Obcecada . Морган Райс

Obcecada  - Морган Райс


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CAPÍTULO CINCO

       CAPÍTULO SEIS

       CAPÍTULO SETE

       CAPÍTULO OITO

       CAPÍTULO NOVE

       CAPÍTULO DEZ

       CAPÍTULO ONZE

       CAPÍTULO DOZE

       CAPÍTULO TREZE

       CAPÍTULO QUATORZE

       CAPÍTULO QUINZE

       CAPÍTULO DEZESSEIS

       CAPÍTULO DEZESSETE

       CAPÍTULO DEZOITO

       CAPÍTULO DEZENOVE

       CAPÍTULO VINTE

       CAPÍTULO VINTE E UM

       CAPÍTULO VINTE E DOIS

       CAPÍTULO VINTE E TRÊS

       CAPÍTULO VINTE E QUATRO

       CAPÍTULO VINTE E CINCO

       CAPÍTULO VINTE E SEIS

       CAPÍTULO VINTE E SETE

       CAPÍTULO VINTE E OITO

       CAPÍTULO VINTE E NOVE

       CAPÍTULO TRINTA

       CAPÍTULO TRINTA E UM

       CAPÍTULO TRINTA E DOIS

      "Assim, com um beijo, eu morro."

      William Shakespeare

      Romeu e Julieta

      CAPÍTULO UM

      Do telhado do antigo Castelo Boldt, Scarlet Paine podia ouvir os gritos agonizantes de Sage. Eles ecoavam pela fria noite de novembro, cada um lhe dava a sensação de um corte de faca em seu coração. Ela não podia suportar a ideia de Sage estar sendo torturado até a morte por sua própria espécie, porque ele a amava, porque ele não iria matá-la para poder viver mais dois mil anos. Scarlet jamais sonhara que seria amada tão apaixonadamente por alguém, tão apaixonadamente que poderiam realmente morrer por ela. E, no entanto, ali estava ela, prestes a fazer o mesmo por ele.

      Lore, o primo de Sage, a atraíra para o Castelo Boldt. O tempo de vida de dois mil anos dos Imortais acabaria assim que a lua sumisse e Lore estava desesperado para lhe tirar a vida, a única maneira de salvar a deles. Ela, o último vampiro na Terra, teria que ser sacrificada. Mesmo Scarlet sabendo que era uma armadilha, ela tinha que ir. Ela sabia que sua vida terminaria naquela noite, mas valeria a pena se fosse uma chance de salvar Sage.

      Outro grito de Sage ecoou pela noite. Scarlet não suportava escutar sua agonia por mais tempo. Ela se manteve em pé, batendo suas asas de modo que estava pairando uma ou duas polegadas acima das telhas de ardósia inclinadas do castelo. Então, com o coração batendo forte, ela entrou voando pela janela.

      A sala tinha, pelo menos, cem pés de altura. Scarlet mergulhou nas sombras do teto abobadado e se empoleirou no cimo de uma das velhas vigas de madeira. Ela sentiu uma onda de calor que vinha por baixo dela e olhou para baixo. O salão estava lotado com uma multidão agitada e raivosa de Imortais. Devia haver, no mínimo, mil deles ali. A multidão parecia um enxame de insetos àquela distância, alguns andavam para lá e para cá, enquanto outros se elevavam algumas jardas acima do solo. Eles estavam suficientemente longe, pelo menos, para não conseguirem notá-la escondida ali.

      Scarlet agarrou-se a sua viga, sentindo as palmas de suas mãos ficarem cada vez mais escorregadias com sua transpiração ansiosa, esperando sua chance, preparando-se psicologicamente para saltar.

      Lá embaixo, os Imortais estavam olhando para um ponto em particular: uma plataforma ligeiramente levantada, que estava em outra extremidade do salão. Havia um homem incrivelmente alto no palco, segurando um longo bastão. Ele parecia estar apontando o bastão para uma grande cruz.

      Scarlet inclinou a cabeça, confusa, pois a cruz pareceu se mover. Foi então que ela percebeu que havia alguém acorrentado à cruz, alguém que se contorcia de dor cada vez que o cajado do homem encostava-se a ele.

      Seu coração deu uma guinada quando ela percebeu: Sage.

      Fúria percorreu cada fibra do ser de Scarlet. O homem que ela amava estava amarrado por seus braços e pernas. Sua cabeça estava inclinada para frente, pendendo de exaustão sobre seu peito, e seu cabelo estava ensopado de suor. Havia sangue escorrendo pelo seu torso, criando uma poça aos seus pés. Scarlet queria gritar para ele, mas ela sabia que deveria ficar calada para não arriscar chamar atenção da multidão barulhenta. Ela se sentiu mal do estômago sabendo que a tortura de Sage estava sendo exibida, que ele era o centro do ódio deles.

      Scarlet assistiu com horror quando o homem com um longo manto vermelho no palco brandiu o bastão com uma cruz em uma ponta contra o chão. As telhas de pedra fizeram um barulho que reverberou através do espaço cavernoso.

      "Você vai renunciar?" o homem gritou. "Você vai dar a menina?"

      Ele parecia ser o instigador da tortura e Scarlet concluiu que também devia ser o líder dos Imortais. Ela se lembrou de Sage lhe contando sobre o homem que liderava sua raça. Seu nome era Octal e, pelo que Sage lhe havia dito, ele era um tirano violento.

      "Responda!" Octal gritou.

      A multidão juntou-se com uma alta aclamação.

      Scarlet não conseguiu ouvir a resposta de Sage daquela distância, mas ela sabia que o que ele tinha dito não era o que Octal queria ouvir, porque ele se inclinou para frente e empurrou o bastão de metal contra o peito de Sage. Sage soltou um grito de gelar o sangue.

      Scarlet não conseguia mais se conter. Ela saltou da viga onde estava agachada e gritou a plenos pulmões.

      "PARE!"

      Quando ela começou a mergulhar em direção à multidão, os Imortais abaixo voltaram seus olhares para ela, em um movimento brusco e repentino. Scarlet vacilou e suas asas, de repente, falharam com terror. Ela começou a despencar pelo ar, em direção à colisão com a multidão enfurecida abaixo.

      De longe,


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