Levada pelos seus parceiros. Grace Goodwin

Levada pelos seus parceiros - Grace Goodwin


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cidade.

      A mão dele moveu-se para o espaço entre as almofadas e eu sorri ao ver os olhos dele mudarem de vazios para completamente furiosos enquanto ele se apercebia de que a arma tinha desaparecido. Ele suspirou e levantou a mão para cruzar os braços sobre o peito.

      — Faça o que quiser, Jess, mas não vai arrancar uma confissão de mim. Eu não fiz nada de errado.

      Eu ansiava por matá-lo à queima-roupa, meter-lhe uma bala no peito do tamanho do Texas, mas algo me impediu.

      Céus, por vezes ter uma consciência era horrível, não que este homem fosse compreender o que isso significava. Eu tinha matado durante o meu período no Médio Oriente, mas tinha sido obrigada a fazê-lo. Era matar ou morrer. Aquilo era diferente. Mas isto? Isto era homicídio a sangue frio.

      Mas, sério, ele merecia morrer.

      Olhei pra ele durante meio minuto, pensando nas minhas opções. Matava-o e corria? Amarrava-o e chamava a polícia?

      Eles nunca acreditariam em mim. Nunca. Eu era uma vendida, uma policial ex-militar corrupta que tinha sido encontrada com mais de um milhão de dólares no banco, uma pilha de bomba-P na minha casa e com droga na minha corrente sanguínea. Nesta cidade, ele era um deus. Eu era uma criminosa e uma mentirosa. Eu era a ralé.

      Ele lançou-me um sorriso arrogante e ver isso deixou-me irritada o suficiente para me levantar e dar um passo adiante. Eu teria de mentir para ele e arriscar irritá-lo o suficiente para que ele se entregasse. Obrigá-lo a confessar. Eu tinha saído do meu esconderijo assim que consegui tirar uma fotografia dele falando com os agentes, mas ele não sabia o que eu tinha visto ou não. — Eu não preciso de uma confissão, Clyde. Eu tenho fotos tuas no Café do boquete com uma prostituta entre as tuas pernas e um saco cheio de dinheiro das drogas na mesa.

      — Sua puta. — ele zombou de mim, todas as tentativas de manter a aparência de humanidade tinham desaparecido. — Eu vou te drogar tanto, mas tanto que nem vai saber qual é o teu próprio nome, depois, vou te jogar no meio dos homens. Eles vão se atirar em você como se fossem cães.

      Os neuroestimuladores nas minhas têmporas zuniram e eu balancei a minha cabeça para tentar dissipar aquilo. Tinha acontecido de novo, mas desta vez mais alto, um barulho estranho que eu nunca tinha ouvido, como de máquinas falando umas com as outras.

      Dei um passo atrás e Clyde levantou-se da sua cadeira, agachando-se para tentar fazer a sua jogada enquanto eu estava distraída.

      Merda. Havia algo de errado. Levantei uma mão até a minha têmpora e gemi. Eu tinha que sair daqui. Agora.

      Era tarde demais. A dor se alastrou pelas minhas têmporas e eu caí de joelhos. A espingarda caiu no chão e eu curvei-me e queixei-me, lutando para manter-me consciente.

      Clyde agarrou a arma e deu um passo na minha direção antes da porta da frente explodir internamente nas suas dobradiças. Três seres gigantescos entraram na sala de Clyde. Eles não eram humanos. Todo o corpo deles era metálico, mas não era duro e espelhado como as ferramentas do meu avô; era suave, como um metal que se move, que flui sobre o corpo deles como se fosse pele, como um tecido vivo. Os olhos deles eram prateados, mas no meio, no lugar onde deviam estar as pupilas, corriam pontos e linhas negros como se fossem padrões numa peça informática. Eles tinham pálpebras, mas não pestanejavam conforme entravam na sala e viam o homem que atirava neles com uma espingarda.

      Eles pareciam ter saído de um filme. Os robôs ganharam vida. Aliens. Algo que definitivamente não era humano.

      Clyde rebentou com um deles com a espingarda e eu agarrei a minha câmera e me joguei para debaixo da mesa da cozinha, a caminho dos fundos. Minha cabeça palpitava de dor, mas eu sabia que estes homens – ou o que quer que eles fossem – não estavam aqui para uma visita amigável. Se eles queriam Clyde, podiam ficar com ele.

      O tiro saltou para fora da armadura deles, sendo completamente projetado para o outro lado da sala. Cerrei os dentes para continuar calada enquanto sentia um pedaço de uma bala cravar na minha perna e outra no meu ombro.

      Eu já tinha passado por coisas piores, e em comparação com a dor de cabeça que sentia, aquilo não era nada.

      Eu estava me rastejando para fora, para um pátio traseiro quando ouvi Clyde começar a gritar. Passos pesados se moveram na minha direção, a batida das botas metálicas que balançavam o chão de madeira por debaixo dos meus joelhos fazia parecer que um monstro estava vindo me buscar.

      Desistindo de tentar me esconder, coloquei-me de pé e corri, a rota de fuga que eu tinha planejado veio a calhar agora, não para fugir do local com a minha gravação, como era o meu plano original, mas para fugir pela minha vida.

      Clyde continuou a gritar de agonia, mas eu não voltei atrás. Corri, com uma das criaturas atrás de mim. Não importava quantas vezes eu virasse, quantos atalhos eu percorresse ou em que lugares eu tentasse me esconder. Ele continuava a correr atrás de mim, como se eu tivesse um farol…

      Merda. Eu levantei as pontas dos meus dedos até as cicatrizes nas laterais de cada uma das minhas têmporas e amaldiçoei o destino, céus, e também amaldiçoei o príncipe alienígena que me abandonou. Eles tinham mesmo um dispositivo de localização. O certo era isto ser um maldito tradutor de línguas! O som crepitante tinha se dissipado, mas ainda estava presente, e eu percebi que era a língua deles. Tal como a Guardiã Egara me prometeu, quanto mais eu ouvia, mais claras se tornavam as palavras deles. Excetuando o fato de que eles não falavam em voz alta, como as pessoas normais, mas através de algum tipo de frequência de transmissão que os meus novos implantes conseguiam captar. Não era Inglês, mas eu entendia completamente.

      — Encontrem a mulher. Temos de levá-la até o núcleo.

      — Ela está a aproximadamente vinte metros da nossa posição. Vamos capturá-la em vinte e três ponto cinco segundos.

      — O macho humano está morto. Apanhem a fêmea. Temos que sair deste planeta antes que a Aliança rastreie a nossa nave.

      — Noventa segundos na nossa posição e velocidade atuais.

      — Aumentar velocidade.

      — Vamos aumentar a velocidade em quinze por cento.

      Pensei rapidamente na Guardiã Egara e sobre as afirmações dela relativamente à perícia linguística do implante. Ela tinha razão. Se eu sobrevivesse a isto, teria de lhe enviar um bilhete agradecendo.

      Noventa segundos até que aquela coisa me apanhasse? Eu corri mais rápido do que alguma vez corri na vida, grata pela primeira vez por ter me obrigado a treinar cinco dias na semana, e bati contra um peito enorme. Surpresa, olhei para cima, muito para cima, vi a pele prateada e gritei.

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