Manual de biometria para avaliaçao do desempenho humano. Fernando Pompeu
e igualar-se ao do braço, punhos fortes e maciços, não apresenta forma semelhante a um presunto;
8)Volume torácico dominando o abdominal, sendo o tórax relativamente mais longo no ápice do que na base;
9)Coração pesado, grande e musculoso, com vasos alargados e espessos;
10) Pélvis forte com quadris largos. (quadris estreitos de alguns atletas é devido ao seu componente ectomorfo);
11) Forma cefálica variável, com ossos fortes e salientes, destacando-se os rebordos supra-orbitais, os malares e os maxilares;
12) Cabeça sugere, a grosso modo, uma forma cúbica;
13) Pescoço geralmente largo, com domínio transverso e porção superior do trapézio nitidamente piramidal;
14) Clavículas fortes e proeminentes, com ombros salientes lateralmente, devido aos deltóides;
15) Dorso pouco arredondado com forte curvatura lombar;
16) Músculos abdominais proeminentes, espessos, com bordas bem definidas no nível crural e ao lado das cristas ilíacas;
17) Pele espessa, rude, lembrando uma casca de laranja;
18) Genitais compridos, bem desenvolvidos;
19) Pêlos geralmente abundantes;
20) Calvície rara.
2.5.5. Ectomorfo dominante
O Ectomorfo dominante apresenta predominância linear e fragilidade. Esse indivíduo tem uma grande superfície corporal em relação a sua massa corporal. Em consequência disso, seu sistema nervoso é mais exposto ao mundo exterior. Outras características observadas são:
1)Formas lineares, frágeis e delicadas do corpo;
2)Ossos delicados e músculos delgados e leves;
3)Diâmetros ântero-posteriores bem reduzidos, assim como os transversais, com tendência a igualarem-se;
4)Tronco relativamente curto, com membros longos;
5)Abdômen achatado;
6)Tórax mais longo que o abdômen, achatado, geralmente estreito, do mamilo à clavícula;
7)Relevos musculares deficientes, não se notando grupamentos marcados;
8)Cintura escapular projetada anteriormente, criando o aspecto de uma projeção anterior dos braços;
9)Hiperlordótico e hipercifótico;
10) Tórax mais longo que o abdômen;
11) Ombros caídos;
12) Domino dos comprimentos distais sobre os proximais nos membros;
13) Pescoço longo, delgado, com musculatura mínima, projetando a cabeça para frente, com diâmetros ântero-posteriores e transversos quase iguais;
14) Domínio da parte craniana sobre a facial, com traços faciais delicados e um aspecto tendendo à forma triangular, com meato pontiagudo;
15) Pele fina e seca, com aspecto transparente, em rede, semelhante à casca de uma cebola, com coloração pobre;
16) Exposta ao sol, a pele cora-se rapidamente e cedo destaca-se, recuperando sua coloração pálida;
17) Pouco tecido elástico e conjuntivo;
18) Dificuldades de se adaptar às variações extremas de temperatura;
19) Pêlos finos que crescem rapidamente;
20) Geralmente tendem ao hirsutismo e a calvice é rara;
21) Pêlos pubianos tendendo a seguir a linha alba;
22) Órgãos genitais hipertróficos com linearidade acentuada, com escroto largo, testículos pendentes, sendo o esquerdo mais baixo do que o direito.
2.5.6. Determinação antropométrica do somatotipo
2.5.6.1. Primeiro componente (endormofia)
Endo = 0,1451(ΣT,SE,SI) - 0,00068(ΣT,SE,SI)2 + 0,0000014(ΣT,SE,SI)3 – 0,7182
Sugere-se, antes de aplicar a fórmula acima, que o somatório das dobras cutâneas seja corrigido para as dimensões do modelo Phantom, ou seja:
Σc = (ΣT,SE,SI) × (170,18 ÷ H)
Sendo:
Endo = nível na escala de endomorfia;
Σc = somatório das dobras corrigidas;
ΣT,SE,SI = somatório das dobras cutâneas de tríceps, subescapular e supra-ilíaca;
H = altura do indivíduo estudado.
2.5.6.2. Segundo componente (mesomorfia)
Meso = 0,858(U) + 0,601(F) + 0,188(B) + 0,161(P) - 0,131(H) + 4,50
Sendo:
Meso = nível na escala de mesomorfia;
U = diâmetro bicondiliano de úmero em cm;
F = diâmetro bicondiliano de fêmur em cm;
B = perímetro corrigido do braço (perímetro de braço menos a dobra cutânea de tríceps);
P = perímetro corrigido de perna (perímetro de perna menos a dobra cutânea de perna);
H = estatura do avaliado.
2.5.6.3. Terceiro componente (ecotomorfia)
Para o calculo do índice de ectomorfia deve-se ter como referência o índice ponderal (IP) para depois, escolher a fórmula adequada. Calcula-se o índice ponderal por meio de:
Se IP ≤ 40,75, emprega-se:
Ecto = (IP × 0,463) - 17,63
se IP > 40,75, emprega-se
Ecto = (IP × 0,732) - 28,58
2.5.6.4. Classificação do somatotipo
•Endomorfo equilibrado: 1º componente domina, e a diferença entre o 2º e 3º ≤ 0,5.
•Mesomorfo equilibrado: 2º componente domina, e a diferença entre o 1º e 3º ≤ 0,5.
•Ectomorfo equilibrado: 3º componente domina, e a diferença entre o 1º e 2º ≤ 0,5.
•Endomorfo mesomórfico: 1º > 2º > 3º.
•Endomorfo ectomórfico: 1º > 3º > 2º.
•Mesomorfo endomórfico: 2º > 1º > 3º.
•Mesomorfo ectomórfico: 2º > 3º > 1º.
•Ectomorfo endomórfico: 3º > 1º > 2º.
•Ectomorfo mesomórfico: 3º > 2º > 1º.
Dependendo da escala, faz-se a plotagem na somatocarta para as coordenadas:
x = 6 + (III - I)
y = 12 - [2II - (III + I)]
ou
x = III - I
y = 2II - (III + I)
Figura 2.1: Somatocarta. Posicionamento espacial quanto ao grau de endomorfia, mesomorfia e ectomorfia.
Pode-se calcular o somatotipo de um indivíduo e compara-lo com de uma população. Para isto, deve-se ter o somatotipo central, que é calculado pela média dos escores de cada componente para os integrantes do grupo de referência. Emprega-se a distância de dispersão do somatotipo (SDD) e o índice de dispersão do somatotipo (SDI) para comparar um grupo de indivíduos como esta população, ou