Ressuscitada . Морган Райс
gritando de medo e correu para sua filha. Sua mente irrompeu em um milhão de cenários sobre o que poderia ter acontecido com ela, onde ela poderia ter ido, como ela poderia ter retornado. Se ela estava bem. Viva.
Os piores cenários possíveis passaram por sua cabeça ao mesmo tempo, enquanto Caitlin corria pela grama enlameada, escorregando e deslizando.
“SCARLET!” Caitlin gritou e outro trovão se uniu ao barulho.
Era o lamento de uma mãe fora de si com aquela dor, o lamento de uma mãe que não conseguia parar de chorar histericamente enquanto corria para Scarlet, então se ajoelhou ao lado dela, a pegou em seus braços e pediu a Deus com tudo o que tinha para que sua filha ainda estivesse viva.
CAPÍTULO QUATRO
Caitlin sentou ao lado de Caleb no quarto completamente branco do hospital, observando Scarlet dormindo. Os dois se sentaram em cadeiras separadas, a poucos metros de distância um do outro, cada um perdido em seus próprios pensamentos. Ambos estavam tão emocionalmente esgotados, com tanto medo, que eles não tinham nenhuma energia para falar com o outro. Em todos os outros momentos difíceis do casamento, eles sempre haviam encontrado consolo um no outro; mas desta vez era diferente. Os incidentes do último dia tinham sido dramáticos demais, muito aterrorizantes. Caitlin ainda estava em choque; e ela sabia que Caleb também. Cada um precisava processar tudo da sua própria maneira.
Sentaram-se em silêncio, observando o sono de Scarlet, o único barulho no quarto era o bipe das várias máquinas. Caitlin estava com medo de tirar os olhos de sua filha, temia que, se ela desviasse o olhar, ela a perderia novamente. O relógio sobre a cabeça de Scarlet marcava 08:00, Caitlin percebeu que ela estava sentada lá há três horas observando-a, desde que eles a admitiram no hospital. Scarlet não tinha acordado nenhuma vez desde que chegara.
As enfermeiras os tranquilizaram várias vezes de que todos os sinais vitais de Scarlet estavam normais, que ela estava apenas em um sono profundo, e que não havia nada para se preocupar. Por um lado, Caitlin estava muito aliviada; mas, por outro, ela realmente não acreditaria nisso até que ela visse por si mesma, até que visse Scarlet acordada, com os olhos abertos, a mesma Scarlet de sempre que ela conhecia – feliz e saudável.
Caitlin repassou em sua mente, mais de uma vez, os acontecimentos das últimas 24 horas. Mas não importava o quanto ela analisasse, nada fazia sentido – a não ser que ela pensasse na mesma conclusão: que Aiden estava certo. Seu diário era real. Que sua filha era um vampiro. Que ela, Caitlin também havia sido um. Que ela tinha viajado de volta no tempo, tinha encontrado o antídoto e tinha escolhido voltar ali, naquela época e local, para viver uma vida normal. Scarlet era o único vampiro remanescente na Terra.
O pensamento aterrorizava Caitlin. Ela era extremamente protetora de Scarlet e determinou que nada de ruim aconteceria a ela; no entanto, ao mesmo tempo, ela também sentia uma grande responsabilidade para com a humanidade, sentia que, se tudo isso fosse verdade, ela não podia permitir que Scarlet espalhasse aquilo, que recriasse a raça dos vampiros mais uma vez. Ela mal sabia o que fazer, ela não sabia o que pensar, nem no que acreditar. O seu próprio marido não acreditava nela e ela não conseguia culpá-lo. Ela mesma mal acreditava.
“Mãe?”
Caitlin se endireitou quando viu os olhos de Scarlet se abrirem. Ela pulou da cadeira e correu para seu lado, assim como Caleb. Os dois pairavam sobre Scarlet quando ela abriu lentamente seus grandes e belos olhos, iluminados pelo sol da manhã que entrava pela janela.
“Scarlet? Querida?”, perguntou Caitlin. “Você está bem?”
Scarlet bocejou e esfregou os olhos com as costas das mãos, em seguida, virou lentamente suas costas, piscando, desorientada.
“Onde estou?”, ela perguntou.
Caitlin foi inundada com alívio ao ouvir o som de sua voz; ela soava e parecia com a mesma Scarlet de sempre. Havia força em sua voz, força em seus movimentos, em suas expressões faciais. Na verdade, para a surpresa de Caitlin, Scarlet parecia completamente normal, como se ela tivesse apenas casualmente despertado após uma longa noite de sono.
“Scarlet, você se lembra de algo sobre o que aconteceu?”, perguntou Caitlin.
Scarlet se virou e olhou para ela, então lentamente se apoiou em um cotovelo, sentando-se parcialmente.
“Estou em um hospital?”, Ela perguntou, surpresa. Ela examinou o quarto, percebendo que sim. “Ai meu Deus. O que estou fazendo aqui? Eu fiquei muito doente?”
Caitlin sentiu uma sensação ainda maior de alívio em suas palavras – e em seus movimentos. Ela estava sentada. Ela estava alerta. Sua voz estava completamente normal. Seus olhos estavam brilhantes. Era difícil de acreditar que nada de anormal tivesse acontecido.
Caitlin pensou em como responder, quanto contar a ela. Ela não queria assustá-la.
“Sim, querida,” Caleb interrompeu. “Você estava doente. A enfermeira lhe mandou voltar da escola e nós a levamos para o hospital esta manhã. Você não se lembra de nada disso?”
“Lembro-me de ser enviada para casa da escola… de estar na cama, no meu quarto… depois…” Ela franziu a testa, como se estivesse tentando se lembrar. “…Isso é tudo. O que eu tinha? Febre? Tanto Faz. Eu me sinto bem agora.”
Caleb e Caitlin ambos trocaram um olhar confuso. Claramente, Scarlet parecia normal e não se lembrava de nada.
Devemos dizer a ela? Caitlin se perguntou.
Ela não queria aterrorizá-la. Mas, ao mesmo tempo, ela sentiu que ela precisava saber, precisava saber alguma parte sobre o que aconteceu com ela. Ela podia sentir que Caleb estava pensando a mesma coisa.
“Scarlet, querida”, Caitlin começou a falar, baixinho, tentando pensar nas melhores palavras, “quando você estava doente, você pulou da cama e correu para fora da casa. Você se lembra disso?”
Scarlet olhou para ela, com os olhos arregalados de surpresa.
“Sério?”, perguntou ela. “Corri para fora da casa? O que você quer dizer? Como, sonambulismo? Até onde eu fui?”
Caitlin e Caleb trocaram um olhar.
“Você realmente correu muito longe”, disse Caitlin. “Nós não conseguimos encontrá-la por um tempo. Nós chamamos a polícia e ligamos para alguns de seus amigos –”
“Sério?”, perguntou Scarlet, sentando-se direito e corando. “Você ligou para os meus amigos? Por quê? Isso é tão embaraçoso. Como você conseguiu os números deles?” Então ela percebeu. “Será que você invadiu meu celular? Como você pôde fazer isso?”
Ela recostou-se na cama, suspirando, olhando para o teto, exasperada.
“Isto é tão humilhante. Eu nunca vou conseguir passar por isso. Como é que eu vou enfrentar todos? Agora eles vão pensar que eu sou algum tipo de aberração ou algo assim.”
“Querida, eu sinto muito, mas você estava doente e não conseguimos encontrá-la –”
De repente, a porta do quarto se abriu e entrou um homem que era claramente o médico, exibindo autoridade, ladeado por dois residentes, cada um segurando pranchetas. Eles caminharam direto para a área na base da cama de Scarlet e leram o prontuário.
Caitlin estava feliz pela interrupção, por desarmar a briga.
Uma enfermeira os seguiu e caminhou até Scarlet, então levantou sua cama de hospital para uma posição sentada. Ela envolveu seu bíceps e leu sua pressão arterial, depois inseriu um termostato digital em seu ouvido e leu o resultado para os médicos.
“Normal”, ela anunciou ao médico, enquanto ele lia a prancheta, concordando com a cabeça. “A mesmo de quando ela chegou aqui. Nós não encontramos nada de errado com ela.”
“Eu me sinto bem,” Scarlet entrou na conversa. “Sei que eu estava doente ontem, eu acho que eu estava com febre ou qualquer outra coisa. Mas estou bem agora. Na verdade, eu realmente gostaria de ir para a escola. Eu tenho um monte de provas hoje. E alguns controles de danos