Casamento de confiança. Emma Darcy
Isso é um alívio! – Suspirou para livrar-se da tensão. – Não é bom trabalhar para uma pessoa que não me quer.
– Sem dúvida que a quero – disse, secamente.
– Está bem, então. – Sentiu-se muito melhor e para garantir o alívio dele, comentou: – Geralmente dou-me muito bem com as pessoas.
– Pude perceber…
– E não quero atrapalhar o casamento de ninguém. – Nem mesmo o de Flynn e de Jodie.
– Fico feliz em saber disso.
– Eu jamais seduziria David.
– Óptimo!
– Sally contou-me a situação de Chris, mas há mais alguma coisa que eu deva saber sobre a tripulação, para que não cometa nenhum erro?
– Nada que me venha à mente – respondeu.
– Não vai avisar-me sobre o Eric, o Jai ou o Keith?
– A Tracy irá colocá-la no seu lugar se olhar para o Jai. – Tony encarou-a. – Gostou dele?
Como é que poderia gostar de qualquer um com ele por perto? Será que não tinha consciência de que ofuscava todos os demais com o seu brilho estonteante?
– Achei-os muito amáveis, mas não despertaram nenhum interesse especial em mim – respondeu Hannah, honestamente.
– Quando é que isso poderá acontecer? – comentou com ironia.
Aconteceu no momento em que entraste na minha vida, pensou Hannah, mas não poderia dizer aquilo, principalmente quando parecia que ele tinha umas ideias estranhas sobre si, como por exemplo, que era do tipo que tirava os homens de outras mulheres. O que era estranho, porque ninguém a colocara no papel de mulher fatal antes. Perguntou-se porque ele a via daquela maneira.
De repente um pensamento feliz. Aquilo só podia significar que a achara atraente. Talvez mais que atraente, se pensava que outros homens pudessem ficar tentados a trair a esposa por causa dela.
Sem dúvida, quero-a.
E se ele pretendera dizer que a queria noutro sentido que não o profissional? A excitação fez o coração bater ainda mais rápido. Quase saltou de alegria quando chegaram aos cacifos perto da marina. Hannah destrancou, rapidamente, o seu e agarrou na mochila.
– É tudo? – perguntou Tony, ao observar a pequena mochila.
– É mais fácil viajar com pouco peso – explicou, sem necessidade.
Ele olhou novamente para mochila, perto dos pés dela, como se representasse uma vida que ele não concebia ser possível. Depois, desviou os olhos para as sandálias de couro que ela usava e para as calças de ganga.
Tony estaria a perceber que ela possuía poucas roupas, mas a observação detalhada deixou Hannah muito consciente do próprio corpo.
O olhar de Tony no seu corpo demorou tempo o bastante para tirar o fôlego de Hannah. Não podia pensar em nada, excepto de como desejava que ele realmente a quisesse. Finalmente, Tony olhou-a nos olhos.
Mas não havia sugestão de desejo nos dele.
Hannah pôde sentir o corpo todo a tremer por dentro. Não percebia no que é que lhe desagradava, ou o porquê de tanta irritação. Como defesa, quebrou a profunda análise a que era submetida, ao baixar-se para agarrar na mochila. Mas Tony foi mais rápido e agarrou nas alças primeiro.
– Eu levo – Tony ordenou, secamente.
Ela não discutiu. Na verdade, retirou a mão da mochila para evitar qualquer tipo de contacto. Quando ele se dirigiu para o local onde deixara o jipe, Hannah caminhou mais devagar atrás, a lutar contra a sua enorme confusão emocional. Não estava certa se queria acompanhá-lo ou estar ligada a ele de alguma forma.
Rejeição doía… Já provara aquilo.
Dedicara-se inteiramente a Flynn para descobrir que ele a traia com a sua melhor amiga… tinha feito tudo, absolutamente tudo.
Acabara de conhecer Tony King, mas… a raiva começava a queimar, reabrindo a ferida. Ele não tinha o direito de tratá-la como se fosse uma intrusa na sua vida. Poderia ter vetado o julgamento da avó e escolhido outra das candidatas ao emprego de chefe de cozinha. Ela não devia estar preocupada. A culpa, obviamente, era dele.
Ela sabia que era perfeita para aquele cargo..
A avó de Tony tinha a mesma opinião e a tripulação do Duquesa concordava.
Então devia haver algo de errado com Tony King, uma vez que tinha uma opinião diferente dos outros.
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