Infinitamente Meu Marquês.. Dawn Brower

Infinitamente Meu Marquês. - Dawn Brower


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– Estella exclamou e correu para o lado dela, e puxando-a para um abraço. – Você está aqui. – Ela deu um passo para trás. – Acabou de chegar?

      Annalise não sabia exatamente o que pensar com a meia-irmã esgrimando com a condessa de Manchester ‒ porque tinha que ser quem a outra mulher era. Elas pareciam ter um relacionamento amigável, o que Annalise invejava. Ela colocou um sorriso no rosto e acenou para Estella. – Alguns momentos atrás. Marrok está comigo, mas você sabe como ele é. Teve que ir que andar um pouco antes que pudesse se estabelecer.

      – Estou feliz que ele esteja aqui com você. Eu me preocupo com você viajando sozinha – disse Estella. – Venha, deixe-me apresentar-lhe Hannah. Ela está bastante ocupada com seu chá e bolos, mas você deve perdoar sua grosseria. Carregar um bebê a deixa faminta, às vezes. – Estella a levou para o lado da dama. – Lady Manchester… Hannah, gostaria que conhecesse minha meia-irmã, Lady Annalise Palmer.

      Lady Manchester deixou a xícara de chá na mesa e fez uma reverência.

      – Por favor, me perdoe – disse a senhora em questão. – O que ela diz é verdade. Isso me acomete muitas vezes e, geralmente, bastante inesperadamente. – Ela sorriu calorosamente. – É um prazer conhecer você.

      – É bom conhecer você também. – Annalise sorriu para a mulher. – E não há necessidade de se desculpar. É a sua casa, e você está livre para fazer o que quiser dentro de suas paredes. Além disso, se eu tiver a sorte de ter um filho, gostaria que as pessoas respeitassem meus desejos.

      – Você gostaria de chá?

      Pelas observações feitas sobre o chá mais cedo, tinha que estar horrível. Annalise foi pega entre ser rude e consumir chá frio. Os bolos pareciam bastante deliciosos. Seu estômago roncou com esse pensamento. – Que tipo de bolos são estes?

      – Oh, – Lady Manchester disse alegremente. – Estes são bolos de limão. Eu tive desejos terríveis por eles, e o cozinheiro foi gentil o suficiente para fazê-los todos os dias para mim.

      – Você se importa? – Annalise gesticulou para eles. Ela não queria tomar o doce favorito da dama.

      – Sirva-se – disse ela e apertou a mão no estômago. – Eu não estou me sentindo bem, acho que vou me deitar um pouco.

      Annalise pegou um dos bolos e deu uma mordida. O bolo de limão era doce e azedo, absolutamente delicioso. Podia ver por que Lady Manchester os devorava todos os dias. Eles provavelmente iam bem com chá também. Ela olhou para o chá e pensou em servir uma xícara gelada e recusou a ideia. Não estava com sede…

      – Vá – insistiu Estella. – Nós vamos visitá-la mais tarde.

      Lady Manchester acenou com a cabeça e saiu da sala, deixando Estella e Annalise sozinhas. Estella se virou para ela e disse. – Você está cansada?

      – Estou, um pouco – admitiu Annalise. Agora que ela se encontrara com Estella, seu nervosismo se dissipou. Poderia finalmente relaxar e talvez tirar uma pequena soneca. Isso a ajudaria a se recuperar de sua jornada.

      – Venha – disse Estella. – Eu vou te mostrar o seu quarto, e depois podemos discutir tudo.

      Annalise sorriu para sua meia-irmã. Elas saíram da sala grande juntas. O corredor ainda era longo, assim como as escadas. A caminhada até seu quarto atribuído foi mais longa do que ela pensava. Elas finalmente chegaram e Estella a abraçou novamente. – É tão bom ver você. Obrigada por ter vindo me visitar.

      – Não há outro lugar que eu prefira estar.

      Estella recuou e a deixou sozinha. Annalise fechou a porta atrás dela e depois se deitou na cama. Fechou os olhos e encontrou o sono antes de perceber que tinha parado de pensar.

      CAPÍTULO DOIS

      Ryan Simms, o marquês de Cinderbury, olhou para o Castelo de Manchester de cima de seu cavalo, Octavius. O garanhão bufou, depois relinchou quando sacudiu a crina. A viagem de Londres demorara mais do que ele previra. A razão principal era porque ele não queria sobrecarregar sua montaria, e se recusava a deixá-lo sob os cuidados de outra pessoa. Então isso significava parar muitas vezes para deixar Octavius descansar. Era bom finalmente chegar para que pudesse checar sua prima por si mesmo. Ele se sentia responsável pelo bem-estar dela e queria ter se envolvido nisso antes. Seu padrasto era um homem malvado, que lembrava à Ryan de sua madrasta, mas nem ela era tão cruel quanto o duque de Wolfton.

      Seu avô recusara-se a intervir. O duque de Ashthrone achava que Estella estaria melhor aos cuidados de seu padrasto. Ryan não tinha certeza se era uma mentalidade de duque, ou se seu avô se identificava com o duque de Wolfton. De qualquer forma, ele não podia apelar para a boa natureza de seu avô porque o bastardo podre não tinha nenhuma. Oh, ele salvou Ryan das garras de sua madrasta, no entanto, não fora pela bondade de seu coração. Ashthrone tinha percebido que Ryan seria seu herdeiro, e queria ter certeza de que ele não só sobrevivesse, mas fosse treinado corretamente por ele.

      Cada segundo que passou na propriedade do duque tinha sido de pura miséria, o que deveria ter endurecido ainda mais o coração de Ryan. Mas havia feito o oposto, isso lhe dera um propósito. A expectativa de quando não houvesse mais ninguém para mandar nele, e quando finalmente atingisse a maioridade, ele fosse embora, levando o pouco que restava de sua herança, o que Lady Penelope não pudera tocar, e investir. Ele tinha apenas dezoito verões quando assumiu esse risco e não se arrependia.

      Sua madrasta tinha acesso ao fundo destinado à propriedade, a fim de mantê-la funcionando, mas ela não fez muita manutenção propriamente dita, então seu avô contratou um administrador de propriedade, e aquele pobre homem lidou com Lady Penelope. Ele não tinha verificado essa parte de sua herança desde que atingiu a maioridade. Enquanto sua madrasta morasse ali, ele não pisaria perto do lugar. Smithers, o administrador, mandava relatórios trimestrais, e mesmo esses eram mal escritos. Seu estômago se apertava em um nó sempre que pensava em alguma coisa relacionada à sua antiga casa.

      No momento que herdou o título de Marquês de Cinderbury, tinha construído uma fortuna na indústria de navegação, e estava procurando mais para investir. Ele tentou lutar pela tutela de sua prima, Estella, mas falhou. Sem o apoio adequado, ele não tivera uma chance, e o duque de Wolfton tinha mais poder do que ele na época. Ele tinha vinte e um anos, e Estella não mais do que uma menina de quinze anos. Sete anos depois, ele tinha dinheiro, prestígio e mais poder do que seu avô. Ninguém iria atrapalhar, mas não significava nada, agora que sua prima não precisava mais dele. Ela encontrou uma maneira de sair do inferno sozinha e também de alguma forma encontrou o amor. Ele devia a ela pelo menos uma visita e oferecer sua ajuda, se ela precisasse no futuro.

      – Bem, Octavius, acho que é hora de encarar Estella. Espero que ela não me odeie pelo meu fracasso em protegê-la.

      Ele instigou o cavalo para um galope e percorreu a distância restante para o castelo. Quando chegou à entrada, diminuiu a velocidade e depois parou. Deu um tapinha na cabeça de Octavius e depois desmontou do cavalo. A porta se abriu e um cavalheiro mais velho saiu.

      – Posso ajudá-lo? – Ele perguntou.

      – Estou aqui para ver Lady Warwick – respondeu Ryan. Ele levantou as rédeas de Octavius para o homem ver. – Vou precisar que minha montaria seja cuidada.

      Ele quase riu do olhar completo de perplexidade que cruzou o rosto do velho. Eles não recebiam muitos visitantes no Castelo de Manchester? Ele não parecia particularmente acolhedor…

      – Vou mandar um lacaio levá-lo para você – ele finalmente respondeu. – Dê-me apenas um momento.

      Ele voltou para dentro do castelo, fechando a porta atrás dele. Ryan balançou a cabeça, perplexo com suas ações. Pelo menos, não planejava ficar muito tempo no castelo. Não mais do que uma noite ‒ duas, no máximo, e ele estaria a caminho de sua propriedade. Tinha coisas a fazer


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