Carta muito pessoal de um recluso "Covid-ativo". João Pedro Duarte
>
© Editora Gato-Bravo, 2021
Não é permitida a reprodução total ou parcial deste livro nem o seu registo em sistema informático, transmissão mediante qualquer forma, meio ou suporte, sem autorização prévia e por escrito dos proprietários do registo do copyright.
editor Marcel Lopes
coordenação editorial Paula Cajaty
revisão Margarida Fontes
projecto gráfico Bookxpress
imagem da capa Omar, at Adobestock
Título
Carta muito pessoal de um recluso Covid-ativo
Autor
João Pedro Duarte
e-isbn 978-989-8938-86-2
1a edição: fevereiro, 2021
gato·bravo
rua de Xabregas 12, lote A, 276-289
1900-440 Lisboa, Portugal
tel. [+351] 308 803 682
editoragatobravo.pt
Sumário
Primeira Parte Um fim de semana qualquer
Segunda Parte: O último heterónimo de Fernando Pessoa
O Ilusionista e a lata de atum
Para a minha mãe.
Prólogo
Por opção, este livro está divido em três partes. As duas primeiras partes espelham dois pequenos contos que escrevi: “Um fim de semana qualquer” e “O último heterónimo de Fernando Pessoa”. A terceira parte é a mais extensa, e incide num vasto número de cartas que escrevi nestes tempos de quarentena que, aliás, deram origem ao título do livro.
As personagens dos meus dois contos são inspiradas em pessoas que conheci na minha vida pessoal. Não obstante, o segundo conto é a minha homenagem um tanto ou quanto modesta a Pessoa.
As cartas foram escritas para suportar melhor a vida cá por casa, nesta condição de prisão domiciliária.
Primeira Parte:
Um fim de semana qualquer
Aqui perto, existe o desassossego habitual de quem corre atrás de sonhos e esperanças, mas que se vê confinado a desempenhar as funções que lhe são admoestadas com o tempo. Efetivamente, este desassossego é intrínseco ou jovial, uma vez que o Quinto Império não está à distância de uma corrida desenfreada que podemos dar para apanhar o autocarro já em andamento, ou até quando nos aventuramos a deambular pela passadeira quando o semáforo está vermelho para os peões. Em Lisboa, já lá vai o tempo em que se ouvia “como está, vossa mercê?”.