Um Céu De Feitiços . Морган Райс
que ela estava fazendo ali? Como ela havia chegado até eles? E quem seria a outra mulher com ela? Parece ser a curandeira real, Illepra.
As duas permanecem paradas ali, diante do penhasco, com uma corda longa e grossa enrolada na cintura e mãos. Eles descem rapidamente pela longa corda grossa, fácil de segurar. Selese solta a corda e desliza o restante do caminho rapidamente, desembarcando ao lado de Reece.
É a única saída.
Eles não hesitam. Todos correm até a corda e, dentro de instantes, começam a subir o mais rápido que conseguem. Reece deixa todos irem primeiro, e quando chega a sua vez, ele sobe puxando a corda junto com ele, de modo que os Faws não possam segui-los.
Assim que seus pés saem do chão, os Faws chegam, empurrando e pulando para alcançarem seus pés – e Reece escapa por pouco.
Reece para diante de Selese, que espera por ele na beirada do Canyon; ele se inclina e os dois se beijam.
"Eu te amo," Reece diz, com o coração transbordando de amor por ela.
"E eu amo você," ela responde.
Os dois se viram e vão até a parede do Canyon com os outros, e continuam subindo cada vez mais alto. Logo, eles estariam em casa. Reece mal consegue acreditar.
Em casa.
CAPÍTULO QUATRO
Alistair corre seu pelo caótico campo de batalha, tecendo seu caminho no meio dos soldados enquanto todos lutam por suas vidas contra o exército de mortos-vivos que parece aumentar cada vez mais ao redor deles. Gemidos e gritos preenchem o ar quando os soldados matam os vampiros e quando estes, por sua vez, matam os soldados. Os Pratas, MacGils e Silesianos lutam corajosamente, mas eles estão em bem menor número. Para cada morto-vivo abatido, três mais aparecem. É só uma questão de tempo, Alistair percebe, até que todos de seu grupo sejam exterminados.
Alistair aumenta a velocidade, correndo com tudo o que tem, seus pulmões quase estourando, esquivando-se quando um morto-vivo tenta acertar seu rosto e gritando de dor quando outro consegue arranhar seu braço, tirando sangue. Ela não para de lutar contra eles. Não há tempo, ela precisa encontrar Argon.
Ela corre na direção que o tinha visto pela última vez, enquanto ele lutava contra Rafi e havia desmaiado com o esforço. Ela reza para que não esteja morto, para que ela consiga despertá-lo, e principalmente para que ela consiga alcançá-lo antes que ela e todas aquelas pessoas sejam mortas.
Um morto-vivo aparece diante dela, bloqueando seu caminho, e ela estende a palma da mão; uma bola branca de luz atingiu o monstro no peito, derrubando-o no chão.
Cinco mais aparecem, e ela volta a estender a palma da mão, mas desta vez, só mais uma bola de luz emana dela, e os outros quatro partem para cima dela. Alistair fica surpresa ao perceber que seus poderes são limitados.
Alistair se prepara para o ataque enquanto eles se aproximam – e então ela ouve um barulho de rosnado e vê Krohn, pulando para o lado dela e afundando suas presas em suas gargantas. Os mortos-vivos se voltam contra ele, e Alistair decide aproveitar a oportunidade. Ela dá uma cotovelada na garganta de um deles, derrubando-o, e corre.
Alistair abre caminho pelo caos, desesperado, correndo em meio a um número crescente de vampiros, que fazem com que seu povo comece a recuar. Depois de correr e desviar de alguns ataques, ela finalmente chega a uma pequena clareira, o lugar onde ela se lembra de ter visto Argon.
Alistair procura pelo chão, desesperada, até que, finalmente, entre todos os corpos, ela o encontra. Ele está deitado ali, caído no chão, com o corpo encolhido na posição fetal. Ele está em uma pequena clareira e claramente tinha usado algum tipo de feitiço para manter os outros longe dele. Ele está inconsciente e, enquanto Alistair corre para o seu lado, ela espera e torce para que ele ainda esteja vivo.
Ao se aproximar, Alistair se sente envolvida e protegida por sua bolha mágica. Ela se ajoelha ao lado dele e respira fundo, finalmente a salvo da batalha ao seu redor, encontrando refúgio no olho do furacão.
No entanto, Alistair também foi tomada pelo terror ao olhar para Argon: ele está ali, de olhos fechados, sem respirar. Ela entra em pânico.
"Argon!" Ela grita, sacudindo os ombros dele com as duas mãos, tremendo. "Argon, sou eu! Alistair! Acorde! Você tem que acordar!"
Argon continua ali, sem resposta, enquanto ao seu redor a batalha se intensifica.
"Argon, por favor! Nós precisamos de você. Não podemos combater a magia de Rafi. Não temos as habilidades que você possui. Por favor, volte para nós. Para o Anel. Para Gwendolyn. Para Thorgrin."
Alistair continua sacudindo Argon, ainda que ele não responda.
Desesperada, ele de repente tem uma ideia. Ela coloca ambas as mãos sobre o peito dele, fecha os olhos e se concentra. Ela invoca toda a sua energia interior, o que foi ainda resta dela e, lentamente, ela sente as mãos quentes. Quando ela abre os olhos, ela vê uma luz azul que emana das palmas de suas mãos, espalhando-se sobre o peito e ombros de Argon. Logo, ela envolve todo o corpo dele. Alistair estava usando um antigo feitiço que um dia havia aprendido, para curar doentes. O poder drena o restante de suas forças, e ela sente a energia deixando seu corpo. Já bastante fraca, ela implora que Argon volte.
Alistair desaba, exausta devido ao esforço, e se deita ao lado de Argon, fraca demais para se mover.
Ela percebe um movimento e, ao olhar para o lado, para sua surpresa, ela vê Argon começar a se mexer.
Ele se senta e olha para ela, com os olhos brilhando com uma intensidade que a assusta. Ele olha para ela, sem expressão, e em seguida, estende a mão, pega seu cajado, e fica em pé. Ele estende uma mão, segura na mão dela e, aparentemente sem esforço, a ajuda a se levantar.
Quando ele segura na mão dela, ela sente toda a sua própria energia restaurada.
"Onde ele está?" Pergunta Argon.
Argon não espera por uma resposta; é como se ele já saiba exatamente onde precisa ir ao se virar, segurando o cajado ao seu lado, e caminhar diretamente para o centro da batalha.
Alistair não consegue entender como Argon não fica hesitante em caminhar entre os soldados. Em seguida, ela entende por que: ele é capaz de lançar uma bolha mágica em torno dele enquanto anda, e apesar dos mortos-vivos atacarem de todos os lados, nenhum deles é capaz de alcançá-lo. Alistair fica perto dele enquanto marcham sem medo, sem serem atingidos pela batalha, como se estivessem passeando pelo campo em um dia ensolarado.
Os dois abrem caminho através do campo de batalha, e ele se mantém em silêncio, marchando, vestido com seu manto branco longo e capuz, andando tão rápido que Alistair mal consegue acompanhar.
Ele finalmente para no meio da batalha, em uma clareira diante de Rafi. Rafi ainda está ali, segurando os dois braços ao lado de seu corpo, com os olhos virados para trás enquanto ele invoca milhares de mortos-vivos, que continuam saindo pela fenda na terra.
Argon levanta um dos braços com a palma da mão voltada para cima, de frente para o céu, e arregala os olhos.
"RAFI!" Ele grita em desafio.
Apesar de todo o ruído, o grito de Argon supera o barulho da batalha, ressoando pelas colinas.
Quando Argon grita, de repente as nuvens no céu se partem. Um feixe de luz branca é lançado do céu, diretamente para a palma da mão de Argon, como se fosse uma ligação direta com o próprio céu. O feixe de luz cresce cada vez mais, como um tornado, envolvendo o campo de batalha e tudo em torno dele.
Há um grande vento e um grande barulho sibilante, e Alistair assiste incrédula enquanto o chão embaixo dela começa a tremer ainda mais violentamente, e a enorme fenda na terra começa a se mover na direção oposta, lentamente voltando a se fechar.
Quando a terra começa a se fechar, dezenas de mortos-vivos gritam – esmagados enquanto ainda tentam se arrastar para fora.
Dentro