Para Sempre e Um Dia . Sophie Love

Para Sempre e Um Dia  - Sophie Love


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tinha absorvido tudo completamente. Precisava de tempo para “desembaraçar” suas emoções e compreender tudo.

      “Estou bem. Falamos sobre isso quando vocês chegarem aqui.”

      Amy não parecia convencida. “Ok. Mas se precisar de alguém para conversar, me ligue imediatamente. Te vejo amanhã.”

      Emily terminou a ligação e voltou para o bar, para o riso alegre de Roy e Daniel. Velhos amigos do peito juntos novamente.

      “Bem”, disse Roy, bebendo o resto do drinque. “Acho que é hora de eu dar o fora. Parece que você tem hóspedes para atender”.

      Emily sentiu pânico ao pensar em Roy indo embora. “Eu tenho funcionários, eles estão cuidando de tudo. É bom para nós passarmos tempo juntos. Você não precisa ir.”

      Roy notou que ela parecia apavorada. “Eu só quis dizer que talvez seja hora de me deitar. Dormir.”

      “Quer dizer que vai ficar?” Emily disse, surpresa. “Aqui?”

      “Se você tiver espaço.” Roy disse humildemente. “Eu não quero incomodar”.

      “Claro que tem!” Emily exclamou. “Quanto tempo você planeja ficar?”

      “Até o casamento, se não for um problema. Eu poderia ajudar um pouco com os preparativos, se necessário”.

      Emily ficou surpresa. Não só seu pai estava aqui, como até estava planejando ficar por mais de uma semana! Realmente foi um sonho tornado realidade.

      “Isso seria maravilhoso”, disse ela.

      Subiram e instalaram Roy no quarto ao lado do escritório. Emily sabia que ele iria querer entrar lá em algum momento, provavelmente sozinho.

      “Este quarto está bom?” ela perguntou. “Ah, sim. É muito bonito”, respondeu Roy.” Ao lado da minha escada secreta.”

      Emily franziu a testa. “Sua o quê?”

      “Não me diga que você não a encontrou”, disse Roy. Havia um brilho travesso em seus olhos, revelando seu flerte com a loucura, a espiral descendente que havia transformado sua natureza brincalhona, que gostava de mapas do tesouro, em um sigilo sombrio e cofres fechados com combinações ocultas.

      “Você quer dizer a escada até a plataforma do telhado?” Emily perguntou. “Encontrei essa. Mas fica no terceiro andar”.

       Então, Roy bateu palmas, subitamente entusiasmado. “Você nunca achou! A escada dos criados”.

      Emily balançou a cabeça. “Mas eu vi as plantas da casa inteira. Seu bar secreto era o último cômodo escondido daqui”.

      “Se algo está na planta, não está escondido!” exclamou Roy.

      “Mostre-nos”, disse Daniel. Ele parecia animado, como quando o bar foi descoberto.

      Roy levou-os ao seu escritório. “Você nunca se perguntou por que havia uma chaminé nessa parede?” Ele bateu, revelando um som oco. “Todas as outras chaminés ficam nas paredes externas. Esta é interna.”

      “Nunca passou pela minha cabeça”, disse Emily.

      “Bem, está aqui atrás”, disse Roy. “Se você não se importa, poderia me ajudar aqui, Daniel?”

      Daniel prontamente obedeceu. Eles removeram o que Emily agora via ser uma parede falsa, forrada com papel de parede para se misturar ao resto da sala. E lá estava. Uma escada. Simples, não particularmente bonita de se ver, mas capaz de entusiasmá-los apenas por existir.

      “Eu não posso acreditar”, disse Emily, entrando. “Foi por isso que você escolheu este cômodo como seu escritório?”

      “É claro”, respondeu Roy. “As escadas eram um atalho para os criados chegarem aos dormitórios sem serem vistos pelas pessoas da casa. Só vai daqui para o porão, onde os empregados dormiam antigamente.”

      “E esta é a única maneira de entrar”, Emily afirmou, percebendo agora por que ela não tinha encontrado. O porão ainda continha cômodos inexplorados por ela, e o escritório de seu pai era o lugar no qual menos mexeu.

      Roy assentiu. “Surpresa.”

      Emily riu e sacudiu a cabeça. “Tantos segredos”.

      Eles saíram do escritório e Roy entrou em seu quarto. Emily foi fechar a porta atrás dele, mas ele pegou sua mão e deu-lhe um beijo de boa noite.

      Emily parou, atordoada. Seu pai não a beijava há anos, mesmo antes de ter saído de sua vida.

      “Boa noite, pai”, ela disse apressadamente.

      Fechou a porta e correu para seu quarto. Uma vez em segurança, Daniel imediatamente a envolveu em um abraço muito necessário.

      “Como você está aguentando?” ele perguntou suavemente, gentilmente balançando-a em seus braços.

      “Eu não posso acreditar que ele está aqui”, gaguejou. “Continuo pensando que isso é um sonho.”

      “Sobre o que vocês conversaram?”

      “Sobre tudo. Quer dizer, eu sei que ainda estou processando as coisas, mas foi catártico. Sinto que podemos esquecer toda a dor do passado e começar de novo.”

      “Então essas são lágrimas molhando meu ombro são de alegria?” Daniel brincou.

      Emily recuou e riu da mancha escura na camiseta de Daniel. “Opa, desculpa”, disse ela. Nem tinha percebido que estava chorando.

      Daniel a beijou levemente. “Não precisa se desculpar. Entendo que isso vai ser difícil. Se precisar chorar, rir, gritar ou qualquer outra coisa, estou aqui. Ok?”

      Emily assentiu, muito grata por ter um ser tão lindo em sua vida. E agora, com o seu pai, sentia que tudo estava realmente se encaixando. Finalmente, depois de tantos anos vivendo uma vida insatisfatória, sentia que agora teria a vida que merecia.

      Faltava apenas uma semana para o casamento. E, pela primeira vez, com todos que ela amava à sua volta, sentiu-se realmente pronta.

      Chegou a hora de se casar.

      CAPÍTULO DOIS

      Na manhã seguinte, Emily acordou mais cedo que o habitual, sentindo-se exultante. Desceu as escadas para fazer o café da manhã e preparou um banquete com ovos, torradas, bacon e panquecas, cantarolando alegremente o tempo todo. Daniel desceu com Chantelle um pouco mais tarde. À medida que o tempo passava, ela olhava para o relógio e foi ficando preocupada por seu pai ainda não ter aparecido.

      “Por que você não bate na porta dele?” sugeriu Daniel, percebendo as razões por trás dos seus olhares furtivos para o relógio.

      “Não quero incomodá-lo”, respondeu Emily.

      “Eu faço isso”, disse Chantelle, saltando da cadeira.

      Emily sacudiu a cabeça. “Não, continue seu café. Eu vou.”

      Ela não tinha certeza por que estava tão preocupada em perturbar o pai. Talvez fosse o medo mesquinho no fundo de sua mente dizendo que ele não estaria lá quando ela batesse, que tudo se revelaria ser um sonho, no final das contas.

      Aproximou-se do quarto com cautela e pigarreou, sentindo-se boba. Então, bateu na porta.

      “Pai, eu fiz o café da manhã. Você está pronto para descer?”

      Como não houve resposta, ela sentiu sua primeira onda de pânico. Mas tentou se acalmar. Roy poderia muito bem estar no chuveiro, sem ouvi-la.

      Testou a maçaneta e encontrou-a destrancada. Abriu a porta e olhou para dentro do quarto. A cama estava vazia, mas não havia nenhum som de água corrente vindo da porta aberta da suíte, nenhum sinal de Roy.

      Emily


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