A Baía Kismet. Dawn Brower

A Baía Kismet - Dawn Brower


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ele respondeu. “Gabe precisava passar uns dias com sua família antes de viajarmos para um lugar com um clima muito melhor para o restante do feriado.

      “Ah, é?” Ele deve pensar que ela é a mulher mais burra que ele já conheceu. “Entendo.” Ela assentiu para a caneca de Papai Noel na mão dele. “Você veio buscar chocolate quente?”

      Ele encarou a caneca como se a achasse ofensiva. “Já tomei várias canecas. Se eu beber mais, vou me transformar em uma barra de chocolate.”

      Ela apostava que ele seria bem saboroso. Holly quase lambeu seus lábios com a ideia de mordê-lo. Bem, não literalmente, mas em uma forma mais íntima. Ela precisava tirar esses pensamentos da cabeça. Ele não era para o bico dela. Nicholas odiava a Baía Kismet e ela jamais iria embora dali. Era a vida dela. “Que pena. A Travessa do Feliz Acaso tem o melhor chocolate quente da cidade.”

      “Você tem tanta certeza assim?” Seus lábios se inclinaram para cima, em um sorriso sensual. “Você precisa ficar aqui ou pode dar uma volta comigo? Onde está o dono?” Ele deu uma olhada pela loja. “Peça por um intervalo ou permissão para sair mais cedo.”

      Ela queria dizer sim, mas não queria deixar Ivy sozinha. E também estava irritada de ele não achar que ela poderia ser dona da loja. Ela só tinha 23 anos, mas isso não significava que ela não poderia ser uma proprietária séria. Ele devia ter quatro ou cinco anos a mais que ela. Ele parecia ter mais ou menos a idade de Gabriel.

      “Receio que não.” Holly abanou a cabeça. “Ela é bem durona.”

      “Que pena, nós poderíamos ter nos divertido.” Seu sorriso morreu em uma linha plana. “Se você me mostrar quem ela é, eu posso usar meu charme para que ela deixe você sair.”

      “Isso não vai ser possível”, ela falou para ele. “Se fosse, eu já teria dito que sim.”

      “Como assim?” Ele a olhou, confuso, e balançou a cabeça. “Entendi. Você é dona da loja.”

      Ela assentiu. “Eu e minha irmã.” Ela apontou para o outro lado da loja. Ivy finalmente tinha voltado e não parecia muito feliz. “Ivy.”

      “Talvez mais tarde então.” Ele encarou Ivy e ela ficou incomodada que o interesse dele se virou para ela. Esse homem era tão inconstante? Bem, ela não precisava dele mesmo… Ela o deixou sozinho e retomou o trabalho atrás do balcão. Holly tinha coisas melhores a fazer do que devanear com um homem que ela não poderia ter.

      CAPÍTULO QUATRO

      Nicholas tinha pisado na bola com Holly. Ele queria passar um tempo com ela e decidiu esperar o fechamento da Travessa do Feliz Acaso. O horário de funcionamento estava exibido na vitrine e elas não manteriam a loja aberta depois das cinco da tarde. Isso dava a ele algumas horas pra matar e ele usou o tempo de forma inteligente. Ele entrou na floricultura local e perguntou se conheciam Holly – e obviamente conheciam. Gabriel tinha razão. A cidade era cheia de Stranges. Como pertenciam à família de Holly, foi fácil descobrir suas flores preferidas e pedir uma dúzia delas. Então ele entrou na Sabores da Uva para comprar uma garrafa de vinho. Ele teve sorte lá também e conseguiu comprar alguns dos vinhos favoritos dela. Ele foi para a Poção da Bruxa e fez um negócio com Tristan Scott – dono da cafeteria, em conjunto com a prima de Holly, Esmeralda. A Poção da Bruxa fechava uma hora antes da Travessa do Feliz Acaso e ele pôde pagar pelo uso da cafeteria. Nicholas arrumou tudo para surpreendê-la. Tudo o que ele precisava era que alguém armasse sua entrada na cafeteria. Isso partiu de uma fonte surpreendente.

      “Vou entrar na Travessa e falar que Esmeralda precisa da ajuda dela aqui.” Ele piscou para Nicholas. “Quando se trata das mulheres Strange, você precisa de toda ajuda que conseguir. A Esme já foi embora. Ela também tem um encontro quente mais tarde.”

      “Isso incomoda você?” Nicholas perguntou.

      “Não”, ele disse, balançando a cabeça. “Somos amigos, nada mais. Uma outra Strange é dona do meu coração. Ela voltará um dia. Elas sempre voltam.”

      Nicholas franziu o cenho. “O que faz você ter tanta certeza?”

      “Essa cidade chama por elas. Elas fazem dessa cidade o que ela é. Não consigo explicar direito.” Ele parou por um momento e continuou: “É quase como mágica. Tudo pode acontecer, às vezes quando você menos espera. Não consigo dizer quantas vezes o bichinho do amor picou as pessoas aqui. É quase como se essa cidade reunisse casais.” Ele balançou a cabeça. “Talvez isso seja ilusão minha. Eu preciso acreditar nisso ou terei perdido a minha amada para sempre.

      “E quem é ela?” Ele não achava que fosse Holly pois, se fosse, Tristan nunca o teria ajudado. Nicholas já havia conhecido diversas Strange nas últimas horas. Nenhuma delas poderia ser o amor de Tristan. Todas eram donas de negócios na cidade. A forma que Tristan falava dessa moça deixava a entender que ela foi embora da cidade, sem nunca olhar para trás.

      “A irmã gêmea de Holly – Sage.”

      Algo o incomodou nessa revelação. Ele iria atrás de Holly se não conseguisse ficar com Sage? Se elas eram gêmeas…“Para onde ela foi?”

      “Ela está na cidade grande administrando uma empresa de planejamento de eventos. Ela está construindo sua reputação. Sage é a única Strange que não teve vontade de deixar sua marca na Baía Kismet. A única coisa que tem em comum com as outras é a cor de seu cabelo. De outra forma, ela parece não pertencer.”

      “Ela e Holly não são parecidas?”

      Tristan fez que não com a cabeça. “Não, elas não são idênticas.”

      Por algum motivo isso deixou Nicholas aliviado. Ele queria Holly para si e não gostava da ideia de ela ser parecida com alguém. Ela era…ele franziu o cenho quando seus pensamentos se tornaram possessivos. Naquele momento só uma palavra vinha à mente a respeito de Holly. Minha.

      “Obrigado por me ajudar. Eu agradeço.”

      “Não foi nada.” Tristan fechou o balcão e guardou tudo. Ele entregou um molho de chaves para Nicholas. “Certifique-se de que trancou tudo quando terminar. Entregue as chaves para Holly e eu as busco na Travessa do Feliz Acaso. Esmeralda abrirá amanhã então não vou precisar delas logo.

      Nicholas nunca havia encontrado pessoas que confiavam tão facilmente. Talvez essa vida de cidade pequena tivesse algo…Tristan mal o conhecia e entregou a ele as chaves de sua empresa. Por que ele faria isso com um estranho? “Você pode confiar em mim.”

      “Eu sei”, ele falou enigmaticamente. “Caso contrário eu teria te colocado pra fora quando pediu minha ajuda. Como eu disse…Kismet é mágica. Você vai ver.”

      Com essas palavras, Tristan saiu da Poção da Bruxa e deixou Nicholas sozinho esperando por Holly. Ele torcia para que ela gostasse da surpresa e o desculpasse pela mancada anterior. Nicholas raramente agia por impulso, mas Holly fazia ele querer coisas, querer ela....

      CAPÍTULO CINCO

      Tristan disse para ela ir para a Poção da Bruxa. Para que Esmeralda precisava dela? Holly odiava estar mal-humorada, e tudo o que ela queria era ir para casa e se aninhar em seu sofá. O tour do chocolate quente havia sido um sucesso. Mais tarde naquela semana descobririam qual empresa ganhou mais votos em seu chocolate quente. Talvez Esmeralda quisesse acompanhá-la na janta. Holly não deveria ter afastado Nicholas. Se ela tivesse sido mais amigável talvez ele a teria convidado para jantar. Ela não poderia sair da Travessa do Feliz Acaso quando ele queria, mas ela estava livre o resto do dia.

      Holly suspirou e empurrou a porta da Poção da Bruxa. Luzinhas brancas decoravam a loja inteira. Tristan e a Esmeralda tinham finalmente decidido colocar decorações de Natal? Holly estava pegando no pé deles há mais de uma semana para deixaram o lugar mais festivo. As luzes da loja estavam apagadas e a única iluminação vinha das


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