Levada pelos seus parceiros. Grace Goodwin
qualquer outro guerreiro que ousar tocar em ti.
Eu não me importava quem ele precisasse matar, eu só queria que ele me fizesse sua para sempre.
O meu segundo parceiro continuou a me beijar, descendo pela minha coluna, as suas próximas palavras não eram exigidas pelo ritual, mas elas eram para mim. Só para mim.
— Você é minha, parceira. Eu matarei qualquer outro guerreiro que ousar olhar para ti. — Ao dizer aquelas palavras, ele começou a introduzir o seu dedo bem lubrificado na minha entrada traseira e eu gritei. A nossa primeira vez seria rápida, visto que as nossas paixões se inflamavam com demasiado calor para nos demorarmos muito mais.
Eu queria que eles me fodessem, me preenchessem com o seu sêmen. E, depois, eu queria os meus parceiros de volta para os nossos aposentos, nus e completamente sozinhos. Eu queria demorar-me com eles. Queria roçar em todo o corpo deles, foder, provar e explorar até que os nossos odores se mesclassem num só, até que o meu corpo estivesse muito dolorido para desfrutar de mais diversão.
Aquele pensamento trouxe-me de volta para mim mesma por um instante e eu percebi que os três amantes não estavam sozinhos no quarto. Vozes masculinas preencheram os cantos da minha consciência com um cântico suave. Eu tinha me focado tanto nos meus parceiros que os ignorei completamente, até agora, quando as suas vozes conjuntas se elevaram para preencher a sala enquanto eles falavam em uníssono.
— Que os deuses sirvam de testemunha e te protejam.
Quando o meu segundo parceiro deslizou o seu dedo para fora da minha entrada traseira e cutucou o meu buraco virgem com a cabeça larga do seu pau, os outros foram totalmente esquecidos. Quando ele deu uma investida para frente e alargou-me mais… e mais… e mais, ainda com dois paus preenchendo-me, eu soube que estava sendo verdadeiramente tomada.
— Srtª Smith.
Não, aquela não era a voz de nenhum dos meus parceiros. Esmaguei mentalmente aquela voz.
— Srtª Smith.
A voz voltou. Era a voz de uma mulher, de uma mulher austera.
— Jessica Smith!
Naquele momento sobressaltei-me, a minha mente foi arrancada daqueles dois homens que me cercavam para… não, não havia homens cercando-me. Eu estava na sala de processamento. Não tinha um pau no meu traseiro ou na minha boceta. Não tinha dois corpos fortes cercando-me. Eu não conseguia sentir o seu calor ou inalar o seu odor poderoso. O peso do colar deles não estava sobre o meu pescoço.
Abri os meus olhos e pisquei-os. Uma, duas vezes. Oh, sim. A Guardiã Egara. Uma mulher rígida e formal pairava sobre mim.
— O seu exame está concluído e o seu emparelhamento já foi feito.
Lambi os meus lábios secos e tentei acalmar o meu coração acelerado. Ainda conseguia sentir os homens, mas a sensação estava se dissipando rapidamente. Eu queria ir até eles e agarrá-los, agarrar-me a eles como se a minha vida dependesse disso. Aquela era a primeira vez que eu me sentia segura e protegida, estimada e desejada. Eles nem sequer eram meus.
Então, eu ri de forma seca e a Guardiã elevou a sua sobrancelha escura.
A única vez que eu me senti segura foi num sonho. A realidade, sim. A realidade era uma merda.
— Acabou? — Perguntei. A minha voz estava um pouco áspera, como se tivesse gritado de prazer enquanto sonhava. Céus, espero que não. A sensação era como a de ressonar com um namorado novo, só que muito pior. Muito, muito pior.
Ela deve ter ficado satisfeita com o que quer que tenha visto no meu rosto, porque acenou uma vez, depois, deu a volta ao redor de uma mesa simples para sentar. Embora ela tivesse sentado numa cadeira metálica modesta, eu ainda estava presa à cadeira de processamento, vestida com uma bata de estilo hospitalar simples com o logotipo do Programa Interestelar de Noivas repetido ao longo do tecido cinzento, num padrão. Olhando para baixo, eu conseguia ver os meus mamilos, duros e eretos, através do tecido fino. Não havia dúvidas de que a Guardiã também os via, mas ela não disse nada.
— Para que conste, diga o seu nome, por favor.
— Jessica Smith. — Contorci-me na cadeira, apercebendo-me de que o meu robe estava molhado por debaixo de mim.
— Srtª Smith, é ou alguma vez já foi casada?
— Não.
— Tem algum filho biológico?
— Você já sabe as respostas para isto.
— Sim, mas é obrigatório ter uma gravação verbal efetuada antes do transporte. Responda à pergunta.
— Não, eu não tenho nenhum filho.
Ela clicava algumas vezes na tela sem olhar para mim. — Devo informá-la, Srtª Smith, que tem trinta dias para aceitar ou rejeitar o parceiro escolhido pelos nossos protocolos de emparelhamento. — Ela olhou para mim. — Você é a terceira mulher da Terra a ser emparelhada com este planeta. Hmm.
Eu tinha as minhas dúvidas quanto ao exame e quanto a ser verdadeiramente emparelhada. Eu não tinha encontrado nenhum homem na Terra que se interessasse por mim, portanto, era um pouco deprimente o fato de eu ter de procurar por todo o universo para encontrar alguém.
Mas, então, por que é que no sonho do meu exame havia dois homens? O que havia de errado comigo para eu ter sonhado com aquilo? O meu parceiro certamente não ficaria entusiasmado por saber que eu tinha tido sonhos eróticos com alguém que não ele.
— Não poderá regressar para a Terra se não estiver satisfeita. Poderá pedir por um novo parceiro principal após trinta dias… em Prillon Prime. Deverá continuar este processo até encontrar um parceiro que seja aceitável.
— Prillon Prime?
Eu nunca tinha ouvido falar dele, mas isso não importava muito. Eu não tinha ouvido falar de muitos dos outros planetas ou sobre as raças que os habitavam. Eu estava muito ocupada com o meu trabalho e com a minha vida na Terra para sequer pensar no espaço. Mas aquilo mudou muito rápido.
— Sinto-me como se fosse uma prisioneira. Há algum motivo para eu ainda estar algemada? — Flexionei os meus pulsos e fechei as minhas mãos em punhos.
— Muitas das nossas voluntárias, como sabe, são prisioneiras.
— Então, elas não são voluntárias de verdade. — rebati.
Ela franziu os lábios. — Não vou discutir semântica contigo, Srtª Smith, mas com a sua experiência militar, deve estar ciente de que por vezes uma pessoa deve ser algemada para o seu próprio bem. Durante os exames, as mulheres muitas vezes ficam… agitadas. E nós temos de garantir a sua segurança.
— E agora? — Perguntei.
Ela olhou para os meus punhos. — Agora, servem para mantê-la quieta para qualquer preparação ou modificação corporal que possa ser necessária antes da transferência.
— Modificações corporais? Guardiã, tire estas algemas imediatamente. — Eu consegui ouvir o pico árduo da minha voz e esperava que ela soubesse que eu não estava brincando.
Ela nem sequer se moveu. — Não se preocupe, estará inconsciente durante o processo. Você já assinou os documentos e o emparelhamento já foi feito, Srtª Smith. Por esse motivo, você já não é uma cidadã da Terra, mas sim, uma noiva de um guerreiro de Prillon Prime, e, como tal, está sujeita às leis e aos hábitos do seu novo mundo.
— Incluindo ser algemada?
Ela inclinou a cabeça para o lado. — Se isso for o que o seu parceiro deseja.
— Eu não quero ser emparelhada com um homem que me amarre!
— Jessica, você foi emparelhada com um guerreiro feroz desse mundo. Você deveria se orgulhar por ter o privilégio de se submeter a ele.
— Pensa que só por ele ser um