendrick, Erec e os outros, ao lado de Thor, lutam bravamente, cada um matando dezenas de criaturas, assim como fazem todos os homens ao redor deles, deixando escapar um grito de guerra, enquanto lutam com tudo o que têm. O exército do Império assiste tudo de longe, deixando que o exército de mortos-vivos de Rafi lute por eles e fazendo com que os homens de Thor se cansem. E está funcionando.

      Logo os homens de Thor, exaustos, passam a se movimentar mais lentamente. E ainda assim os mortos-vivos não param de sair das profundezas da terra, em um fluxo interminável.

      Thor e seus companheiros passam a respirar com dificuldade, e os mortos-vivos começam a romper suas fileiras, e seus homens começam a cair. Há muitos deles. Ao redor de Thor, os gritos de seus homens começam a ser ouvidos enquanto os mortos-vivos atacam, afundando suas presas nas gargantas dos soldados e sugando seu sangue. A cada soldado abatido, os mortos-vivos parecem ficar mais fortes.

      Thor sabe que precisa fazer algo rápido. Eles precisariam invocar um imenso poder para neutralizar aquilo, um poder mais forte do que ele ou Alistair possuem.

      "Argon!" Thor diz de repente para Alistair. "Onde ele está? Precisamos encontrá-lo!"

      Thor olha e vê que Alistair está ficando cansada, sua força em declínio; uma das criaturas passa por ela e lhe dá um tapa que a faz cair, gritando. Quando ela pula em cima de Alistair, Thor se adianta e enfia sua espada nas costas da criatura, salvando-a no último segundo.

      Thor estende a mão e a ajuda a ficar em pé.

      "Argon!" Thor grita. "Ele é a nossa única esperança. Você deve encontrá-lo. Agora!"

      Alistair deu-lhe um olhar compreensivo, e correu para a multidão.

      Uma criatura se aproxima, com as garras estendidas na direção da garganta de Thor, e Krohn corre e pula em cima dela, rosnando e prendendo a criatura na terra. Outra criatura depois pula sobre as costas de Krohn, e Thor corta a garganta dela, matando-a.

      Então uma delas ataca Erec pelas costas. Thor corre até ele, arranca a criatura de cima Erec e a atira contra vários outros monstros, derrubando-os. Outra fera ataca Kendrick, que não vê quando ela se aproxima, e Thor pega sua adaga e a enfia na garganta dela segundos antes que ela morda o ombro de Kendrick. Thor sente que isso é o mínimo que ele pode fazer para começar a se redimir por ter enfrentado Erec e Kendrick e todos os outros. É bom estar lutando ao seu lado novamente, no lado correto; é bom saber quem ele é de novo, e saber por que ele está lutando.

      Enquanto Rafi permanece ali, com os braços bem abertos, cantando, milhares de outras criaturas continuam saindo das entranhas da terra, e Thor sabe que não será capaz de segurá-los por muito tempo. Uma nuvem negra os envolve, à medida que mais mortos-vivos, lado a lado, avançam na direção deles. Thor sabe que em breve, ele e todo o seu povo será derrotado.

      Pelo menos, considera ele, ele morreria lutando do lado certo da batalha.

      CAPÍTULO DOIS

      Luanda reluta e se debate enquanto Romulus a carrega em seus braços, distanciando-a cada vez mais de sua terra natal a cada passo, à medida que atravessam a ponte. Ela grita e se debate, cravando as unhas na pele dele, fazendo o possível para se soltar. Mas os braços dele são fortes como rochas, e seus ombros largos a envolvem com tanta força, apertando seu corpo como uma píton, sufocando-a quase até a morte. Ela mal consegue respirar, e suas costelas doem bastante.

      Apesar de tudo isso, não é com sua própria vida que ela mais se preocupa naquele momento. Ela olha pra frente e vê, no final da ponte, um vasto mar de soldados do Império, parados em pé e de armas em punho, esperando. Eles estão todos ansiosos que o Escudo seja desligado para que eles possam correr para a ponte. Luanda olha e vê o estranho manto que Romulus está vestindo, vibrando e brilhante enquanto a carrega, e ela sente que de alguma forma ela seria a chave para que Romulus desative o Escudo. Há alguma relação com ela. Por que outra razão ele a teria sequestrado?

      Luanda sente uma nova determinação: ela teria de libertar-se, não apenas para se salvar, mas pelo seu reino, e pelo seu povo. Quando Romulus derrubasse o Escudo, aqueles milhares de homens que o esperavam iriam atravessar para o outro lado, uma grande horda de soldados do Império que, como gafanhotos, atacariam o Anel. Eles destruiriam o que resta de sua terra natal em definitivo, e ela não poderia permitir que isso acontecesse.

      Luanda odeia Romulus com todas as suas forças; ela odeia todos do Império, e Andronicus acima de tudo. Um vento sopra e ela sente o vento frio contra sua cabeça calva, e ela estremece ao se lembrar de sua cabeça raspada, sua humilhação nas mãos daqueles monstros. Ela planeja matar cada um deles se puder.

      Quando Romulus a tinha libertado de suas amarras em seu acampamento, Luanda a princípio havia pensado que ela estava sendo poupada de um destino horrível, poupada de ser exibida como um animal no Império de Andronicus. Mas Romulus tinha sido ainda pior do que Andronicus. Ela tem certeza de que, assim que cruzarem a ponte, ele irá matá-la, ou então ela submetê-la a sessões de tortura. Ela precisa encontrar alguma maneira de escapar.

      Romulus se inclina e fala em seu ouvido, um som profundo e gutural que a deixa arrepiada.

      "Não vai demorar muito agora, minha querida," ele fala.

      Ela tem que pensar rápido. Luanda não é uma escrava; ela é a filha primogênita de um rei. Sangue real corre dentro dela, o sangue de guerreiros, e não há nada que ela tema. Ela faria o que fosse preciso para enfrentar qualquer adversário; mesmo alguém tão grotesco e poderoso como Romulus.

      Luanda invoca toda a sua força restante e, em um movimento rápido, ela estica o pescoço para trás, se inclina, e afunda seus dentes na garganta de Romulus.  Ela morde com toda força, apertando cada vez mais, até que o sangue dele espirra em seu rosto e ele grita, soltando-a.

      Luanda fica de joelhos, virando-se, e corre de volta para o outro lado da ponte, para a sua terra natal.

      Ela ouve os passos dele correndo atrás dela. Ele é muito mais rápido do que ela tinha imaginado em ao olhar para trás, ela vê quando ele a alcança com um olhar de pura raiva.

      Ela olha pra frente e vê o continente do Anel antes dela, apenas vinte metros de distância, e ela corre ainda mais.

      A poucos passos de distância, Luanda de repente sente uma dor terrível em sua coluna, quando Romulus salta pra frente e bate com o cotovelo


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