Alvo Zero . Джек Марс
por sua incapacidade de deixá-las sozinhas por vinte minutos ou por suas suspeitas sobre o que aconteceu, não importava. Ela queria respostas.
–Você sabe muito bem o que passamos. Mas não temos ideia do que aconteceu com você! Ela quase gritava agora:
–Onde você estava, o que você fez, como você se machucou?
–Maya, eu juro… Reid colocou o copo no balcão e apontou um dedo de aviso em sua direção.
–Jura o que? Falar a verdade? Então apenas me diga!
–Eu não posso te dizer a verdade! Ele gritou. Quando ele isso, jogou os braços para os lados. Uma mão varreu o copo de água da bancada.
Reid não teve tempo para pensar ou ponderar. Seus instintos se chocaram e, num gesto rápido e suave, abaixou-se nos joelhos e arrancou o copo do ar antes que ele caísse no chão.
Ele imediatamente respirou arrependido enquanto a água espirrava, apenas uma gota derramada.
Maya olhou com os olhos arregalados, embora não soubesse se a surpresa dela era por suas palavras ou ações. Foi a primeira vez que ela o viu se mover daquele jeito – e a primeira vez que reconheceu, em voz alta, que o que disse poderia não ter sido o que havia acontecido. Não importava se ela sabia disso, ou apenas suspeitava disso. Ele havia deixado escapar, e não havia como voltar atrás agora.
—Por pouco, disse rapidamente.
Maya lentamente cruzou os braços sobre o peito, com uma sobrancelha levantada e os lábios franzidos. Conhecia aquele brilho; era um olhar acusatório que herdara de sua mãe.
–Você pode enganar Sara e tia Linda, mas eu não acredito nessa história, nem por um segundo.
Reid fechou os olhos e suspirou. Ela não ia deixá-lo escapar, então ele baixou o tom e falou com cuidado.
—Maya, escute. Você é muito inteligente – definitivamente o suficiente para fazer certas suposições sobre o que aconteceu, disse ele. A coisa mais importante é entender que saber certas coisas pode ser perigoso. O perigo potencial pelo qual você passou naquela semana que estava fora, você poderia passar por isso todo o tempo, se soubesse de tudo. Eu não posso dizer se você está certa ou errada. Eu não confirmo ou nego nada. Por enquanto, digamos que você pode acreditar em quaisquer suposições que tenha feito, desde que tenha o cuidado de guardá-las para si mesma.
Maya assentiu devagar. Ela deu uma olhada pelo corredor para se certificar de que Sara não estava lá antes de dizer:
–Você não é apenas um professor. Você está trabalhando para alguém, do governo – FBI, talvez, ou CIA…
–Jesus, Maya, eu disse guarde para você! Reid gemeu.
–A coisa com as Olimpíadas de Inverno e o fórum em Davos, ela prosseguiu. Você teve algo a ver com isso.
–Eu te disse, eu não vou confirmar ou negar nada.
–E esse grupo terrorista eles continuam falando nas notícias, Amun. Você ajudou a pará-los?
Reid se virou, olhando pela pequena janela que dava para o quintal deles. Já era tarde demais. Não precisava confirmar ou negar nada. Ela podia ver no rosto dele.
—Isso não é um jogo, Maya. É sério, e se o tipo errado de pessoa soubesse…
–Mamãe sabia?
De todas as perguntas que ela poderia ter feito, aquela foi a mais traiçoeira. Ficou em silêncio por um longo momento. Mais uma vez, a mais velha provou ser muito esperta, talvez até demais.
—Eu acho que não, disse calmamente.
–E todas as viagens que você fez antes, disse Maya. Não eram conferências e palestras, eram?
–Não. Não eram.
–Então você parou por um tempo. Você desistiu depois… depois da mamãe…?
–Sim. Mas então precisavam de mim de volta. Isso era uma verdade parcial o bastante para não se sentir como se estivesse mentindo – e esperançosamente o suficiente para saciar a curiosidade de Maya.
Ele se voltou para ela. Ela olhou para o chão de azulejos, com o rosto gravado em uma carranca. Havia, claramente, mais coisas que ela queria perguntar. Ele esperava que ela parasse por ali.
—Mais uma pergunta. Sua voz era quase um sussurro.
–Essas coisas têm alguma coisa a ver com… com a morte da mamãe?
–Ah, Deus. Não, Maya. Claro que não. Ele atravessou o cômodo rapidamente e colocou os braços ao redor dela com força. Não pense assim. O que aconteceu com sua mãe foi algo médico. Isso poderia ter acontecido com qualquer pessoa. Não foi… não teve nada a ver com isso.
—Eu acho que já sabia disso, ela disse calmamente. Tive que perguntar…
–Tudo bem. Essa era a última coisa que queria que ela pensasse, que a morte de Kate estava de alguma forma ligada à vida secreta em que estivera envolvido.
Algo passou pela mente dele – uma visão. Uma lembrança do passado.
Uma cozinha familiar. Sua casa na Virgínia, antes de se mudar para Nova York. Antes dela morrer. Kate está diante de você, tão linda quanto você se lembra – mas sua testa está franzida, seu olhar é duro. Ela está zangada. Gritando. Gesticulando com as mãos em direção a algo na mesa…
Reid recuou, liberando o abraço de Maya enquanto a vaga lembrança lançava uma dor de cabeça na sua testa. Às vezes, seu cérebro tentava lembrar certas coisas de seu passado que ainda estavam trancadas, e a recuperação forçada o deixou com uma leve enxaqueca na frente de seu crânio. Mas desta vez foi diferente, estranho; a memória claramente era de Kate, algum tipo de discussão que não conseguia lembrar.
—Papai, você está bem? Maya perguntou.
A campainha tocou de repente, assustando os dois.
—Ah, sim, ele murmurou. Estou bem. Deve ser a pizza. Olhou para o relógio e franziu a testa. Foi muito rápido. Eu já volto. Atravessou o vestíbulo e olhou pelo olho mágico. Do lado de fora havia um rapaz de barba escura com um olhar meio vago, usando uma camisa polo vermelha com o logotipo da pizzaria.
Mesmo assim, Reid verificou por cima do ombro para se certificar de que Maya não estava assistindo, e então colocou uma mão na jaqueta marrom escura que estava pendurada em um gancho perto da porta. No bolso interno havia uma Glock 22 carregada. Desligou o sistema de segurança e enfiou-a na parte de trás da calça antes de abrir a porta.
—Entrega para Lawson, disse o cara da pizza, monótono.
–Sim, sou eu. Quanto?
O cara embalou as duas caixas com um braço enquanto alcançava o bolso de trás. Reid instintivamente também fez o mesmo.
Ele viu o movimento pelo canto do olho e seu olhar foi para a esquerda. Um homem com um corte militar estava atravessando o gramado da frente com pressa – mas o mais importante, estava claramente usando uma arma no coldre no quadril, e sua mão direita estava no cabo da arma.
CAPÍTULO DOIS
Reid ergueu o braço como um guarda de trânsito que parou o tráfego.
—Tudo bem, senhor Thompson, ele gritou. É apenas a pizza.
O homem mais velho em seu gramado da frente, com seu corte militar e uma pança pequena, parou no caminho. O cara da pizza olhou por cima do ombro e, pela primeira vez, mostrou alguma emoção – seus olhos se arregalaram em choque quando viu a arma e a mão repousando sobre ela.
—Tem certeza, Reid? O Sr. Thompson olhou para o cara da pizza com desconfiança.
–Tenho certeza.
O entregador